American Horror Stories 2x07 – Necro

Doentio.

Eu já parei de me importar de verdade com “American Horror Stories” há algum tempo, e espero que não tenhamos uma terceira temporada, mas eu achei “Necro” bem melhor do que vários episódios da temporada, como o anterior a esse… não é um episódio bom como “Dollhouse”, por exemplo, e não acho que algum será nessa temporada, mas tem uma história interessante e que foi desenvolvida de maneira competente – com um final chocante, macabro, mas não surpreendente de fato, se pararmos para pensar que a dica de como ele terminaria foi dada bem cedo no episódio, durante um dos diálogos de Sam e Charlie sobre a morte e como ela era vista e tratada em diferentes culturas antigas… o episódio traz uma agente funerária que está fingindo ser o que não é, até que é “exposta” por um colega de trabalho que a quer forçar a enxergar a verdade.

Sam é fascinada por cuidar dos corpos que chegam para ela e arrumá-los para seus funerais – um trabalho que causa arrepios em seu namorado, Jesse, embora ele não vá dizer isso com todas as letras para Sam, mas ela sabe, no fundo… assim, quando ela conhece Charlie, um cara bonito e misterioso que parece compartilhar com ela a fascinação pela morte, ela sente que finalmente encontrou alguém que pode entendê-la. Agora, ela fica dividida entre se entregar a essa atração, ou a continuar fingindo ser quem Jesse e as amigas esperam que ela seja… as coisas ficam mais pesadas quando Charlie aparece morto e Sam precisa cuidar do seu corpo – e acaba transando com ele. A sequência de necrofilia é bizarra, assustadora e angustiante, e Sam fica assustada ao perceber como aquilo mexe com ela… especialmente quando ela descobre que Charlie não estava morto.

Charlie se fez passar por morto, para “obrigá-la” a enfrentar do que ela gosta e escapar daquela mentira que estava vivendo com Jesse, mas ela acha que ele foi longe demais e que não sabe nada sobre ela… então, ela o afasta, diz que não é quem ele pensa que ela é, e passa os dois meses seguintes entrando ainda mais de cabeça em uma grande mentira, “brincando de casinha” com Jesse, aceitando um pedido de casamento, trocando de emprego, se tornando o que todos esperam dela… e escapando de Charlie quando ele aparece. Até que tudo exploda naquela sequência do casamento – sabíamos que algo daria muito errado quando Jesse foge do roteiro pré-estabelecido e, durante seus votos de casamento na igreja (!), coloca um vídeo de momentos deles… eventualmente, o vídeo muda para mostrar Sam transando com Charlie, quando acreditava que ele estava morto.

Aquilo acaba com a sua vida por completo. Ela perde o futuro marido, perde os amigos, perde qualquer oportunidade de emprego, porque fica conhecida na internet como “a puta de zumbis” ou qualquer coisa assim, e procura Charlie para matá-lo e se vingar dele, o acusando de ter destruído sua vida… toda a sequência de Sam e Charlie no cemitério é doentia, e vemos Sam despir-se de toda e qualquer máscara e muro construído para reconhecer como ela é “quebrada”, retornando à experiência macabra de sua infância, quando a mãe foi assassinada, passando brevemente por tudo o que veio a seguir, inclusive sua história com Charlie… no fim, ela mata Charlie com um tiro e o deixa cair dentro da cova aberta, mas se joga lá dentro com ele, para “viverem juntos eternamente”, como alguma história que eles tinham contado durante o episódio.

Excelente episódio? Não. Mas melhor que vários na temporada.

 

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