A Boss and a Babe – Episode 6

“I’m glad to have you in my life”

Uma coisa precisa ser dita sobre Force e Book e as séries que eles protagonizam: ELES CONSEGUEM TRANSMITIR MUITA FOFURA. Esbanjando uma química perfeita, Cher e Gun nos fizeram sorrir do início ao fim desse sexto episódio de “A Boss and a Babe”, conforme o relacionamento deles avançava de maneira fofíssima – que episódio gostoso de se assistir! No episódio anterior, Cher precisou confrontar seus próprios sentimentos em relação ao chefe: ele estava se apaixonando, e não tinha como negar isso. Depois de ele ficar parcialmente arrasado porque Gun deixou Porsche entrar no seu escritório em um momento no qual ele supostamente “não queria ver ninguém”, Cher teve que lidar com o próprio ciúme e a verdade e intensidade do seu sentimento.

Foi um momento importantíssimo para o personagem de Cher quando ele admite, mesmo que para si mesmo, o que está sentindo, e como Gun está “assombrando os seus pensamentos” – até que Gun apareça no fim do dia na casa de Cher, de surpresa, porque não pode deixar um mal-entendido daqueles entre eles… E ISSO POR SI SÓ JÁ É UMA DAS COISAS MAIS FOFAS DO MUNDO. Essa é, para mim, a grande força de “A Boss and a Babe”: temos alguns mistérios a serem desenvolvidos, como o fato de haver um infiltrado na empresa (tenho minhas desconfianças), e temos tramas a serem exploradas, como do “irmão” de Cher, mas o centro da narrativa é muito simples e direto, e se baseia na construção de um amor bastante puro e sincero.

Existe beleza e conforto em uma história simples bem contada. É verdade que eu adoro séries que ousam e que trazem narrativas inesperadas e que fogem do tradicional, especialmente quando elas são bem trabalhadas. Mas eu sempre falo algo sobre clichês: clichês só são clichês porque funcionam. A base simples de uma comédia romântica rendeu tantos filmes e séries diferentes justamente porque entrega algo que o público quer ver, e é o que eu sinto com “A Boss and a Babe”. Eu não espero grandes surpresas, mas, naqueles 45 minutos, eu me sinto tão reconfortado com a história de amor de Cher e Gun que isso me faz bem: vê-los se amarem e expressarem e construírem esse romance aquece o meu coração, e eu sempre termino querendo mais.

A cena de Cher e Gun no quarto de Cher é um desenvolvimento impressionante – porque muita coisa é dita e mostrada naqueles rápidos minutos. Cher pergunta se Gun gosta dele, e pede que ele diga o que realmente sente e deixe que ele mesmo lide com os próprios sentimentos, e Gun não hesita em dizer, com todas as letras, que gosta dele… e quando Cher pergunta se ele está “flertando com ele” (e diz que é meio lento para entender essas coisas), Gun diz que não está “flertando”, que ele só está “mostrando como se sente em relação ao Cher”. A clareza do diálogo é incrível, e nós adoramos um casal que SE COMUNICA, não? Naquele momento, nada mais fica “escondido” (não que estivesse muito escondido, é claro), e Gun aproveita para provocar o Cher, o que funciona muito bem.

O episódio é todo feito a partir de uma série de cenas absolutamente adoráveis entre Cher e Gun, especialmente agora que ambos sabem que o sentimento é mútuo. Temos o Gun chamando o Cher para o seu escritório, por exemplo, e enquanto todo mundo pensa que ele está “levando uma bronca do chefe” ou qualquer coisa assim, Gun está mantendo o Cher ali por alguns minutos porque sente a sua falta e quer deitar no seu colo, o que é lindo e fofo. Também temos aquela cena em que os dois estão trocando mensagens (e, consequentemente, sorrisos bobos e apaixonados para os seus respectivos celulares) e, quando se encontram no escritório, piscam descaradamente um para o outro… eles até queriam “manter segredo”, mas isso não vai durar.

Jack está de olho e eu amo isso.

E quando Gun machuca o braço e acaba no hospital (!), temos talvez algumas das cenas mais bonitas do casal. Primeiro, só o fato de Cher correr imediatamente para o hospital para ver o amado, todo preocupado, já é um máximo, e toda a sequência termina com Cher dormindo na casa de Gun, e ajudando com algumas coisas… como o banho. É claro que Gun está “fazendo drama”, mais do que o necessário, mas alguém pode julgá-lo? Ele está querendo aproveitar a presença e a boa vontade de Gun, e o mais legal é que Gun sabe exatamente o que ele está fazendo e, na verdade, ele está adorando. Essa dinâmica de constante provocação é de uma leveza surpreendente e constrói algo palpável que realmente me faz sorrir toda vez que olho para eles.

Interessante toda a sequência do banho, por sinal. E inusitada. Cher se senta na beira da banheira para lavar o cabelo de Gun e para esfregar as suas costas, e embora seja um momento de intimidade (e o Gun estava absolutamente deslumbrante, não?), tudo é tratado com um leve tom de comédia, que contrasta com a cena que veio um pouco antes, quando Gun reclamou que “não conseguia abrir os botões da camisa”, e então Cher “teve” que ajudá-lo: enquanto Cher desabotoava lentamente a camisa de Gun e os dois estavam próximos e olhando um no olho do outro, a tensão sexual era palpável… curiosamente, o contexto tornou aquilo muito mais intenso do que o próprio momento do banho, e essa é uma construção vitoriosa de “A Boss and a Babe”. Uma grande cena!

O equilíbrio perfeito existe: a conexão tão real entre Cher e Gun permite que eles compartilhem esse momento de tensão sexual enquanto Cher tira a camisa de Gun, uma leveza indescritível durante o banho e uma seriedade quando Cher conta sobre as desconfianças de que há um informante dentro da empresa e Gun compartilha, também, como foi seu encontro com Thyme sobre o jogo. E tudo isso conduz para uma “declaração” perfeita de Gun dizendo a Cher como “está feliz que ele esteja em sua vida” (com direito ao Cher dizendo que isso é muito “clichê”, mas, no fundo, adorando ter ouvido), e um beijo apaixonado entre eles… a felicidade que toma conta dos fãs do casal no momento em que Gun pergunta se pode beijá-lo e Cher responde que sim

Isso é tudo o que ele quer.

No dia seguinte, Gun está até mais cheio de vida no escritório – o que, é claro, não passa despercebido. Acho que isso é o que “A Boss and a Babe” quer transmitir: a maneira como um amor de verdade pode deixar a pessoa mais leve, mais feliz, mais cheio de vida. É o que está acontecendo com Cher e com Gun, e é um privilégio podermos ser parte disso, de alguma maneira… enquanto relembra a noite anterior com um sorriso apaixonado e feliz no rosto, Gun nos leva de volta para o que aconteceu logo depois do beijo, e descobrimos que eles não pararam por ali. Gun queria mais, e Cher respondeu que sim. A cena do beijo esquentando e do Cher tirando a camisa de Gun me pegou um pouco desprevenido (hot!), e é uma crueldade da série o episódio ter terminado ali.

Eu queria ver mais.

 

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