E o Piloto? – What I Like About You

“C’mon! I love you, bug”

É uma apresentação FOFÍSSIMA de what i like about you e me faz entender, vendo agora novamente, o motivo de eu ter me apaixonado tão depressa pela série. Nos primeiros 20 minutos, a premissa é totalmente bem apresentada e você já se afeiçoa aos personagens, entende suas dinâmicas, percebe que eles têm química. E acontece tanta coisa! Tanto momento engraçado e bonito! O episódio é mesmo um máximo! Começa apresentando Holly Tyler e a notícia de uma nova promoção de seu pai: ELES VÃO SE MUDAR PARA O JAPÃO! E a única alternativa que ela encontra pra continuar nos Estados Unidos é ir morar com sua irmã, Val, na capital, mas ela não sabe se a irmã realmente estará interessada em acolhê-la. Especialmente agora que ela está tão contente porque acabou de se livrar de uma colega de quarto chata e empolgada em morar sozinha. Você sabe, Roberta. Estudante de teatro. “Hi. I’m Roberta. Spielberg sucks”. Enfim, Holly só precisa convencê-la de que tê-la como colega de quarto vai ser a melhor coisa que poderia acontecer.

Será?

A chegada de Holly já é um máximo – mas o episódio ainda não apresenta bem o Gary. Embora tenhamos ele abandonando a Holly no elevador (“Well, I’m just playing a little game. It’s called ‘get killed by the elevator while Gary does nothing”) e sua paixão por Val seja um pouco divertida, ele aparece pouco e ainda não entendemos seu propósito. O que é compreensível, pensando que temos o episódio para conhecer Holly, Val e a dinâmica delas. E a fofura que é o Jeff, porque eu o amo. Começa com a Holly excessivamente babando ovo da irmã. Elogiando o cabelo. A casa. A “visão incrível dela” por mudar uma foto de lugar. São, também, nesses pequenos momentos que capturamos a essência de Jeff, e eu adoro o seu personagem. Com comentários como “It looks like a cathedral in here now”, completamente irônico, mas não de um jeito grosseiro, mas fofo, e a genial devolução mais tarde: “Oh, the room is little again!”, desapontado. Fora que ele é todo fofo, bonito, querido, engraçado e tudo o mais…

Aquela cena dele e o colchão! <3 NÃO AGUENTO!

Gosto muito de como o episódio se organiza, como tem TANTA coisa acontecendo. Como Holly tenta ajudar a Val com uma cliente em potencial e é um desastre completo porque ela dá brócolis para o cachorro da mulher. Depois o EXCELENTE Feng Shui! A rearrumação da casa é GENIAL! E hilária, é claro. As coisas espalhadas nos lugares errados. O sofá bem na frente da porta de entrada, derrubando Holly e Jeff. Holly batendo em tudo ao se virar. A CAMA NO MEIO DA COZINHA! “Is that my bed? In the kitchen?” Bem, foi um máximo, e o grande toque final da cena é brilhante, porque a Val, visivelmente incomodada (depois que o Jeff tenta amenizar as coisas com um “Holly, it’s okay, where you’re going?” e ela responde com um pesaroso “Japan”), diz “I’m going to bed” e então para no meio do caminho e volta para a cozinha. Ainda tem um último comentário engraçadinho do Jeff, que fecha a cena.

Brilhante, como diria Ron Weasley.

Por fim, a grande questão do episódio é um evento organizado pela Val, de um skatista, e a Holly mexendo no skate e derrubando ele alguns andares abaixo, tendo que recuperá-lo subornando um garoto, com um “beijo” fingido… mas o melhor não é nada disso. O melhor é a Holly VOLTANDO para o terraço! MELHOR CENA POSSÍVEL. A câmera lenta e o drama da porta se abrindo no meio da pista de skate, o olhar desesperado do esportista, a cara da Holly! Ali está o skate passando em uma clássica cena que vai para a abertura da primeira temporada – a única com cenas dos episódios. E então Val entende tudo, entende porque Holly está tentando tão forte ser uma boa colega de quarto, e o que está para acontecer e ela faz a coisa mais bonita possível: chama a irmã para morar com ela. E a cena é fofíssima, cheia de ternura e amor. Elas abraçadas são lindas. O Jeff chutando o colchão é hilário… tudo acaba super bem.

Ah, e ainda tem a dança HILÁRIA da Val, ao som de Wang Chung.

“You people are dead inside”

 

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