Todas as Flores – A hipocrisia de Rafael

É sério isso?

Seria tão bom se o João Emanuel Carneiro não deixasse que a Maíra terminasse a novela com o Rafael… definitivamente, ele não a merece. Rafael fez tudo absolutamente errado quando teve a chance de confiar em Maíra: antes mesmo de qualquer evidência contra Maíra ser apresentada, ele duvidou de seu caráter, colocou pessoas para segui-la e vigiá-la e a acusou de ter roubado a Rhodes. Não é possível que as pessoas torçam por esse “romance” depois de tudo. Apesar de eu gostar muito de “Todas as Flores” (e eu gosto!), alguns personagens me irritam, e o Rafael está no Top 3 de personagens de quem menos gosto em “Todas as Flores”. Sempre arrogante, com um tom de superioridade e mala, ele não consegue fazer com que o público torça por ele.

Assim, quando Rafael vai atrás de Maíra na Gamboa, eu só passo raiva mesmo. Depois de tudo o que ele fez a Maíra sofrer, ele aparece o mais dissimulado possível, dizendo que “não para de pensar nela e no bebê que viu ali no outro dia”. Eu geralmente não tenho tanto problema com protagonistas que cometem erros de modo geral: Maíra, por exemplo, é uma personagem que já fez muita burrice em “Todas as Flores”, mas ela é uma personagem de quem eu gosto bastante; o que me irrita de verdade é a HIPOCRISIA, e o Rafael é extremamente hipócrita. É preciso muita cara-de-pau para tentar virar o jogo a seu favor e perguntar para a Maíra “por que ela o está tratando daquela maneira”, como se ele não tivesse feito nada para motivar esse tipo de tratamento.

Sério.

Ele chega a dizer que “sabe que ela não roubou a fórmula” e que “não devia ter desconfiado”.

Tarde demais, né, querido?!

E ainda temos que aturar a chata da Judite enchendo o saco, incomodando e dando sermão na Maíra, porque ela acha que ela tem que perdoar o Rafael ou qualquer coisa assim. Mas Maíra não tem tempo de perder com isso, até porque ela precisa recuperar o filho, e ela sabe que, para isso, ela vai precisar de aliados… mas não alguém como o Rafael: precisa ser alguém que “seja tão podre quanto Zoé e os outros”, alguém como o Galo. Ir atrás do Galo é extremamente arriscado, mas o roteiro lhe dá motivos para se voltar contra Zoé quando Zoé tenta enganar Débora e a organização pedindo 20 mil dólares a mais do último casal que comprou um bebê e, quando é quase descoberta, ela tenta escapar acusando o Galo e colocando o dinheiro no meio das coisas dele.

Galo acaba sendo espancado e, enquanto Zoé tenta contornar a situação com ele, ele a manda embora, a chamando de “desgraçada” e de “traíra”, dizendo que não quer mais ouvir nada do que ela está falando porque cansou de ser enrolado por ela e “sempre pagar o pato”. Assim, Maíra dá a sorte de encontrar um Galo que já não é mais tão fiel assim a Zoé, mas ela toma o cuidado de não ir como ela mesma. Maíra se fantasia de “Branca”, e se apresenta a Galo como alguém que “trabalha no mesmo ramo que ele”, e embora ele tente negar que sabe do que ela está falando, Maíra é firme e convincente o suficiente – a atuação de Sophie Charlotte sempre dando um show, ela é um espetáculo! Então, ela vai embora e deixa com ele um celular, para ele ligar quando quiser.

E, eventualmente, ele liga mesmo.

Em paralelo, Jéssica merece comentários e elogios, porque ELA É MUITO PROTAGONISTA DO SEU NÚCLEO. Prefiro mil vezes acompanhar a Jéssica do que o Diego, por exemplo, embora os caminhos deles tenham se separado há muito tempo… quando Jéssica entra em trabalho de parto, Rominho corre para estar presente e para segurar a sua mão, mas é desesperador o fato de que eles nem deixam Jéssica ver o seu filho e o levam embora. A atuação de Duda Batsow é de tirar o fôlego, expressando com maestria toda a dor, desespero e sofrimento de Jéssica enquanto seu filho é tirado dela, e eu senti toda a sua angústia enquanto ela acusa Rominho de ter deixado que levassem seu filho… é cruel de se assistir, e tememos por qual é o futuro que Jéssica vai ter.

 

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