Absolute Zero – Episode 1: If math doesn’t define zero, then I’ll be the answer

“Losing is always painful”

Romântico, emocionante, com um tom de melancolia e muito potencial, finalmente chegou a estreia de “Absolute Zero”. Lembro-me de quando a adaptação foi anunciada, há muito tempo, e de como eu fiquei empolgado e deixei “Absolute Zero” na lista porque era uma época em que ainda não tínhamos tantos BLs com viagem no tempo – um tema de que, como eu já comentei algumas vezes aqui no Parada Temporal, eu gosto demais. “If math doesn’t define zero, then I’ll be the answer” é uma estreia lindíssima que deixa bem claro o tom de drama que deve marcar a série, e nos permite conhecer Suansoon e Ongsa em duas fases de suas vidas: primeiro em 2008, quando os dois se conheceram e se apaixonaram; depois em 2018, com dez anos de relacionamento.

Ainda existe TANTO a se explorar em “Absolute Zero”, mas eu fiquei muito contente com os passos rápidos, mas não corridos, que foram dados durante essa estreia. Antes mesmo de os caminhos de Soon e Ongsa se cruzarem, por exemplo, temos um momento incrível no qual o Soon de 2008 conversa com alguém que parece ter se mudado para o apartamento ao lado, que estava vazio há muito tempo: alguém que conversa com ele, que sabe a data do seu aniversário, que tem conselhos bastante gentis para lhe dar, mas cujo rosto ele não vê, porque eles estão separados por uma parede entre as sacadas dos dois apartamentos, e o homem desaparece antes de dizer o seu nome… mal posso esperar para rever essa cena do outro ponto de vista, e que camadas o diálogo ganhará então!

Também preciso comentar brevemente a paixão que Soon tem por cinema e por filmes em geral… a maneira como ele visita continuamente uma locadora e passa longos minutos olhando para os DVDs nas prateleiras, escolhendo um filme, é algo que me desperta uma sensação muito nostálgica, e eu amei aquela fala dele sobre ir ao cinema e sobre como aquele é um lugar onde “os pensamentos de todas as pessoas estão alinhados” ou qualquer coisa assim. Pensei muito a respeito disso, depois. E destaco alguns filmes que eu amo e que eu reconheci nas prateleiras da locadora, como “Harry Potter e a Câmara Secreta”, “O Senhor dos Anéis: As Duas Torres”, “O Diário da Princesa”, “Mamma Mia!”, “ABC do Amor”, “As Crônicas de Nárnia: O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa” e “Cidade de Deus”.

No quarto de Soon, um pôster de “Titanic”

Acho que eu e o Soon nos daríamos bem.

Curiosamente (ou não), é essa paixão de Soon pelo cinema que o leva até Ongsa, quando ele se senta ao seu lado em uma exibição e puxa conversa com ele ao fim do filme, e eles parecem compartilhar alguma coisa naquele momento especial enquanto Ongsa entrega para ele o seu próprio ingresso, que ele estava deixando para trás… o mais fofo, no entanto, é o segundo encontro no cinema, quando Soon está comprando um ingresso para a poltrona G9 e Ongsa aparece atrás dele, pedindo, então, um ingresso para a G8 – a não ser que Soon queira assistir ao filme sozinho, então ele pode trocar o seu ingresso… mas Soon diz que não é necessário. Naquele dia, Ongsa está muito mais interessado em estar ao lado de Soon do que em assistir ao filme de verdade.

Tanto que ele retorna continuamente ao cinema, sentando-se na poltrona G8, esperando que o Soon apareça um dia novamente para se sentar na G9 – e o Soon não aparece. Afinal de contas, ele está no último ano da escola, está cheio de trabalhos e provas, e “não tem muito tempo para ver filmes agora”. Quando ele retorna à locadora depois de alguns dias sem visitá-la, também, Soon se surpreende com a aparição de Ongsa, em um momento adorável no qual ele lhe entrega os ingressos de todos os dias em que foi ao cinema sem ele… todos os dias em que o esperou e sentiu sua falta. E, então, ele lhe faz um convite para o próximo dia 14 de março, o aniversário de Suansoon: vai acontecer a exibição de um filme a céu aberto, e eles poderiam ir assistir ao filme juntos.

Esse é um dos momentos mais importantes na vida de Soon e Ongsa – um momento sobre o qual Soon se lembra 10 anos depois, ainda com um sorriso no rosto: a noite em que o romance deles começou oficialmente. Com alguns momentos-chave, o romance de Soon e Ongsa foi brilhantemente construído em 2008, culminando naquela cena linda em que, depois do fim do filme ao ar livre, eles continuam sentados, conversando e esperando por uma chuva de meteoros que deve acontecer naquela noite… e aquela é a primeira vez que Ongsa vai fazer um pedido a uma estrela cadente, um pedido que é atendido naquela mesma noite: ele pede que Soon seja seu namorado. E, também já completamente apaixonado por Ongsa, Suansoon diz que sim.

A transição de 2008 a 2018 é perfeita, e acompanhar Ongsa e Soon tão felizes, tão apaixonados e tão unidos em uma vida de casados 10 anos depois do pedido de namoro é algo lindo que realmente aquece o meu coração. Eles são absurdamente fofos na versão adulta deles, vivendo um romance que parece sincero e tão forte quanto fora na adolescência… apenas mais maduro. Adoro a intimidade, a confiança aparente, a conexão constante. E eles enfrentam, juntos, a dor da morte do dono da locadora, alguém que Soon conheceu por metade de sua vida e que sempre esteve presente em momentos importas, mas que não estará mais com ele de agora em diante – e, então, ele diz uma frase que deve marcar “Absolute Zero”: ele diz que perder alguém é sempre doloroso.

Os últimos minutos do episódio, então, servem para nos guiar brevemente pela motivação do que virá a seguir. Na manhã do dia 14 de março de 2018, o dia em que Ongsa e Soon celebrariam 10 anos de relacionamento, Soon resolve comprar um bolo em comemoração e preparar um jantar especial para o namorado/marido, mas Ongsa não volta para casa naquela noite… e enquanto espera por ele, preocupado, Soon recebe uma ligação que o faz derrubar o celular. Ainda não ouvimos o que a pessoa do outro lado da linha disse, mas já podemos imaginar. Agora, a trama de viagem no tempo vai começar, mas se Soon vai voltar para 2008, o que ele pode fazer para salvar a vida de Ongsa 10 anos antes de ela realmente correr risco? Vamos ver que rumos “Absolute Zero” tomará.

Estou muito confiante! Amei essa estreia!

 

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