Uma Quedinha de Natal (Falling for Christmas, 2022)
Jingle bells rock!
Protagonizado
por Lindsay Lohan e Chord Overstreet, “Uma
Quedinha de Natal” (admiro o esforço para traduzir o trocadilho do título
original) é uma daquelas comédias românticas natalinas que eu tanto adoro
acompanhar… e eu estava particularmente ansioso por esse filme por dois
motivos: primeiro, porque a época de Natal é a minha época favorita no ano;
depois, porque temos dois nomes de quem eu gosto bastante no elenco. Lindsay
Lohan foi a protagonista de grandes filmes que fizeram parte da minha infância
e adolescência e dos quais eu gosto até hoje, como “Operação Cupido”, “Sexta-Feira
Muito Louca” e, é claro, “Meninas
Malvadas”, enquanto Chord Overstreet foi muito o meu crush na adolescência, enquanto interpretava Sam em “Glee”. Por isso, eu mal podia esperar
para ver os dois contracenando em um filme de natal!
“Uma Quedinha de Natal” não é
particularmente inovador, nem o melhor filme de Natal que eu tenha visto na
vida – mas é acolhedor, simpático e nos transporta para um mundo convidativo no
qual podemos admirar as decorações natalinas, cantar músicas típicas e, é
claro, torcer pelo casal protagonista, mesmo que saibamos que eles vão terminar
juntos… é o que eu sempre comento quando faço reviews de comédias românticas: a intenção não é ser revolucionário
ou surpreendente, até porque a previsibilidade é parte da magia do gênero, que
causa uma espécie de conforto no
espectador… tudo o que uma boa comédia romântica precisa fazer é nos
conquistar: fazer com que nos importemos e torçamos por seus personagens, e
então tudo o que importa é como eles
vão se apaixonar e como eles vão
ficar juntos. É isso o que queremos ver.
Lindsay
Lohan interpreta Sierra Belmont, uma garota rica que quer ser conhecida “por
mais do que apenas o seu sobrenome”. Um tanto mimada, acostumada a ter tudo o
que sempre quis, ela não é exatamente esnobe, nojenta ou grosseira… ela é mais fútil mesmo. E ela está em um
relacionamento com Tad Fairchild, um homem tão (ou mais) fútil quanto ela, que
está o tempo todo mais preocupado com o seu engajamento nas redes sociais do
que qualquer outra coisa. Enquanto Tad pede Sierra em casamento no alto de uma
montanha para esqui perigosa, uma garotinha está fazendo um pedido em algum
lugar próximo, e esse pedido é atendido de forma brutal – seria trágico, se não fosse extremamente cômico. Sierra
acaba sendo levada pelo vento e rola montanha abaixo, até bater a cabeça em uma
árvore, desmaiar, e ser encontrada desacordada.
É aí que
Sierra conhece o personagem de Chord Overstreet, Jake Russell. Jake é o dono de
uma pousada pequena e aconchegante que corre o risco de fechar porque os turistas
estão cada vez mais escolhendo ficar hospedados em grandes hotéis, como aquele
da Família Belmont (!), do que em pousadas como a Estrela do Norte, que é ideal
para uma experiência mais familiar e caseira, além de ser ótima para quem ainda
está aprendendo a esquiar… além de aquela pousada ter sido a sua vida, aquele
lugar foi da família de sua esposa há gerações, e ela morreu há dois anos,
então desfazer-se da pousada também é doloroso por motivos sentimentais, além
dos financeiros. Nem Sierra (que “escolhe” o nome de Sarah, quando está na
Pousada Estrela do Norte) nem Jake sabiam o que esperava por eles e o quanto o
encontro dos dois mudaria tudo.
Mas é lindo
de se acompanhar… Sarah, sem memória devido ao acidente, entrega alguns
momentos cômicos tentando ajudar na pousada, mas a verdade é que ela nunca fez
nada na vida, então ela mais atrapalha do que de fato ajuda, mas vale a
intenção, não? O filme traz aquelas sequências típicas de comédia romântica,
enquanto Jake e Sarah se aproximam e ficamos cada vez mais perto do Natal, e a
química entre eles é bonita… gosto muito de ver o amadurecimento de personagens, e é o caso em “Uma Quedinha de Natal”, porque vemos Jake voltar a sorrir, como sua filha comenta em algum momento (e tinha a
ver com seu pedido, afinal de contas), e voltar a se abrir para o amor depois
de uma perda traumática, assim como vemos Sierra/Sarah aprender sobre a
importância e a beleza de pequenos momentos e de coisas simples às quais ela
não prestava atenção/não dava valor.
Sem memória,
Sierra se permite “ser uma nova pessoa” – uma pessoa muito mais feliz do que ela fora antes, na verdade… mesmo que ela
não possa deixar de se perguntar por que, mesmo dias depois, ninguém apareceu
procurando por ela ainda. Na verdade, o pai está viajando e só volta na véspera
de Natal, e o namorado também foi levado pelo vento e caiu em algum lugar
distante e ainda está tentando “voltar para a civilização”. Felizmente, eles demoram. Sierra/Sarah
tem a oportunidade de se conectar com uma nova parte de si mesma, conhecer um
cara como nenhum que já conhecera antes, e aprender a se importar tanto com
outras pessoas que planeja uma espécie de festa beneficente para que Jake não
precise fechar a Pousada Estrela do Norte, que é tão importante para ele, para
a família e, é claro, para a comunidade…
Eventualmente,
alguém encontra Sierra Belmont – e as
memórias retornam enquanto ela é arrastada para longe de Jake e de tudo o que
conheceu e aprendeu, e de volta para a sua antiga vida… que não parece mais
fazer sentido. E, para que ela e Jake possam estar juntos, ambos precisam fazer “um grande gesto” de comédia romântica… Sierra
fala sobre a Pousada em uma coletiva de imprensa, o que ajuda a lotar a pousada
de reservas para os próximos dias ou meses, além de conversar com o pai sobre
um acordo que Jake estava tentando fazer com ele lá no início do filme e
termina com Tad; Jake, por sua vez, resolve correr até o Hotel Belmont para
falar com ela antes de ela ir embora, e tem uma cena breve e divertida com Tad,
que não parece abalado com o término, até porque já está seguindo em frente, até ser “direcionado” para quem está
buscando.
E, então, os
dois se beijam finalmente… livres, transformados, apaixonados e felizes.
Muito
lindinho! Gostei!
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