A Boss and a Babe – Episode 9
“Por favor, não diga isso”
Como é
difícil ver o Gun e o Cher sofrendo… mas, ao mesmo tempo, é muito bom ver a vontade que ambos têm de resolver as
coisas, provando que é possível sim e, antes do fim do episódio, tudo está quase como era antes. Não exatamente como era antes, mas eles
estão trabalhando para isso, e um relacionamento maduro é assim mesmo.
Force e Book continuam entregando toda a química e a fofura que nos conquistou
já em “Enchanté” e mais ainda agora
em “A Boss and a Babe”, construindo
um penúltimo episódio dramático e, em alguns momentos, bastante triste, mas também romântico e cheio de esperança e
beleza. Pode não ser fácil a relação “de um dono de empresa e um estagiário”,
mas vai dar certo desde que eles estejam dispostos a lutar por isso.
A sequência
introdutória desse nono episódio de “A
Boss and a Babe” continua do momento em que Gun pega Cher pelo braço para
conversar com ele sobre o que quer que esteja acontecendo, porque ele sabe que
Cher está agindo de uma maneira estranha,
e não quer que isso seja algo entre eles: ele quer saber o que fez de errado. E, prestes a desmoronar, Gun coloca para fora
toda a sua angústia sobre como “nunca daria certo entre um dono de empresa e um
estagiário”, porque alguém o fez acreditar que isso era verdade, e Gun
“resolve” isso de uma maneira muito simples e muito inteligente: eles não precisam ser “um dono de empresa e
um estagiário”, apenas Gun e Cher… e é isso o que importa. Aquele abraço do
Gun diz, com calma, que tudo vai ficar
bem.
Uma das
cenas mais lindas de toda a série, na
minha opinião, vem logo em seguida, quando eles estão os dois sentados do lado
de fora da empresa, e tudo está lentamente voltando ao normal. É bom ver o Gun
em um momento de leveza tão absoluta quando ele “imita” o Cher (o que nos
lembra que Force é maravilhoso em
fazer um personagem bobão e fofo, que foi quem ele interpretou em “Enchanté” e era apaixonante!), e achei
de uma beleza quase poética a maneira como Cher fala sobre a praia e como Gun o
convida a fechar os olhos e imaginar que eles estão lá… a cumplicidade intensa
daquele momento, o sorriso tão verdadeiro e raro do Gun, o Cher “transformando”
uma folha em caranguejo, o abraço com o Gun pedindo que ele não deixe mais
ninguém estragar a relação deles…
Tudo é perfeitamente lindo.
Eventualmente,
no entanto, as coisas começam a dar errado… embora ainda não pareça o
suficiente para separá-los, comentários maldosos a respeito da relação dos dois
começam a circular pela internet com uma foto que não tem nada demais, e os dois precisam lidar com o preconceito
absurdo e sem sentido de pessoas mesquinhas e amarguradas. Em um mundo ideal,
aqueles comentários não existiriam, ou Gun e Cher não se importariam com eles,
mas ainda que eles não se importem, isso os atinge de alguma maneira, e é
tristíssimo ver o Gun pedindo para encontrar o Cher porque precisa de um abraço
dele, e ver o Cher preocupado com o que vai acontecer se eles continuarem com
esse relacionamento… ali, as coisas “se resolvem”, mas é um prenúncio do que
está por vir.
Devo dizer
que eu fico profundamente incomodado
com o pivô da briga de Gun e Cher ser o THYME. Sério, eu entendo que o Gun já
foi amigo dele no passado e tudo o mais, e que Thyme também teve participação
na criação do jogo que a outra empresa lançou antes deles, mas isso não o
isenta do seu erro: ele roubou a ideia deles com as melhorias do jogo usando o
seu antigo e-mail da empresa. Eu não acho que ele devia sair impune disso, por
isso não fiquei nem um pouco sentido
ao vê-lo ser demitido, nem concordei com aqueles discursos sobre como
“arruinaram a sua vida”, sendo que foi
ele quem errou ao roubar o jogo deles. Sei que Thyme pode ter sido o único
amigo de Gun durante muito tempo, mas não consigo engolir que ele o defenda tanto.
Mas enfim…
Quando as
evidências do roubo são mandadas ao chefe de Thyme e ele perde o emprego, Gun
convoca uma reunião de emergência para confrontar seus funcionários e saber
quem fez aquilo contrariando suas ordens – e ele está furioso como nunca antes
o tínhamos visto. E embora Cher não tenha nada a ver com isso de verdade, ele
assume a culpa… e, naquele momento, algo parece se romper entre eles. Gun não
deixa de amá-lo, mas ele está profundamente chateado por Cher aparentemente não
ter entendido o seu lado e agir pelas suas costas, e Cher está chocado com a
maneira como Gun grita com ele na frente de todos… ou com a maneira como Gun
passa por ele no escritório sem olhar para ele ou como pede o seu “café
tradicional”, e não as novas opções que Gun colocou na sua vida.
Na noite em
que tudo desanda, no entanto, Cher ganha uma das cenas mais lindas de “A Boss and a Babe”, que é o momento em
que os amigos aparecem de surpresa na sua casa para fazer-lhe companhia, e para
consolá-lo se ele precisar chorar… e é, para mim, A COISA MAIS LINDA DO MUNDO.
Nem mesmo do Jack eu consegui ficar com raiva… eu acho que ele pisou na bola ao
falar com o Cher sobre a relação dele com o chefe, e na maneira como ele o fez,
mas realmente não existe maldade no
coração de Jack, e ele já provou isso outras vezes (além de que eu fico
profundamente distraído pelo fato de que o
Jack é um dos personagens mais lindos da série). Naquele momento, ele está
ali pelo amigo, e sabe que tem culpa em parte do seu sofrimento…
A noite dos
amigos na casa do Cher dura apenas duas cenas, mas são duas cenas marcantes e
que eu vou lembrar sempre que pensar em “A
Boss and a Babe”. Primeiro, todos se abraçando enquanto Cher finge chorar,
e depois quando Cher chega para dormir e sua cama está ocupada por Zo, Three e
Jack, e ele se deita no meio de Zo e Three… são tantas pequenas nuances
absolutamente fofas naquela cena: a maneira como Three se abraça em Jack, como
Zo acolhe Cher em um abraço, mostrando que ele está ali pelo amigo, como Cher
diz que ama todos eles, ou como Three se volta, meio sonâmbulo, dizendo que o
Zo é dele e então começa a abraçar e a beijar o Cher… são tantos pequenos
detalhes que tornam a cena tão rica, tão bonita, tão representativa de amizade.
Eu amei do fundo do meu coração.
Eventualmente,
Cher e Gun precisam se encontrar de novo quando Gun está extremamente bêbado em
um bar e caçando confusão (!), e ligam para Cher porque era o contato que
estava na tela quando pegaram o seu celular e, sem saber muito bem o que fazer,
Cher acaba levando Gun para a própria casa. Aqui, mesmo que Gun esteja bêbado,
ele está aos poucos voltando a si, e vamos acompanhando um pouco da discussão
deles conforme as coisas são colocadas para fora. A intensidade entre eles
torna a cena forte e angustiante, com o Gun querendo explicações de “por que
Cher fez o que fez”, e um desabafo doloroso de Cher dizendo que sua vida virou
uma bagunça depois de conhecê-lo, motivado por um gameboy que significava muito
pra ele e que Gun quebra sem querer.
Cher não
quer dizer tudo o que ele diz… mas o fato de as dizer traz Gun de volta para a
realidade de alguma maneira, e para como ele ama Cher e como ele não pode
perdê-lo. O choro cheio de dor e angústia de Cher dizendo que “está exausto” não
pode nem ser inteiramente processado por Gun, essa é a verdade, então o que ele
faz é abraçá-lo e pedir que ele “não diga isso” quando Cher tenta dizer que o
quer fora de sua vida. E, em algum momento, Cher cede no meio das lágrimas e o
abraça de volta. Naquela noite, enquanto Cher dorme, Gun fica acordado para
consertar o gameboy, e quando Cher acorda, Gun está dormindo sobre a mesinha ao
lado da cama… sabemos, nas pequenas ações e no olhar de Cher que, mais cedo ou
mais tarde, as coisas vão ficar bem.
E fico feliz por isso.
Por mais que meu coração tenha doído, eu
estou feliz porque caminhamos para um bom lugar.
Na manhã
seguinte, Cher está desesperado para sair porque Thoop foi preso, e Gun pede
que Cher o deixe levar até a delegacia, e já fala com o seu advogado, se
informando sobre o caso e descobrindo que eles podem pagar a fiança de Thoop
para soltá-lo assim que chegarem lá… é quase estranho ver o salto que parece ter acontecido da noite para o dia,
porque o clima está muito mais leve no
carro no dia seguinte, mas Cher ainda está oficialmente chateado e “fazendo
birra”, embora ele esteja perto de Gun e querendo deitar no seu ombro enquanto
ele dirige. Não sei se a briga entre eles será trazida à tona de novo, talvez
não, ou talvez sim, porque eles precisam ter uma conversa franca e completa. De todo modo, o amor que eles têm um pelo
outro é evidente e forte.
Eles não
querem deixar que nada acabe com isso.
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