Lost 6x02 – LA X: Part 2
“That’s
what she wanted to tell you. It worked”
Sabe qual é
a minha sensação, terminando agora essa última Season Première dupla de “Lost”? Que eu não estou preparado para
me despedir da série novamente: EU AMO DEMAIS ISSO AQUI! “LA X: Part 2” é um episódio interessantíssimo e de narrativa rica,
que começa a explorar “novos” elementos da ilha, mas que na verdade sempre
fizeram parte da mitologia de “Lost”,
e nos quais estamos nos aprofundando agora. Já disse em outras ocasiões, e digo
novamente: “Lost” é uma série cheia
de detalhes, mistérios e, sim, respostas – mas com a diferença de que as coisas
não estão escancaradas de maneira didática, duvidando do espectador, e é nosso
trabalho ir juntando informações. Esse episódio, por exemplo, responde muito
sobre o monstro de fumaça e mortos como o pai de Jack, que vimos andando pela
ilha.
Com a morte
de Juliet, e “algo importante” que ela queria contar a Sawyer e não teve a
chance, Sawyer fica para trás para enterrá-la enquanto Hurley e os demais levam
Sayid até o Templo, onde Jacob disse que ele poderia ser salvo, mas Sawyer pede
que Miles fique para trás para ajudá-lo – e sabemos exatamente o que ele quer
de Miles, na verdade: Miles pode
conversar com os mortos, e ele precisa saber o que Juliet tentou lhe contar e
não conseguiu. Então, depois de uma cena dolorosa na qual ele enterra a
mulher que ama (o sofrimento de Sawyer é palpável!), ele faz Miles descobrir o
que ela queria dizer, que é uma mensagem aparentemente enigmática, na qual ela
diz a Sawyer que “funcionou”. Ele não
sabe do que ela está falando, mas talvez nós saibamos.
Afinal de
contas, estamos acompanhando uma segunda linha temporal interessantíssima e
cheia de novidades – os flash sideways
sendo um dos grandes destaques dessa temporada final de “Lost”. No episódio anterior, vimos o Oceanic 815 pousar em
segurança no aeroporto de Los Angeles, e “LA
X: Part 2” ainda se concentra em diferentes passageiros logo depois de eles
terem descido do avião, mas ainda no aeroporto… e ficamos realmente curiosos com as brincadeiras do roteiro:
enquanto algumas coisas parecem ser o desenvolvimento natural de como as coisas
aconteceriam caso o Oceanic 815 nunca tivesse caído, como a Kate fazendo de
tudo para escapar, outros detalhes nos intrigam, porque indicam uma diferença
que vem desde antes de quando deveria
ter sido a queda do avião.
O caixão de
Christian Shephard, por exemplo, está desaparecido porque, aparentemente, ele
nunca nem foi colocado a bordo do Oceanic 815 – ao passo que, na linha do tempo
original, o caixão estava lá e caiu na ilha. Isso não é, no entanto, um erro de continuidade, apenas um aceno às
mudanças que são mais extensas do que se pode imaginar, assim como a cena do
Desmond no voo, no episódio anterior, ou do Hugo se definindo como “a pessoa
mais sortuda do mundo” e dizendo que “nada de ruim nunca acontece com ele”.
Agora, no entanto, Jack precisa “encontrar o pai”, e ele tem uma cena
surpreendentemente bonita com John Locke, no seu momento de maior estresse, e
Locke diz algo bastante tocante que realmente parece acalmar o Jack.
Uma boa
dupla.
Os flash sideways também trazem um
pouquinho de Jin e Sun (com a Sun sendo chamada de “Srta. Paige” e o Jin sendo
levado para interrogatório por causa da grande quantia de dinheiro não
declarado que tem na mala), e a fuga de Kate, cujo caminho cruza o de outros
personagens enquanto ela tenta escapar do policial que a acompanha. Primeiro,
ela encontra Sawyer dentro do elevador, que percebe suas algemas, mesmo que ela
esteja tentando esconder embaixo do terno, e ele parece ajudá-la a escapar (!),
e depois ela acaba entrando em um táxi já ocupado quando ela é avistada e
precisa sair do aeroporto o mais rápido
possível, e a pessoa dentro do táxi é Claire. Sabemos que ainda existe
muito a se explorar nessa nova linha temporal desses personagens!
Na ilha,
Hurley lidera uma missão até o Templo na esperança de salvar a vida de Sayid –
e Jin sabe para onde eles estão indo e, portanto, pode guiá-los. É interessante
estarmos explorando algo aparentemente novo nessa reta final de “Lost”, enquanto conhecemos novas
pessoas e ficamos intrigados com a interação de Hurley com os líderes que
habitam o Templo (e, naturalmente, ficamos curiosíssimos para saber o que
estava escrito no papel que Jacob encontrou uma maneira de enviar para eles).
Quanto a Sayid, passamos por um momento desesperador
no qual parece que o pessoal do Templo o está afogando e, aparentemente, é
exatamente isso o que aconteceu, quando eles anunciam a Jack e aos demais que
“seu amigo está morto”.
Até que Sayid desperte no fim do episódio.
Enigmático,
interessante e promissor.
As coisas
mudam um pouco de figura no Templo quando Hurley é perguntado a respeito de
Jacob e quando ele chegará, e ele conta que Jacob
está morto – então, todos sabem que “ele” estará vindo, e precisam começar
a se preparar para isso, em uma sequência tensa na qual o Templo é protegido
contra a invasão do inimigo de Jacob: o Homem de Preto, o monstro de fumaça,
aquele que atualmente usa a forma de John Locke… inclusive, preciso destacar a
atuação de Terry O’Quinn, que entrega personagens completamente diferentes quando ele é o monstro de fumaça
personificado, conversando com Ben Linus na ilha, e quando ele é realmente o
John Locke, conversando com Jack no aeroporto, na linha temporal alternativa. Simplesmente, de arrepiar!
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