Power Rangers S.P.D. – Endings

“Somos o Esquadrão B. É o que somos e o que queremos ser”

Eu não acredito que estou vindo aqui escrever sobre o último episódio dessa temporada. “Power Rangers S.P.D.” é uma das minhas temporadas favoritas e vai deixar saudade… eu não lembrava muita coisa dela. Vi alguns episódios na TV quando eu era mais novo e só. Assisti agora na íntegra, e gente: QUE TEMPORADA. E, no início, eu não tinha certeza do que viria à frente… gostava (muito) dos uniformes e do tema abordado, bem como essa pegada de “o planeta no futuro, onde humanos e alienígenas convivem em harmonia”, mas achei que os Rangers seriam forçados – foi a minha primeira impressão deles. As histórias que a temporada contou, no entanto, foram excelentes, em arcos incríveis, e não demorou muito para que eu me afeiçoasse aos Rangers – especialmente ao Bridge. TEM COMO NÃO AMAR O BRIDGE? E, agora, ganhamos um final épico bem como “S.P.D.” merecia.

Que jornada!

“Endings” é o Season Finale em 2 partes de “Power Rangers S.P.D.”, exibido nos dias 7 e 14 de novembro de 2005, e é impressionante o quanto eles conseguiram encaixar em 45 minutos de episódio. Tivemos a destruição de cada um dos maiores vilões da temporada, sem pressa, além da aparição de um novo ser poderoso disposto a destruir a Terra, a redenção de um personagem que oscilou entre lados ao longo da temporada inteira, e uma conclusão bonitinha que coloca dois dos meus personagens favoritos em novas posições, e eu não poderia estar mais orgulhoso deles! Além de encerrar arcos como do Omega Ranger (e vemos a forma humana do Sam adulto, mesmo que brevemente), ou de Aisynia, a esposa “desaparecida” de Cruger, e uma série de cenas de ação excelentes que fazem desse um dos melhores Season Finales da franquia.

A PARTE 1 está dedicada principalmente à destruição do Esquadrão A e de Broodwing. O episódio começa quando o Esquadrão A leva Cruger até Gruumm, e então descobrimos, oficialmente, que o Esquadrão A escolheu o lado errado da batalha – não são monstros se passando por Rangers, tampouco estão enfeitiçados… são eles mesmos, tomando essa decisão porque “todo mundo quer estar no time vencedor”. Charlie, a Ranger Vermelha do Esquadrão A, é extremamente condescendente com o pessoal do Esquadrão B, e diz que eles mesmos vão lidar com eles agora… e eles só deram esse trabalho todo para os troobianos porque não tiveram que enfrentar os melhores… o que, se você me perguntar, é bastante convencido, não? Mas eu gostei muito de como isso nos proporcionou uma daquelas lutas no melhor estilo “Rangers do Mal”.

AMO ESSE TIPO DE LUTA. Assim, vemos o Esquadrão A lutar contra o Esquadrão B (Jack vai para a batalha, mas Ally reclama que “é a terceira vez que ele a deixa na mão e ela estava contando com ele”, e diz que “um dia ele vai ter que escolher o que realmente quer”, o que eu achei manipulador e irresponsável, e tenho zilhões de críticas a essa atitude de ambos, mas não vou entrar nisso), e eu sempre AMO ver os Rangers lutarem com suas respectivas cores na outra equipe… fica visualmente incrível, e o Esquadrão A realmente proporciona uma boa batalha – tanto que é a primeira vez que vemos o Esquadrão B sem seus capacetes (e eu sempre amo ver isso!), antes de eles assumirem seus uniformes S.W.A.T. e, assim, vencer a batalha contra o Esquadrão A que se sente tão melhor do que eles… então, eles partem para a luta de zords contra o Esquadrão B.

Com o Cruger capturado por Gruumm e os Rangers ocupados, Broodwing resolve aproveitar a oportunidade para invadir a base S.P.D., e, então, enquanto o Esquadrão A e o B se enfrentam em uma batalha de Megazords, eles são atacados pela base e pelo Megazord do Shadow Ranger – agora comandado por Broodwing. A batalha começa, então, a ganhar novos participantes e tons interessantes. O Esquadrão B perde o primeiro round, mas Bridge (SEMPRE O BRIDGE, ESSE MENINO TEM QUE SER MAIS VALORIZADO!) descobre onde Kat pode ter “escondido” os outros zords para que eles não precisassem deixar de lutar, então eles chegam a uma base subterrânea secreta, onde encontram zords que permitem que eles voltem para a luta e, finalmente, vença o Esquadrão A de uma vez por todas – assim como os monstros, eles são presos.

Kat consegue retomar o controle da base com a ajuda de Boom e de R.I.C., e Jack vai pessoalmente enfrentar Broodwing, uma batalha que começa dentro da base, mas termina do lado de fora, com os 6 Rangers (os cinco originais e o Omega) enfrentando Broodwing e seus generais… assim, temos aquele gostinho de finalização e ainda estamos na primeira parte do episódio! Assim, os generais de Broodwing e, eventualmente, o próprio Broodwing, são vencidos e capturados pelos Power Rangers S.P.D. E se esse poderia ser um motivo para comemoração, os Rangers acabam sendo atraídos por Piggy para uma armadilha que os entrega diretamente nas mãos de Gruumm: assim, eles são presos com Cruger na nave de Gruumm, sem os morfadores e com os poderes neutralizados. A PARTE 2, então, começa com os Rangers presos por Gruumm.

E, naquela situação inusitada, Jack e Cruger falam sobre Jack deixar a S.P.D. para que “possa seguir o seu caminho”, mas é algo que não precisa ser discutido naquele momento… agora, eles precisam pensar em como escapar, e a ajuda inesperada vem de Piggy, que invade a nave fantasiado de Krybot e os solta: ELES TÊM UM PLANETA PARA SALVAR. Os Rangers recuperam seus morfadores e Kat envia naves para buscá-los e levá-los de volta à Terra, onde precisam da sua ajuda, enquanto Cruger fica para trás… no último episódio, Cruger o desafiara por ter cortado parte do seu chifre, há tanto tempo, e disse que “se ele tirou algo dele há muitos anos, agora era sua vez de fazer o mesmo”: Aisynia. Sabendo que sua esposa está VIVA, é claro que Cruger precisa ficar para trás e encontrá-la, e, na verdade, será importante que ele esteja lá.

Cruger, então, precisa passar por uma série de monstros que Mora desenha e joga contra ele (é uma sequência e tanto, mas o Shadow Ranger acaba com todos os monstros com um único golpe de espada – todos eram monstros de “Dekaranger” que acabaram não sendo utilizados em “S.P.D.” por um motivo ou outro), antes de prendê-la em uma carta (!), e então ele enfrenta Gruumm propriamente… É HORA DA GRANDE BATALHA FINAL DE CRUGER E GRUUMM, e ela tem tudo a ver com salvar a vida de Aisynia. Cruger consegue salvá-la, e Gruumm fica pendurado rumo à morte certa no seu lugar, e então ele se solta da mão de Cruger, dizendo que prefere morrer do que ser aprisionado, e acreditamos que aquele é o fim de Gruumm… até porque os Rangers ainda precisam enfrentar uma outra ameaça gigantesca que vem contra a Terra:

Omni.

A Terra é cenário DE UMA GRANDE E ELETRIZANTE BATALHA, em frente à base da S.P.D. A invasão troobiana começou. Eu gosto de como Season Finales de “Power Rangers” se tornam épicas, e reúnem um grande número de pessoas para batalhas bem coreografadas, repletas de explosões, destruição… e essa batalha ainda traz umas divertidas surpresas. Antes dos Rangers chegarem, por exemplo, vemos mais uma “Força do Futuro” aparecer: a Ranger Nova, companheira de Sam, que está procurando por ele por toda a linha temporal desde que ele desapareceu, e que está ali para ajudar nessa batalha importante e, eventualmente, levá-lo de volta para casa. Foi legal ver o Omega Ranger e a Ranger Nova lutando lado a lado, com os uniformes combinando e tudo o mais… também ganhamos outros alienígenas da S.P.D. se juntando à batalha.

É um momento incrível.

A sensação de algo grandioso é inevitável, e eu amei cada segundo dessa conclusão. Omni é um monstro gigantesco, muito maior do que qualquer Megazord que eles tenham para enfrentá-lo, mas o plano é implodi-lo, com a ajuda de Cruger – com direito àquele drama de que, se ele o fizer, ele terá que se sacrificar. Mas ele faz, sem hesitar, e então os Rangers conseguem destruir Omni, e enquanto alguns celebram a vitória da Terra sobre os troobianos, os Rangers lamentam a morte de Doggie Cruger, mas o drama não dura muito porque eventualmente ele sai, com Aisynia, do meio dos destroços… mas não é o único que sai com vida do meio dos destroços: TAMBÉM SAI GRUUMM. Antes do fim da temporada, precisamos acabar com ele de uma vez por todas, e Cruger não deixa que Jack e os demais o ajudem: ele diz que precisa terminar isso sozinho.

Uma nova luta, uma nova batalha… e uma vitória épica. O Shadow Ranger vence Gruumm, enquanto ele clama por misericórdia, mas Gruumm não vai cair nesse jogo – então, ele corta o outro chifre de Gruumm (debochado dizendo que “agora eles combinam”), e o prende em uma carta como qualquer outro criminoso… assim, a S.P.D. e o planeta podem celebrar com razão! Assim, as coisas começam a mudar… para começar, Nova e Omega vão embora por um portal, rumo ao futuro, e eu achei legal a Z o abraçando para se despedir dele, dizendo que “o verá em 20 anos”, e é uma pena que tenhamos a chance de ver a versão humana do Sam adulto apenas por uma fração de segundo… acho que teríamos construído um laço melhor com o personagem se tivéssemos um rosto ao qual nos apegar, mas ainda assim ele foi um grande personagem.

Também há mudanças na equipe. Jack realmente deixa a S.P.D. para se dedicar a ajudar os outros com Ally, e Cruger é quem dá a notícia ao Esquadrão B, dizendo que também planeja promovê-los a Esquadrão A – o que eles recusam. É Bridge quem diz que eles conversaram sobre isso e são o Esquadrão B: é o que eles são e o que eles querem ser. Sky, então, é rapidamente testado mais uma vez por Cruger e, tendo melhorado muito desde a estreia, ele se torna O NOVO RANGER VERMELHO. A última cena nos mostra o “novo” Esquadrão B indo visitar Jack, e eu AMEI ver o Sky no uniforme vermelho e, atenção, O BRIDGE NO UNIFORME AZUL. Só queria muito ter visto o Bridge morfar em azul… a última cena é emotiva e bacana, com os amigos dizendo a Jack que “ele pode ter saído da S.P.D., mas não da vida deles”, Piggy tendo realmente se regenerado, e então um alarme… aquele que ouvimos durante toda a temporada, e o Esquadrão B se prepara para a batalha.

“S.P.D., emergency!”

Que final MARAVILHOSO. Essa temporada vai deixar saudades.

Certamente, uma das minhas favoritas!

 

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