Vale o Piloto? – Blockbuster 1x01
The last Blockbuster on the planet!
Eu não sabia
bem o que esperar de “Blockbuster”, e
também ainda estou tentando decidir o que eu achei de verdade desse primeiro
episódio, mas a série me chamou muito a atenção desde o seu anúncio – em parte
porque me lembrou um pouco de “Superstore”,
que é MUITO legal, e em parte porque eu achei muito acolhedor o fato de ser ambientada em uma locadora. E não
podemos deixar de notar que é no mínimo irônico
que a Netflix (!) esteja fazendo uma série sobre a morte das videolocadoras,
ambientando uma comédia “na última Blockbuster do planeta”. Não é um Piloto
genial, não é a série de comédia mais engraçada que eu já assisti, mas existe
potencial tanto nesses personagens quanto no ambiente de trabalho no qual eles
estão inseridos.
Eu sou uma
criança dos anos 1990 – o que quer dizer que eu vivi toda essa fase das locadoras, e eu preciso dizer: era maravilhoso. É, sim, muito mais
cômodo e muito mais fácil assistir a filmes atualmente, graças aos serviços de streaming, que permite que nem
precisemos sair de casa em busca de um filme para ver, mas também é verdade que existe uma magia na ideia da locadora que só existia na locadora… por isso, uma
série como “Blockbuster” consegue ter
um tom de nostalgia bem-vindo, e que nos faz viajar no tempo de volta para as
sextas-feiras à noite na qual passávamos um bom tempo andando pelas prateleiras
de uma videolocadora, lendo a sinopse de vários filmes, escolhendo fitas que
poderíamos devolver apenas na segunda-feira… que época mágica!
Não sei exatamente como isso vai ser tratado em “Blockbuster”, porque ela não se passa
no auge das locadoras… e sabemos que esse é um serviço que está mesmo entrando
em extinção – se é que já não entrou. E esse é o mote da nova série: Timmy Yoon
é o encarregado da que é agora a última
Blockbuster sobrevivente no planeta… e ele não quer deixar que ela também
feche, porque a loja é a sua vida. Então, ele precisa ter alguma ideia para chamar a atenção das pessoas, para
relembrar de como a locadora é um ambiente mágico, de como a relação entre as
pessoas e uma indicação de alguém que sabe
o que está falando é muito melhor do que um algoritmo… como o fator humano faz toda a diferença. E por mais
difícil que seja, ele meio que tem razão.
Mas quem não
viveu nunca vai entender.
O primeiro
episódio vai se desenvolvendo enquanto a “grande ideia” que surge é a de fazer
uma festa para promover a locadora, tentando atrair clientes que possam fazer
um cadastro e tudo o mais, e enquanto isso acontece vamos conhecendo os
personagens que integram esse elenco. Além de Timmy Yoon, temos Eliza, uma
mulher que voltou a trabalhar na loja depois de ter se separado do marido, e é
alguém por quem Timmy sempre foi apaixonado; Connie, uma funcionária com um
jeito só dela de falar as coisas;
Hannah, que é quase o oposto de Connie, jovem demais para entender toda a magia
de uma locadora, e que age meio cética, mas se importa mais do que quer deixar
transparecer; e Carlos, um rapaz que sonha em ser um grande diretor.
A festa, no
entanto, não é um grande sucesso – ela acaba se distanciando totalmente de seu
objetivo e fica famosa por causa de um “ataque de gorila” (que, na verdade, é
um gorila gigante inflável que é explodindo por fogos de artifício
irresponsáveis), mas, surpreendentemente, isso acaba sendo “útil”, porque a
imprensa local resolve cobrir o acontecido, e é a oportunidade que Timmy tem (e
aproveita!) para fazer o discurso que ele pretendia fazer na festa, e que
queria que todo mundo ouvisse… ele sabe que pode não ser o suficiente, mas ele
também sabe que é um início, e novas pessoas estão se inscrevendo na última
Blockbuster do planeta. Agora, como garantir que essas pessoas vão continuar
ali? Como garantir a sobrevivência de uma
locadora em pleno 2022?
Para mais
Pilotos de séries, clique
aqui.
Comentários
Postar um comentário