Turma da Mônica Jovem (3ª Série, Edição Nº 4) – Versus
Amizade.
CHEGOU A
HORA DO ÂNGELO – e eu devo dizer que ele sempre foi um dos meus personagens
favoritos na “Turma da Mônica Jovem”.
Começo a comentar “Versus”, a quarta
edição da nova série da revista, elogiando o que precisa ser elogiado e
criticando o que precisa ser criticado: se na edição passada eu elogiei as
cores e os traços da capa, nessa edição eu preciso dizer que deixou a desejar… dito isso, sobre as
histórias: ainda não me agrada a divisão da edição em 3 histórias, porque eu
tenho a sensação de que todas elas
ficam superficiais (a principal não avança o suficiente e as outras duas são
muito corridas), mas me agrada, sim, o fato de isso possibilitar maior
participação e protagonismo de outros personagens… a Mônica, por exemplo, quase
nem aparece nessa edição, e é muito bom ter uma história do Ângelo e uma
compartilhada entre Cascão e Dudu.
A primeira
parte da edição nos traz o quarto capítulo de “Lendas do Recomeço”, dessa vez com foco no Cascão, que precisa
subir de nível rapidamente para não ser desclassificado e ter a chance de
ganhar o torneio porque, aparentemente, essa é a sua única chance de estar
perto da Cascuda, que foi estudar longe… para isso, ele descobre que precisa derrotar um adversário de alto nível,
e ele escolhe derrotar o Cebola, e aproveita um momento em que ele acabou de
sair de outro duelo do jogo, já que ele vai estar mais fraco. Não é um roteiro
que me agradou, preciso dizer… toda a trama da luta dos dois não funciona muito
bem, bem como aquela coisa meio forçada no final de o Cebola ter meio que
“deixado” o tempo acabar para o duelo ser empate e o Cascão ganhar pontos,
sacrificando alguns dos seus pelo amigo. Achei
meio melodramático demais.
Em paralelo,
outras histórias são apenas pinceladas: vemos um pouco mais de Magali e Quim,
cujo problema no namoro eu achei que seria um plot legal, quando a saga começou, mas que não saiu do lugar em
quatro edições e ficou extremamente cansativa e, pior, vazia. Mônica, por sua
vez, aparece pouquíssimo, e eu não deixo de pensar em como a personagem parece superficial em “Lendas do Recomeço”, e não estou nem um pouco curioso para essa
tal “promessa” dela e do Cebola… talvez a aparição do Toni, no Nível 40,
entregue alguma coisa legal. A parte mais promissora desse quarto capítulo fica
para as poucas páginas de Marina conversando com o possível vilão da saga,
enquanto Milena e Denise andam pelo prédio da empresa responsável pelo jogo Lendas do Recomeço em busca do Franja –
que está bem macabro!
A primeira
história curta da edição é “Hora do
Ângelo”, e eu vou dizer: EU AMEI ESSA HISTÓRIA. Como eu disse no início da review, eu gosto muito do personagem, e
foi bom termos um destaque novamente para ele, agora crescido, enquanto tentava
se tornar um Arquianjo, mas era recusado por causa de sua “natureza humana”.
Infelizmente, temos aquela sensação de que a história é corrida por ser contada
em apenas 30 páginas (seria uma boa trama para uma edição completa focada no
Ângelo), mas temos várias coisas legais, como um pouquinho da Cidade Prateada e
o Ângelo explicando para a “Mônica” sobre a cidade e a função dos anjos da
guarda e tudo o mais… a história leva Ângelo em uma busca inesperada até os
domínios da Morte, e a “participação especial” de uma vilã que parece ter
aparecido mesmo só pelo fan service.
Mas gostei da história!
Por fim,
temos “No Passinho do Cascão”, e
embora não seja uma história que tenha me agradado muito, eu sei reconhecer que
provavelmente não era o público-alvo dela
– talvez tenha chamado mais a atenção de adolescentes viciados em Tik Tok ou,
como eles dizem, “Tique-Taque”. O que eu gostei na história foi o fato de o
Cascão virar protagonista (sempre dá certo quando o personagem vem à frente), e
de ele ter sido colocado com o Dudu, que é outro personagem de quem eu gosto
bastante e que estava absolutamente fofo sendo o “jovem padauã” do Cascão, o
tendo como “referência da dança”. O que me intriga um pouco é o fato de essas
histórias independentes parecerem completamente
desligadas da saga principal, como se não pertencessem ao mesmo mundo… por
exemplo, o Cascão está com a perna machucada em “Lendas do Recomeço”, mas fazendo passinhos de dança e movimentos
de parkour em “No Passinho do Cascão”.
Há certa
“incoerência” que, se eu pensar demais, me incomoda.
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