Primeiro Capítulo de “Os Ricos Também Choram” (21 de fevereiro de 2022)
Uma nova vida.
EU ESTOU
MUITO EMPOLGADO COM ESSA NOVELA! A “Fábrica
de Sonhos” é um projeto da Televisa que eu adorei desde a sua concepção, e que foi se alterando a cada produção…
inicialmente, a ideia era de refazer novelas clássicas em formatos curtos de
séries, com aproximadamente 25 capítulos, e tivemos três produções nesse
formato: “La Usurpadora”, “Cuna de Lobos” e “Rubí” – a última delas a mais
próxima da novela original, embora tenha tido suas alterações… o projeto
foi pausado (acreditou-se, inclusive, no seu cancelamento) durante um tempo,
mas retornou em 2022 com “Os Ricos Também
Choram”, com algumas novidades: dessa vez, o formato série foi substituído
por uma novela curta (temos 60
capítulos nessa primeira novela da nova leva), e manteve-se a ideia de “Rubí”, de ser mais um remake da novela clássica, mas
atualizado…
“Los Ricos También Lloran” é um clássico
de Inés Rodena, de 1979, e teve talvez a sua versão mais famosa na década de
1990, com “Maria do Bairro”,
protagonizada por Thalía. Na versão de 2022, a protagonista é interpretada por
Claudia Martín, que dá vida a uma Mariana inocente e determinada, mas talvez
menos ingênua que a de outras
versões, o que eu acho algo muito bem-vindo; o protagonista masculino é
interpretado por Sebastián Rulli, que ganha um Luis Alberto com um background mais detalhado e humanizado,
algo que eu considerei essencial para que possamos nos relacionar melhor com
ele. Depois da primeira semana de “Os
Ricos Também Choram” (que é onde estou enquanto escrevo esse texto), eu me
senti extremamente satisfeito com a novela: tem a essência da novela clássica,
mas é inteligentemente atualizada, sem perder o seu carisma.
Sensacional!
Inusitadamente,
a novela começa com Luis Alberto, e não com Mariana… o vemos atormentado por um
pesadelo recorrente que é, na verdade, a memória de um trauma na infância que o
assombra até hoje: a morte de seu irmão.
Achei uma introdução brilhante ao personagem, porque o humaniza logo de cara e
nos faz entender um pouco dos eventos que o levaram a se tornar, nessa versão,
viciado em jogos, por exemplo. Pior do que o evento traumático e o inevitável e
complicado sentimento de culpa, no
entanto, é Don Alberto, o pai duro e insensível de Luis Alberto que o culpa
pela morte de Matías desde o evento, e que nunca demonstrou qualquer
consideração ao filho… a maneira como Don Alberto fala com Luis Alberto, como
diz que “ele não sabe fazer nada”, como refuta toda e qualquer ideia que ele
tenha para a empresa, por melhor que seja…
Alberto o
ataca o tempo todo e é desesperador.
Em paralelo,
conhecemos Mariana: uma garota pobre e sonhadora, e eu adoro o fato de Claudia
Martín conseguir enchê-la de carisma mesmo em suas primeiras cenas, em momentos
simples como a maneira como ela enche a
sua garrafa de café para levá-la ao trabalho… detalhes que fazem toda a
diferença. Mariana trabalha como caixa em um supermercado e luta para terminar
a escola, enquanto tenta conseguir mais prazo para pagar o aluguel da casinha
em que mora em um cortiço – ela não tem como pagar os alugueis atrasados porque
gastou demais com a doença da madrinha, que morreu recentemente, e ela está praticamente sozinha no mundo, e tudo o
que tem é uma carta do seu pai, Pedro, que ela está lendo pela primeira vez ao
completar 18 anos. Felizmente, Mariana tem amigos que se importam muito com
ela, como o Padre Guillermo.
O padre
procura Don Alberto, de quem é amigo há
muitos anos, para contar sobre Mariana e sobre como sua madrinha morreu
recentemente e a deixou sozinha, e Alberto entende a necessidade da garota e
pede que o padre a mande procurar a empresa no dia seguinte – e é tão fofo ver
a Mariana se arrumando com a ajuda da melhor amiga, porque dessa entrevista
pode depender todo seu futuro, mas é revoltante
e triste como ela é assediada pelo
homem responsável pelo RH, em uma cena asquerosa que parece destruir a Mariana:
ela estava tão feliz e tão esperançosa, correndo pela empresa para achar o
lugar certo, e tem que lidar com um assediador nojento. Felizmente, Mariana o
coloca no seu lugar e sai do seu escritório arrasada
e desesperançada, e me partiu o coração vê-la abalada e chorando… e pensar em
tudo pelo que ela já passou na vida!
A sua sorte,
no entanto, pode estar prestes a mudar… Alberto sai bastante abalado depois de
uma reunião do conselho (por culpa dele mesmo, porque ele adora culpar o Luis
Alberto de tudo, mas quem fez tudo errado foi ele mesmo, e se voltou contra
Luis Alberto de maneira injusta) e, com a sua saúde abalada, ele passa mal no
estacionamento da empresa, e quem o encontra é Mariana, que está passando por
lá para ir embora… a cena a faz lembrar-se da morte da madrinha e da fala dos
paramédicos sobre como “ela teria sobrevivido se tivessem virado ela para não
se afogar com o próprio sangue”, e é o que Mariana faz com Don Alberto naquele
momento, salvando a sua vida… e, quando ele desperta no hospital, os médicos
contam que ele deve a sua vida a quem quer que o tenha encontrado e ajudado
desinteressadamente no estacionamento.
Curioso,
Luis Alberto descobre sua salvadora através das filmagens das câmeras de
segurança, e resolve procurá-la para agradecer pessoalmente, e chega no
vilarejo de Mariana bem no momento em que
ela está sendo despejada… o dono da casa a está colocando para fora com
gritos grosseiros, e eu amo que Mariana é daquelas que respondem à altura, sem
baixar a cabeça em momento nenhum! Ela responde que vai pagar tudo o que deve, e toda a cena assusta Alberto quando ele chega, comentando que “ninguém devia ser
tratado daquela maneira”. A cena é LINDA, porque os olhinhos de Mariana se
enchem de lágrimas sinceras ao reconhecê-lo como o homem cuja vida ela salvou
no estacionamento da empresa, mas quando ele diz que veio agradecê-la
pessoalmente, ela diz que “ele não chegou em uma boa hora”, como ele pode ver.
Tomado por
certa impulsividade, Don Alberto diz que talvez não seja o caso, e a convida
para passar uns dias na casa dele –
imediatamente desconfiada, Mariana faz umas perguntas sinceras que eu adoro,
mas o próprio Padre Guillermo confirma que Alberto é “uma boa pessoa” e “seu
amigo há anos”, então, sem ter onde passar aquela noite, Mariana aceita o
convite… e aqui ganhamos uma cena com uma referência divertida que me deixou
sorrindo por vários minutos, quando ela pergunta se pode levar o seu cachorro,
“Pulgoso”, e ele diz que sim, e depois pergunta o porquê do nome dele ser esse, e Mariana responde que “ele não tem
pulga nem nada, mas pertencia à madrinha e ela era muito fã de ‘Marimar’”. GENTE, EU ACHEI ISSO
MARAVILHOSO! Então, eu continuei sorrindo em toda a sequência de Mariana
chegando à casona dos Salvatierra…
O capítulo
se encerra em um momento importante e bem
esperado: O PRIMEIRO ENCONTRO DE MARIANA E LUIS ALBERTO. Durante a primeira
noite de Mariana na nova casa, ela sai para buscar o Pulgoso que escapa, e
acaba no gramado da mansão quando os irrigadores ligam, e a simplicidade
daquela sequência da Mariana girando embaixo da água, com um sorriso sincero de
felicidade e alívio no rosto, é algo de se aplaudir! E é nessa cena bastante bonita que Luis Alberto chega
de moto, todo galã e com um quê de “príncipe moderno”, e bate os olhos em
Mariana pela primeira vez… e podemos ver que ele se encantou quase que
imediatamente. Quando a música tema de “Os
Ricos Também Choram” começa a tocar enquanto os dois se olham pela primeira
vez, eu percebi que tinha começado… e
eu estou empolgado e confiante para essa novela!
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