Avataro Sentai DonBrothers, Don Final – We Have Made True Bonds
“Nós temos um vínculo”
Menos
centrado na ação e mais voltado para a emoção,
“We Have Made True Bonds” é uma
conclusão lindíssima para “Avataro Sentai
DonBrothers” e que, para mim, tem tudo a ver com o que a série apresentou.
Eu gosto muito de “DonBrothers”, como
comentei incontáveis vezes durante as minhas reviews, e sempre senti que a série é muito mais sobre as pessoas e sobre as relações entre elas do que qualquer outra coisa. Tivemos um
episódio final sem nenhuma novidade nos poderes e com dois Mestres da Mente
Executores que acabaram de aparecer como vilões principais, o que alguns podem
achar um problema, mas não eu: o episódio foi centrado em Taro Momoi enquanto
ele visitava e “se despedia” de cada companheiro de equipe, e foi muito bonito.
Taro Momoi é
um personagem que eu amo – o que também pode não ser um consenso. Sempre houve
algo que me fascinava em Taro, desde
o início de “DonBrothers”, e é muito
interessante perceber o amadurecimento
pelo qual ele passou: o Taro de quem nos despedimos agora definitivamente não é
mais o Taro que conhecemos no primeiro episódio. Percebemos a maneira como o
Taro aprendeu a viver com outras pessoas, como aprendeu a se importar com as pessoas ao seu redor, e como descobriu como
era se sentir feliz graças à sua
convivência com os outros DonBrothers. A festa de aniversário surpresa e fora
de época do episódio anterior deixou isso evidente, e o fato de ele estar sofrendo enquanto se esquece dos amigos
também mostra essa mudança nele.
Por algum
motivo, Taro Momoi está perdendo suas memórias de todos seus companheiros.
Aparentemente, ele completou sua missão como Don Momotaro agora que Jiro
Momotani, seu sucessor, amadureceu e pode assumir a liderança, mas é injusto,
como os próprios personagens dizem, que ele precise se esquecer de tudo – mas Kaito explica que sua memória está sendo
“redefinida” ou qualquer coisa assim. E Taro, que escolhe não contar nada a
ninguém a princípio, começa a fazer dolorosas visitas individuais a cada
DonBrother, para conversar com eles, perguntar se eles se arrependem de ter se
juntado à equipe, e se despedir… gosto de como as emoções de Taro parecem
“limitadas”, e como mesmo dentro dessa limitação, o seu sofrimento fica
evidente.
Ele está sofrendo.
A primeira
pessoa que Taro visita é Haruka, a Oni Sister, com quem a sua relação já foi
bem difícil, mas não mais; depois,
Taro visita Shinichi, o Saru Brother, e eles compartilham um momento muito
bonito enquanto olham para as nuvens; então, Taro visita Tsubasa, o Inu
Brother, e ele atribui ao fato de ser um DonBrother a loucura em que sua vida
se transformou, mas ele diz que não se arrepende de nada e gosta de ser o Inu
Brother; por fim, Taro visita Tsuyoshi, o Kiji Brother, que está se mudando
porque o apartamento em que mora tem muitas memórias da Miho. Todos se reúnem
no Café Donbura para conversar com Kaito a respeito de “como Taro Momoi está
agindo de forma estranha”, e é então que Sonoi descobre que Taro está se
esquecendo de todos…
E podemos
ver o desespero em seu olhar…
Sempre
adorei a relação de Taro Momoi e Sonoi e sinto que, de certa maneira, “DonBrothers” deixa menos evidente a
paixão entre eles do que “Lupinranger VS
Patranger” deixou a de Kairi e Keiichiro, especialmente na reta final, mas
me parece muito difícil tentar argumentar que a relação de Taro Momoi e Sonoi
não era romântica ou não queria ser… a conexão entre eles vai além de um amor
fraternal ou de uma amizade, e uma das provas disso é o fato de que Sonoi é a última pessoa de quem Taro Momoi
se esquece. Quando ele se esqueceu de todos os demais, ele pede a ajuda de
Sonoi para organizar uma última refeição entre todos eles, enquanto Sonoi lhe
dá informações das pessoas que falam com ele, para que ele possa responder
apropriadamente – e Taro diz coisas muito bonitas nessa cena.
É
emocionante, bonito, sentimental… e profundamente triste.
Já estava sentindo falta de Taro Momoi.
Enquanto
isso, Sonona e Sonoya, os Mestres da Mente Executores, destroem os Inspetores
sem qualquer dificuldade, e demonstram ser uma ameaça aos primeiros Mestres da
Mente que conhecemos: Sonoi, Sononi e Sonoza. Assim, os Novos DonBrothers, sem
Taro Momoi, se preparam para uma batalha, enquanto Taro faz uma visita importante
ao Café Donbura, onde Kaito lhe entrega uma cópia do mangá escrito por Haruka
sobre os DonBrothers. Enquanto a ação se desenrola em paralelo, Taro Momoi lê
as aventuras verdadeiras da qual fez parte e, pela sua expressão, as memórias e
as emoções retornam a ele, tanto que ele aparece para lutar ao lado deles como
Don Momotaro – talvez pela última vez. E,
em um golpe certeiro e grandioso, ele destrói os Executores.
E desaparece logo em seguida.
Sem a
presença e a companhia de Taro Momoi, todos tentam seguir a sua vida… e o
episódio traz um rápido “epílogo” no qual podemos acompanhar mais ou menos o
que está acontecendo na vida de cada um dos Novos DonBrothers. Vemos Tsubasa
ainda correndo como um fugitivo, mas, dessa vez, ele não está sozinho, nem nas
corridas nem nos pôsteres: ele tem Sononi com ele; isso porque Natsumi escolheu
que não queria essa vida para ela, terminou com Tsubasa e resolveu procurar
Tsuyoshi, para que eles pudessem “continuar sonhando juntos”, assumindo a
identidade de Miho, o que é algo que eu não sei dizer se gostei realmente;
Shinichi, por sua vez, continua escrevendo e vivendo a vida simples que ele
sempre viveu; e Haruka tem a chance de fazer sucesso novamente.
Preciso
dizer que o mangá escrito por Haruka é ABSOLUTAMENTE LINDO – e eu o compraria
se ele estivesse à venda. É emocionante vê-la falar sobre ele em um evento de
lançamento, contando que são as histórias
reais dos DonBrothers, e isso é, para mim, um bom sinal que me enche de
esperança em relação ao futuro de Taro Momoi: ele vai ficar bem; mais cedo ou mais tarde, ele vai se lembrar de tudo…
se o mangá que Kaito entregou para ele o fez lembrar o suficiente para ir à
batalha final, sinto que os mangás completos de Haruka farão esse trabalho. De
todo modo, é o suficiente saber que ele
sobreviveu à batalha contra os Executores, quando ele aparece para fazer
uma entrega a Haruka, com um novo uniforme (!), e, com um sorriso, diz que
“eles têm um vínculo”.
Episódio
emocionante, e um belo final a “DonBrothers”.
Gostei bastante.
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Amei o texto, amigo!!! E revivi todas as emoções que senti quando assisti o episódio final. Donbrothers é sim sobre as pessoas e seus relacionamentos. Mesmo eu amando o formato tradicional da franquia, onde os monstros da semana praticamente definem a linha de como será cada episódio, e com os vilões, tanto os generais quanto o chefão, girando a trama com os embates contra os rangers, ver Donbrothers fugindo do convencional, sendo o primeiro sentai a não ter uma organização do mal ou uma ameaça real, foi tão sensacional! Gosto de séries que ousam, que fogem da fórmula. E isso, somado ao carisma imenso do elenco, fez eu me apaixonar perdidamente por Donbrothers, que agora é meu sentai favorito (desculpa, Dekaranger).
ResponderExcluirEu acho lindo você chamando DonBrothers de "seu sentai favorito" hahaha Eu também gostei demais!!! Amo os personagens e tudo o que eles entregaram, me diverti e até me emocionei semanalmente enquanto assistia, foi uma experiência muito bacana!
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