Doctor Who (1ª Temporada, 1964) – Arco 008: The Reign of Terror, Parte 2
“Our
destiny is in the stars, so let’s go and search for it”
QUE GRANDE
MOMENTO! Chegamos não apenas ao final de “The
Reign of Terror”, mas, também, ao fim da primeira temporada de “Doctor Who” – e é uma temporada excelente!
Alternando entre arcos históricos e arcos com uma pegada de ficção científica,
temos uma primeira temporada consistente e envolvente, que anuncia o futuro
sucesso duradouro de “Doctor Who”.
Gosto muito de como algumas coisas ainda estavam sendo decididas, e de como
tanta coisa que, atualmente, nos parece ser básico
para “Doctor Who” ainda não estava
presente, mas como o espírito da série estava lá, e isso não se perdeu até
hoje. Gostei MUITO do Primeiro Doctor em ação, seus planos, seu jeitinho meio
rabugento às vezes, e como os seus companions
vão, aos poucos, o “transformando”.
O que tem
tudo a ver com o que é “Doctor Who”
até hoje, vide o 12º Doctor!
Nesse último
arco da temporada, o Doctor, Susan, Barbara e Ian estão no meio da Revolução Francesa, o que os faz correr perigo
constantemente, com os dois lados brigando entre si – o que não é lá uma grande
novidade para os viajantes da TARDIS, que correram perigo em todos os arcos,
lugares e tempos possíveis. Na quarta parte da história, “The Tyrant of France”, o Doctor segue interpretando o personagem
de um oficial, mas tem seu disfarce comprometido pelo mesmo homem de quem
comprou as roupas quando chegou a Paris; enquanto isso, Barbara e Ian se
reencontram depois de Ian também ser resgatado por Jules, e eles se perguntam
se devem ou não chamar um médico para ver Susan, que está ardendo em febre há
algum tempo…
Afinal de
contas, chamar alguém é sempre um risco, e eles podem ser delatados. É
justamente isso o que acontece, eventualmente. Barbara e Susan acabam sendo
capturadas novamente e levadas para interrogatório (o que permite um reencontro
emocionante da Barbara e do Doctor, mas o Doctor se descuida e se mostra amigo
dela, o que quer dizer que rapidamente ele poderá ser desmascarado como um
“traidor”), e Ian cai em uma armadilha… o fim desse episódio e o
desenvolvimento de “A Bargain of
Necessity” traz o Ian conhecendo o tal traidor de quem Jules falara e que,
como já tínhamos imaginado, é mesmo Leon. Assim, a situação está complicada
para todos: Ian, Barbara e Susan foram capturados novamente, e o Doctor está
quase sendo desmascarado.
Enquanto o
Doctor pensa em como salvar Barbara e Susan (e consegue ajudar Barbara a fugir,
com um plano que até que funciona muito bem!), Ian é salvo por Jules e, no meio
do confronto, Leon acaba sendo morto. É interessante como isso gera uma
eventual “discussão” entre Barbara e Ian: mesmo com Jules dizendo que “Leon
mereceu morrer” e Ian o apoiando, porque Jules é seu amigo e a morte estava
entre Leon e ele mesmo, Barbara levanta alguns questionamentos pertinentes,
dizendo que Leon era um traidor para eles, mas, para o seu lado, “ele era um
patriota”, e nem um lado nem o outro é inteiramente bom ou ruim… certo ou
errado. De qualquer maneira, apenas de estarem ali e serem protegidos por
Jules, eles já escolheram um lado.
E, assim… o outro lado queria mandá-los para a
guilhotina, né?
Depois de
ter sido bem-sucedido em ajudar Barbara a escapar da prisão, o Doctor precisa
fazer algo por Susan, e inicialmente o seu plano funciona bem, simulando uma
fuga da neta e prendendo o carcereiro na cela em seu lugar, mas rapidamente
eles acabam sendo cercados e, então, o Doctor precisa fazer uma barganha par
salvar a vida de Susan… e isso quer dizer levar
os soldados até o esconderijo de Jules, onde Ian e Barbara conseguiram proteção.
O último episódio do arco, “Prisoners of
Conciergerie”, começa com a chegada do Doctor acompanhado de soldados no
esconderijo dos revolucionários, e o episódio traz algumas reviravoltas
bacanas, como o James Stirling, procurado por Ian para dar um recado de
Webster, ser um infiltrado no exército.
James
Stirling pode ajudar o Doctor e seus companions
a irem embora em segurança, mas, antes disso, ele precisa da ajuda deles para
algo – e Barbara e Ian se convertem em espiões em uma missão perigosa que,
felizmente, acaba bem… até porque estamos
perto demais da conclusão do arco para termos grandes problemas. Toda a
conclusão do arco é bastante interessante – confesso que “The Reign of Terror” não é o meu arco histórico favorito da
temporada (fico muito dividido entre “Marco
Polo” e “The Aztecs”,
que são duas histórias das quais gostei muito nessa primeira temporada de “Doctor Who”), mas ele tem bons momentos
e uma conclusão que levanta alguns questionamentos sobre os quais pensamos pela
primeira vez dois arcos atrás…
Eles podem mudar a história?
E, se eles
quiserem… eles conseguiriam?
Existe muita
coisa que Barbara, Ian e os demais sabem sobre a Revolução Francesa e sobre o
que está para acontecer… eles sabem, de acordo com a história, que Robespierre vai morrer na guilhotina, por exemplo, e
talvez não há nada que eles devam ou possam fazer, Barbara já aprendeu isso com
os Astecas. Mas e se eles quisessem, eles teriam podido? A partida do grupo
traz uma cena maravilhosa na TARDIS
na qual eles falam sobre tudo o que eles poderiam
ter feito para alertar Napoleão Bonaparte sobre o que está por vir, por
exemplo, e sobre como tudo teria sido em vão e não adiantaria em nada, por
diferentes razões… se tivessem escrito uma carta, por exemplo, ele a teria lido
ou a teria perdido ou se esquecido dela? E, se a lesse, ele a levaria a sério
ou imaginaria que foi escrita por “loucos”?
Talvez a história não esteja mesmo para ser
mudada.
Ainda assim,
vale a pena viajar e ver algumas coisas de perto, huh?
Partimos,
agora, para a segunda temporada de “Doctor
Who”!
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