Amor em Verona (Love in the Villa, 2022)
“L’amore trova
una via”
Verona,
referências a “Romeu e Julieta”, uma
declaração de amor inspirada e muito romance: “Amor em Verona” é tudo o que eu adoro em uma comédia romântica!
Protagonizada por Kat Graham e Tom Hopper, o filme é encantador… ambientado em um cenário classicamente romântico (ao
lado da famosa “sacada de Julieta”), o filme apresenta o romance inusitado de
Julie e Charlie, que começa quando os
dois precisam compartilhar um mesmo apartamento, por causa de uma confusão nas
reservas, apostando no romance sem deixar de lado a comédia… dei boas e
sinceras risadas durante as brigas e provocações, enquanto o filme construía a
inegável conexão entre os
protagonistas de maneira convincente, e o resultado final me deixou com um
sorriso bobo e feliz no rosto, que é tudo o que eu espero de uma boa comédia
romântica. Eu adorei.
Julie é uma
professora de inglês do terceiro ano apaixonada por Shakespeare e, é claro, por
“Romeu e Julieta”. Ela passou a sua vida inteira planejando uma viagem
para Verona, e agora que ela está prestes a acontecer, seu namorado, Brandon,
termina com ela porque “aquilo não está funcionando”. Então, Julie tem a oportunidade de encontrar o destino e se abrir para
o novo. De fato, Julie precisa repensar algumas coisas, porque ela é rígida demais, e a maneira como planeja
cada mínimo segundo da viagem, sem espaço para imprevistos ou improvisação, é
um pouco assustadora – e nos perguntamos se, naquele plano apertado, ela
conseguiria de fato aproveitar alguma
coisa, e se chegaria a conhecer Verona como realmente é… felizmente, o destino
se adiantou e garantiu que Julie pudesse ter uma experiência autêntica da Cidade do Amor.
Nada sai
como Julie planejara – felizmente. Sua chegada em La Villa Romantica já não é o
que ela esperava, porque ela se depara com um homem muito bonito (que ela mais tarde descreve como “parecido com o
Thor”), só de samba canção (uma visão do paraíso, talvez, mas inesperada), que
aparentemente também alugou La Villa
Romantica para os mesmos dias que ela… e, agora, ela precisa passar a noite
ali, no sofá do apartamento, até conseguir falar com o dono do lugar e
“resolver esse problema” – o que, é claro, tampouco sai conforme o planejado,
porque a cidade está cheia, ambos reservaram de fato La Villa Romantica por
aplicativos diferentes cuidados por pessoas diferentes, e não há muito o que se
fazer sobre isso… a não ser dividir o apartamento e, quem sabe, esperar uma
nova vaga em outro lugar. Então, Julie e
Charlie resolvem dividir.
Pelo menos
por ora.
A dinâmica
dos dois é maravilhosa – eu gosto muito da segurança
que as comédias românticas nos dão; é um gênero de que eu gosto bastante, e a
previsibilidade do roteiro é algo que eu considero reconfortante nesse caso, porque posso apenas relaxar e curtir o
filme, sabendo que os protagonistas vão se apaixonar, mas esperando para ver como isso vai acontecer dessa vez, e me
parece o tipo perfeito de filme para
assistir num domingo chuvoso, por exemplo… enquanto Julie é romântica, mas
excessivamente metódica, Charlie é um homem trabalhador e intenso que esconde
(?) seu lado mais romântico, que eventualmente percebemos que existe. E eu adoro como Julie vai descobrindo
isso aos poucos, enquanto os dois são obrigados a compartilhar La Villa
Romantica, na falta de um novo lugar onde um dos dois possa se hospedar…
A parte mais
cômica do filme (além do Uberto, é claro!) vem quando Julie é incentivada a se livrar de Charlie para ficar com La
Villa Romantica só para ela, e então os dois entram em uma guerra hilária que
vai escalando a proporções inimagináveis… começa com Julie atraindo gatos para
o apartamento, sabendo que Charlie é alérgico a eles, e com o Charlie doando as
suas roupas para uma instituição, mas culmina na Julie trocando a fechadura e
mandando Charlie para a cadeia por tentar “invadir” e o Charlie expondo as
páginas do diário dela com a história de Brandon no mural de Julieta… os dois
têm até uma briga exagerada e divertida ao redor da mesa de jantar, que termina
com a polícia vindo vê-los e dizendo que “eles celebram Romeu e Julieta, não os
Montéquios e Capuletos”, o que eu, particularmente, achei uma das melhores falas de todo o filme!
Divertido e
apaixonante, “Amor em Verona”
eventualmente diminui as brigas de Charlie e Julie quando eles propõem uma trégua e decidem que o outro
não é tão ruim assim, e é uma delícia
acompanhar as conversas entre eles, ou como La Villa Romantica parece se tornar
um lugarzinho aconchegante para o romance
deles, e temos uma inversão bacana de expectativa quando Julie, que está em
Verona pela primeira vez, resolve “apresentar a cidade” para Charlie, que está
ali pela sexta vez, mas que talvez nunca a tenha explorado da maneira que se
deve… são provavelmente as melhores cenas
do casal, conhecendo a cidade, fazendo um piquenique próximo ao pôr-do-sol,
indo juntos a um evento de vinhos, conversando sobre sonhos e fazendo pedidos à
estátua de Julieta… mas antes que eles
troquem o primeiro beijo, Charlie diz que “não pode”.
E, então,
chegamos à parte típica da comédia romântica quando alguma coisa dá errado – e uma das coisas que eu mais gostei em “Amor em Verona” é que o filme não
assume um tom profundamente melancólico ou triste… na verdade, ganhamos algumas
cenas bem hilárias com o retorno
inesperado de Brandon, que está ali para pedir
Julie em casamento, e a namorada/noiva de Charlie que o tinha abandonado e
que adora dizer “OMG”. A chegada de Brandon e Cassie, que poderia ter sido um
desastre, de fato “afasta” Julie e Charlie, mas nos proporciona aquela
sequência maravilhosa do restaurante, por exemplo (a Julie servindo vinho “da
maneira errada” e o Charlie comentando sobre “pessoas tomando banho e vestindo
a cueca suja” foram impagáveis!), e permite que ambos tomem escolhas conscientes que não tem a ver apenas com
destino…
Como Charlie
comenta: também tem a ver com escolha.
E eles
escolhem estar juntos. Sabe aquele “grande gesto” que é o PONTO ALTO de toda
comédia romântica, e que ficamos ansiosamente esperando toda vez que vemos uma?
Em “Amor em Verona”, como não podia
ser diferente, vemos Charlie buscar Julie, e embora ela não esteja na sacada de
Julieta, ela está na sacada e ele faz a sua declaração de amor usando palavras
originais de Romeu… NÃO PODERIA SER MAIS PERFEITO. Foi fofo, foi divertido, foi
emocionante – me fez sorrir e me deixou de coração quentinho! Certamente, um
filme adorável para todos que, como eu, adoram uma comédia romântica que faz
com que nos apaixonemos por seus protagonistas e pelo amor deles… se você for
um fã de cidadezinhas italianas aconchegantes e/ou da obra clássica de William
Shakespeare, então mais ainda o filme
precisa ser assistido. Para mim, um filme incrível!
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