Dear Doctor, I’m Coming for Soul 1x08 – Death Ticket
A morte de
Prakan?
EU ESTOU EM
CHOQUE… mas “Dear Doctor, I’m Coming for
Soul” não cessa de me surpreender. Estou cada vez mais apaixonado por essa série. No episódio anterior, o
Dr. Prakan perdeu a mãe, depois de um longo tratamento e anos no hospital, e
ainda que a própria mãe estivesse pronta para que seu sofrimento chegasse ao
fim e ela partisse, como os ceifadores dizem, para a sua “próxima jornada”,
Prakan não soube lidar bem com a morte dela – o que, a meu ver, é natural. No
surpreendente, triste e emocionante “Death
Ticket”, várias pessoas parecem esperar que o Prakan esteja bem de uma hora para outra, e, apesar de que
a sua decisão de demitir-se do hospital
seja um pouco apressada e tomada no calor do momento, eu acho que ele precisava
que as pessoas ao seu redor lhe dessem força e tempo… não é algo que se processa tão rápido assim.
Mas Prakan
está decidido: ele não quer continuar sendo médico se ele não consegue salvar a
vida das pessoas que ele ama, ou mesmo de outros pacientes, como um paciente de
quem estava cuidando e que, ao que tudo indica, morrera… Tua Phee tenta
conversar com ele sobre o seu sonho (o sonho que Tua Phee conhece desde que ainda estava vivo e Prakan era apenas uma criança, já que eles se tornaram amigos
enquanto Tua Phee, na época chamado “Sanya”, estava internado para um
tratamento), perguntar se ele vai desistir mesmo de salvar quantas vidas puder
salvar, como sempre quis, mas Prakan sente que se a morte está esperando por
ele no fim de cada dia, não existe motivo para continuar tentando… é muito
triste ver a força do personagem se esvaindo, drenada pela dor de três mortes
recentes de pessoas que eram importantes para ele.
Enquanto
isso, o episódio também se dedica a contar uma história dramática e importante
para o personagem de Natee – e essa é uma das coisas de que gosto tanto em “Dear Doctor, I’m Coming for Soul”, a
intensidade dramática que a série
tem, com excelente desenvolvimento de personagem e um roteiro de tirar o
fôlego… e arrancar lágrimas! Natee vê uma pessoa chegar ao hospital gritando de
dor e chamando por um médico, com algo perfurando o peito, e logo ele
reconhece: trata-se de seu pai.
Então, ele acaba se tornando parte da equipe que vai cuidar do pai como paciente,
e Keeta, sempre tão atencioso, gentil e querido, vai conversar com ele,
perguntar como ele está, e dar todo o apoio quando Natee diz que “está com
medo”, mas se surpreende quando Natee diz que está com medo dele mesmo… porque “ele quer que o pai morra”.
Ou pelo
menos isso é o que diz, no momento da raiva, movido pela história que tem…
Keeta é adorável como sempre, mostrando estrelas para Natee e falando sobre
“pensar na sua estrela do norte”, então Natee fala sobre a mãe e sobre a
relação abusiva do pai com eles – vemos, em flashback,
a maneira como o pai de Natee era violento e batia em ambos, e como eles
precisaram sair de casa para estar em segurança e passar necessidade com a mãe
dele trabalhando exaustivamente para que ele pudesse se tornar um médico. É uma
história triste, e eu entendo a dor, a raiva e a frustração de Natee – mas, no
fundo, ele não queria que o pai morresse de verdade, apesar de tudo… tanto é
que, quando ele desaparece, ele e a mãe sabem exatamente onde ele estará e vão
atrás dele – mas não conseguem salvá-lo, sua alma é levada por A001.
Prakan,
enquanto isso, se fecha no seu quarto, se isola do mundo, parece estar
“desistindo” de tudo. Enquanto isso, surpreendentemente, Metha assume o seu
caso no hospital, ainda sem contar para os seus superiores sobre a carta de
demissão de Prakan (!), e Nuch dá um imenso sermão em Prakan para dizer que “se
ele está sozinho é porque escolheu estar sozinho”, ou qualquer coisa assim.
Parte de mim entende a Nuch, e acho que ela disse algumas coisas pertinentes,
de fato, mas, como eu comentei anteriormente, eu também acho que eles deviam dar um tempo ao Prakan e só se mostrar disponível nesse momento
difícil, então também não posso deixar de pensar que talvez ela tenha pego
muito pesado com Prakan… de todo modo, ela dá a Tua Phee uma dica importante,
falando sobre como Prakan nem abriu a
caixa com os pertences da mãe.
Lá dentro,
Tua Phee encontra uma carta escrita pela mãe de Prakan para o filho, e então a
passa por baixo da porta… é uma carta sentimental, emocionante e que toca
Prakan profundamente, falando sobre o pai, o trabalho e o sonho dele, e
relembrando, de certa maneira, o Prakan do próprio sonho – é uma cena intensa,
como grande parte de “Dear Doctor, I’m
Coming for Soul” está se mostrando ser continuamente (!), que termina com o
celular de Prakan tocando e, do outro lado, Metha está tentando falar com ele
para contar que o paciente de quem ele estava cuidando sobreviveu, no fim das
contas… aquele que ele acreditou ter morrido, cujo nome ele viu em um dos
quatro cartões que Tua Phee/B88 recebera de uma só vez, mas que está vivo,
porque ELE salvou a sua vida. Talvez ele
não estivesse certo quando disse que não conseguia salvar vidas.
Com muitas
informações na cabeça, Prakan sai meio atordoado, correndo para o carro, para
chegar ao hospital o mais rápido possível,
e é aqui que chegamos à cena mais surpreendente do episódio – mesmo que a
prévia no episódio anterior tenha tentado nos preparar para isso. Vemos Prakan
sofrer um acidente por dirigir naquele estado, e vemos Tua Phee receber um novo
cartão com o nome de Prakan como a
próxima alma que ele deve guiar para “a próxima jornada”. Quando vi a
prévia, no entanto, eu imaginei essa cena dramática, mas contando com a
ambulância levando o Prakan ao hospital às pressas, Tua Phee hesitando para
levar a sua alma, dando mais tempo para que ele retornasse, coisas assim… mas
eu não estava preparado para ver o corpo ensanguentado de Prakan e o seu
espírito, pálido como todos os outros, fora
do corpo, já, assistindo a tudo.
Quando Tua Phee chega, Prakan está ali,
esperando por ele.
Será que já
é tarde demais? Será que Prakan morreu MESMO? Estou chocado. E curioso!
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