Ohsama Sentai King-Ohger, Ep. 3 – Devotion to Selfishness
O egoísmo de Himeno Ran.
Chegou a
hora de conhecermos o Reino de Ishabana: o Reino da Beleza e da Medicina. Estou
gostando muito desses primeiros episódios de “Ohsama Sentai King-Ohger”, e de como cada um deles é dedicado a
apresentar um dos diferentes Reinos e seus respectivos governantes – que é algo
que me chamou a atenção já na estreia da série. Ishabana é, sem dúvida, um
lugar lindíssimo, mas inicialmente é difícil saber se o seu povo é realmente feliz naquele lugar no qual se
parece valorizar excessivamente a beleza, de uma forma que parece quase
injustificada e fútil, mas “Devotion to
Selfishness” é justamente a oportunidade que “King-Ohger” está nos dando de conhecer Himeno Ran de verdade e,
quem sabe, deixar de lado pré-julgamentos que podemos ter feito.
Yanma parece
verdadeiramente encantado por Himeno
(então, podemos descartar qualquer esperança de que ele e Gira tenham uma
interação no estilo Kairi e Keiichiro, ou Taro Momoi e Sonoi… uma pena), até
porque a conhece há mais tempo que Gira e, portanto, já aprendeu a enxergá-la
além das primeiras aparências – porque a primeira impressão que Himeno causa é
no mínimo problemática. Ela parece
preocupada demais com a beleza estética das coisas, obriga seus funcionários a
limpar o chão pelo qual ela vai passar por causa de um respingo de água ou o
mordomo, de apenas 25 anos, usar uma maquiagem que o faz parecer mais velho e,
portanto, “com mais cara de mordomo”, e manda demolir uma casa apenas porque
ela não combina com a paisagem.
Gira já se
incomodou com um rei que não era a melhor escolha para o seu povo antes, mas
ele ainda não tem certeza de que esse é o caso de Himeno – até porque, no meu
entendimento de “King-Ohger”, me
parece que a espada que o transforma em Kuwagata Ohger o escolheu por ele ser digno desse poder, então se Himeno tem o poder
da Kamakiri Ohger, isso deve significar que ela
não é tão ruim quanto parece… certo? E, eventualmente, descobrimos ao lado
de Gira que ela não é. Quando o Reino de Ishabana é brutalmente atacado, vemos
Himeno se transformar em Kamakiri Ohger para defender o seu povo, isso depois
de ter “sacrificado o seu vestido” para salvar a vida de uma garota (é só um
vestido, sim, mas talvez não era aquela atitude que esperávamos de uma Himeno
fútil).
Portanto, “Devotion to Selfishness” é uma grande brincadeira com o espectador, porque
fica o tempo todo tentando nos convencer de que Himeno é apenas uma garota mimada, para no fim sermos apresentados a uma
“reviravolta” na qual ela é realmente
uma boa governante, verdadeiramente preocupada com o seu povo, e disposta a
fazer de tudo para salvá-los… Himeno abraça com orgulho a sua faceta “egoísta”,
e continua chamando de “egoísmo” mesmo quando ela não está fazendo coisas para
ela, o que é um paradoxo interessante e bem-vindo à concepção da personagem,
que, no fim das contas, parece fazer o seu povo feliz, além de entregar a eles
um lugar bonito e seguro para se viver… e quando Gira percebe isso, ele “a quer
como sua companheira”.
E, assim, o
grupo de King-Ohger está oficialmente aumentando.
No próximo
episódio, exploraremos Toufu.
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