Lost 4x03 – The Economist
“I’m Sayid
Jarrah, one of the Oceanic 6”
É POR ESSE
TIPO DE COISA QUE EU ADORO “LOST”. Eu
sempre disse que “Lost” é uma das
minhas séries favoritas no mundo, e desde que comecei reassisti-la para
comentá-la no blog, eu falo sobre como a cada episódio tenho o prazer de me lembrar do porquê eu amá-la tanto – “The Economist”, exibido em 14 de
fevereiro de 2008, traz mais desenvolvimento para o que está acontecendo na
ilha depois da chegada da “equipe de resgate”, enquanto Daniel Faraday faz uma
descoberta e Sayid sai em uma missão em busca de Charlotte, enquanto os flash forwards nos revelam mais um dos
Seis da Oceanic que retornaram da ilha: Sayid Jarrah. Interessante, instigante
e cheio de novas perguntas e mistérios que nos prendem à série, “The Economist” tem, talvez, uma das
finalizações mais surpreendentes da
história de “Lost” – e queremos muito
saber como chegaremos lá!
Sayid sabe
que a tal equipe de resgate está
mesmo mentindo – o que não quer dizer que ele queira se juntar ao grupinho de
John Locke que está se escondendo no meio da floresta para não ser encontrado
por eles… ele prefere dar um jeito de chegar ao cargueiro e descobrir o que eles estão fazendo ali,
afinal. Para isso, Sayid faz um acordo com Frank, o piloto do helicóptero que
pode levá-los até o cargueiro: ele trará
Charlotte de volta e, em troca, garante o seu lugar no próximo voo de
helicóptero. Assim, Sayid se prepara para entrar na mata e resolver as
coisas com Locke “sem derramamento de sangue”, e pede que Jack não o acompanhe…
afinal de contas, da última vez em que Jack viu Locke, ele apontou uma arma
para a sua cabeça e só não o matou porque ela não estava carregada, mas puxou o
gatilho. Quem o acompanha são Miles e Kate.
O trio acaba
de volta na vila dos “Outros”, que conhecemos na terceira temporada – agora um
lugar aparentemente abandonado no qual eles escutam gritos/gemidos e descobrem
Hurley trancado dentro do armário de uma das casas… então, Hurley conta uma
história bastante crível sobre como “ele foi deixado para trás”, que faz muito
sentido tendo em vista que uma cena anterior do episódio nos mostrou Hurley
desafiando Locke e dizendo que “não foi para isso que ele tinha o seguido”.
Tudo acaba sendo, no entanto, uma armadilha, e Hurley estava participando dela…
me surpreende que Sayid não tenha se dado conta da armação, sendo que uma das
coisas mais claras da concepção do personagem é o fato de ele sempre saber quando as pessoas estão mentindo – acho que ele
ficou um pouco confuso por causa da relação que tem com o Hurley.
De todo
modo, Sayid e o seu grupo acabam encurralados, e agora ele vai ter que tomar
uma decisão e fazer negociações. Enquanto Kate encontra Sawyer, que em uma
conversa parece tê-la convencido de que não
há nada para o qual voltar e talvez seja
melhor continuar ali na ilha mesmo, Sayid é “preso” no mesmo lugar que Ben,
e então ele tem a chance de conversar com o Locke, falar sobre o que acredita e
se dispor a levar Charlotte para conseguir uma vaga no helicóptero até o
cargueiro… em troca, ele deixa Miles. Uma das coisas mais interessantes do
diálogo é o fato de Locke contar a Sayid que Ben tem um espião dentro do navio
da “equipe de resgate”, e Sayid faz pouco caso disso, dizendo que “o dia em que
confiar em Ben será o dia em que ele terá vendido a sua alma”. Um diálogo nada aleatório que é importante
para o fim do episódio.
Sayid
retorna para a clareira onde está pousado o helicóptero apenas com Charlotte,
já que Kate, aparentemente, escolheu ficar e Miles foi trocado pela outra
prisioneira… e, assim, ele consegue partir da ilha, em uma cena interessante.
Também é um máximo acompanhar as ainda poucas cenas de Daniel Faraday, que está
realizando experimentos que o levam a uma descoberta interessante: uma distorção temporal. Em uma conversa
com alguém do cargueiro, ele pede que eles lhe enviem uma carga, que não chega
no momento em que se espera que ela chegue, o que podia querer dizer que a
localização que eles têm da ilha e de onde Daniel e os demais estão está errada, mas não é exatamente isso…
porque, eventualmente, a carga chega, exatamente no lugar onde estava prevista
para chegar, mas com 31 minutos de atraso. O
que isso quer dizer para o voo de Frank?
Nos flash forwards do episódio, encontramos
um Sayid Jarrah muito bonito e com uma intensidade como vimos em outras
ocasiões – mas motivada por razões diferentes, que ainda não conhecemos por
completo. O primeiro flash forward do
episódio está ali apenas para nos mostrar que o que acompanhamos se passa depois do tempo de Sayid na ilha, o que
quer dizer que ele é um dos seis que conseguiu sair, ao lado de Jack, Kate e
Hurley (os que sabemos oficialmente até o momento), e vemos que ele está
trabalhando como um assassino… a cena do campo de golfe nos pega um pouco
desprevenidos, mas é uma excelente maneira de começar o episódio e,
consequentemente, essa nova parte da trama de Sayid. Depois, o vemos conhecer
Elsa, uma garota com um trabalho misterioso,
em uma cafeteria, tomando café tranquilamente no meio do dia.
Sayid e Elsa
entram em uma espécie de “relacionamento” que é cheio de reviravoltas, como “Lost” adora fazer. Na verdade,
percebemos, desde o início, que Sayid se aproximou de Elsa propositalmente,
tentando chegar ao chefe dela, seja
ele quem for, mas o mais interessante da trama é ver que Elsa também estava
apenas usando Sayid, tentando levá-lo em uma armadilha até o seu chefe… e, no
fim, contra todas as possibilidades, quem mais se envolveu e quem mais se
importou foi o Sayid, enquanto Elsa estava friamente apenas o usando e o
fazendo acreditar que ela estava mesmo envolvida. No fim, Sayid, um assassino
de aluguel, precisa matá-la, e então vai até uma veterinária para cuidar do
tiro que ele levara, e então finalmente descobrimos, contra todas as possibilidades,
para quem é que Sayid Jarrah está trabalhando no futuro: Ben Linus.
“Lost” não cansa de surpreender, e eu
adoro isso!
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