Smash 2x08 – The Bells and Whistles
“I heard
your voice in a dream”
Aos poucos,
as coisas estão começando a se acertar, tanto para “Bombshell” quanto para “Hit
List”, dois grandes musicais sendo montados em paralelo, cada um com sua
identidade bem definida, e distintas entre si. “Bombshell” está se ajustando à nova direção de Tom, depois de
Derek ter se demitido porque não acreditava mais no projeto, e o próprio Tom ainda
precisa encontrar a melhor maneira de dirigir o espetáculo sem deixar que as
coisas fujam de seu controle; Eileen, por sua vez, está fazendo de tudo para
conseguir uma matéria no The New York Times, o que inclui algo que pode
movimentar os bastidores do musical novamente. “Hit List”, por sua vez, continua enfrentando as diferenças
criativas de Derek e Jimmy e o pior: o
fato de eles não conseguirem chegar em um acordo.
Tom é
completamente diferente de Derek – se isso é bom ou ruim para o musical, é algo
que apenas o tempo dirá. Sabemos, no entanto, que Tom não poderia continuar
muito tempo como começou esse
episódio, ou “Bombshell” iria por
água abaixo. Preocupado em fazer com que as pessoas “gostassem” dele e que todo
mundo estivesse contente, ele estava sendo bonzinho
demais, e aceitando uma série de sugestões que nem sempre eram cabíveis… e
Julia tem a melhor leitura possível da situação, dizendo a Derek que, como
diretor do musical, ele é como um pai: ele
tem que impor limites, ou então suas crianças vão achar que pode fazer o que
quiserem. É um episódio de amadurecimento para Tom mais do que para
qualquer ator do elenco.
Com a volta
de Sam, por exemplo, Tom pensa na possibilidade de colocá-lo de volta em “Bombshell” – o que Julia adverte desde
o começo que não é viável, porque todos os papéis foram devidamente
preenchidos, com exceção com o de Gladys, a mãe de Marilyn. Mesmo assim, quando
Tom resolve dar uma festa no seu apartamento para “ouvir as ideias e sugestões
de todo o elenco” (?), Sam acaba cantando “(Let’s
Start) Tomorrow Tonight”, uma ótima música de um musical descartado de Tom
e Julia, que Tom acredita que pode encaixar em “Bombshell” e conseguir um papel para Sam, bem como uma folga para
Ivy durante o segundo ato… mas Julia e Eileen são veementes: não há lugar para
aquela cena que, no fim das contas, não tem nada a ver com a história de
Marilyn.
Inusitadamente,
Julia tenta resolver a situação levando o Tom para conversar com o Derek – no
fundo admitindo, então, que apesar de todos os problemas que veem nele, Derek é
um bom diretor… ou então Julia não levaria Tom lá para vê-lo trabalhar e para
conseguir conselhos. Claro que eles chegam na
pior hora possível, no meio de um desentendimento de Derek e Jimmy, mas, no
fim, Tom fica encantado – ele nunca foi capaz de falar com o elenco do jeito
que Derek falou. A conversa dos dois acaba sendo algo muito sincero e legal, e
quando Tom pergunta como Derek dorme à noite sabendo que é odiado e se ele não
se importa com o que os outros pensam sobre ele, Derek o ensina que é mais
importante saber que ele é respeitado
do que que as pessoas gostam dele.
Ivy, por sua
vez, está de volta ao papel de Marilyn Monroe, cantando um trecho solo de “Let Me Be Your Star”, o que faz com
que todos se lembrem de como ela é perfeita
para o papel, mas ela não continuará satisfeita desse jeito por muito tempo.
Parece incrível ter o Tom a dirigindo e tudo o mais, mas o “novo Tom”, depois
da conversa com Derek, vai ser bem mais firme de agora em diante… além disso,
Eileen tem uma ideia incrível para tornar “Bombshell”
notícia no The New York Times, e resolve buscar A MÃE DE IVY para interpretar
Gladys, a mãe de Marilyn no musical – o que, é claro, deve ser um desastre, mas
Tom aceita. Agora, é ver como Ivy vai lidar com a presença constante da mãe nos
ensaios e no musical, com todos os problemas que elas já tiveram.
É desumano para Ivy, na verdade.
Enquanto
isso, “Hit List” continua evoluindo…
a história está crescendo e tomando forma, mas Derek e Jimmy continuam
discordando em praticamente tudo – o que torna a convivência quase impossível,
e meio que impossibilita o musical de seguir adiante. E nenhum dos dois está
completamente certo ou completamente errado. Jimmy é arrogante e irredutível, e
parece incapaz de se dar conta de que ele é muito novo nisso tudo e que Derek
pode estar querendo ajudar, já que ele tem anos de experiência; Derek, por sua
vez, é igualmente arrogante, gosta das coisas à sua maneira e acha que sabe
mais do que Jimmy, só porque tem mais experiência. No fim, um não escuta o
outro, e mais de uma pessoa durante o episódio tenta incentivá-los a “encontrar
um meio-termo”.
É o que,
eventualmente, eles tentam fazer. Derek tem uma visão grandiosa para “Hit List”, com os cenários formados por
telões de LED, por exemplo, mas isso não é o que Jimmy quer para a sua
história: Derek está acostumado com grandes cenários e muito investimento,
porque veio da Broadway, mas aquele é um teatro pequeno, e o centro deve estar
na história… não adianta tentar se esconder atrás de grandes recursos
exagerados se a história não tiver força e não for suficientemente bem contada
– “Hit List” é sobre duas pessoas que
se apaixonam, e tudo que se coloca entre eles, como obstáculos, para que eles
possam ficar juntos. É bacana quando Derek e Jimmy se sentam para conversar
pela primeira vez escutando um ao
outro, e disso nasce uma excelente cena.
AMO toda e
qualquer cena de “Hit List”, essa é a
verdade, e sempre vou dizer isso. Dessa vez, ganhamos uma nova cena completa do
musical, que acontece depois de a personagem de Karen roubar a música do
personagem de Jimmy e estar começando a fazer sucesso como “Nina”, e ele a
escuta no rádio… Derek entende a ideia de “pessoas como obstáculos” que Jimmy
quer passar e transforma isso em uma coreografia belíssima para “I Heard Your Voice in a Dream”, que é
uma das músicas mais lindas e impactantes de “Hit List” – sem contar que o Jimmy estava lindíssimo, e ouvir o
Jeremy Jordan cantar sempre é algo maravilhoso. Assisto à segunda temporada de “Smash” sempre ansioso para quando
poderemos ver mais uma cena de “Hit List”.
Ainda temos
muito a explorar em “Hit List”, a
história ainda está se construindo – e temos uma sequência bem importante
durante esse episódio para uma das personagens do musical. Ana, que foi
escalada como “a irmã de Jesse”, queria tentar o papel de Diva, a grande
popstar da história, e Karen acha que ela deveria, mas Derek está em busca de
uma grande estrela já famosa para o papel e não deu atenção quando Ana se
voluntariou para o papel… eventualmente, no entanto, tentando incentivar Karen
a não ter medo de falar com Jimmy, Ana resolve seguir o próprio conselho e ter coragem de ir atrás do que quer, e
ela arrebenta em uma apresentação de “If
I Were a Boy” em um bar, provocando o Derek e mostrando tudo de que é
capaz… e isso consegue o papel para ela.
Vem aí, a Diva!
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