Good Omens 2x05 – Chapter 5: The Ball
Um baile de Jane Austen.
Eu AMO a
maneira como “Good Omens” adora
brincar com referências – e é algo que Neil Gaiman sabe fazer muito bem. Em
outros episódios, tivemos o “Jim” organizando os livros da livraria de
Aziraphale por ondem alfabética da primeira letra da primeira frase de cada
livro, o que nos deu um vislumbre rápido de “Belas
Maldições”, o livro que originou a série, e tivemos o Crowley surpreso ao
descobrir que Jane Austen foi uma romancista, por exemplo… nesse episódio,
Aziraphale leva adiante a ideia que gerou a primeira menção a Jane Austen na
temporada, e o roteiro ainda brinca com mais referências a “Doctor Who”, o que é sempre muito legal de se fazer na presença do
David Tennant… tem até o Crowley usando
uma fez como o 11º Doctor.
Muito bom!
Se o
episódio anterior foi praticamente inteiro centrado em um flashback (Londres, 1941), “The
Ball” foi um episódio inteiramente centrado no presente, conforme nos
aproximamos da conclusão da temporada e temos que entender um pouco mais do que
Gabriel está fazendo ali… por que ele
apareceu desmemoriado na livraria de Aziraphale, carregando uma caixa
aparentemente vazia? Gosto muito do tom de mistério que isso trouxe à
temporada, e eu adorei ver o Crowley conversando com Gabriel para tentar
confrontá-lo e descobrir se, quem sabe, ele está fingindo ser “Jim”, mas a
verdade é que não parece que o Arcanjo
está mentindo… e suas memórias estão a) na caixa de fósforo que ficou no
Céu; b) na caixa que ele trouxe para a Terra; ou c) espalhadas por toda a
livraria.
Acredito mais na última alternativa.
Enquanto
isso, no Inferno, Shax decide atacar a
livraria com uma legião de demônios – embora ela tenha pensado em um número
inicial de 10.000 demônios, ela conseguiu algo mais próximo a 1/75 de uma
legião, mas ainda assim… eles estão
prontos para subir à Terra e atacar a livraria de Aziraphale. E o ataque
coincide com a importante reunião dos comerciantes da rua que acontecerá na
livraria, e faz parte de um plano elaborado de Aziraphale para juntar Nina e
Maggie… afinal de contas, eles ainda precisam fazer com que elas se apaixonem,
se quiserem manter a mentira de que foi esse o milagre que ele fez no Céu. E
como esperar que isso aconteça naturalmente não está dando certo, tampouco o plano
da chuva repentina de Crowley, é hora do
baile a la Jane Austen.
O que eu
amei! Com uma vibe bem “Orgulho & Preconceito” e com
direito à dança do filme (!), toda a sequência do baile é bizarra, divertida e
propícia para que Maggie e Nina se apaixonem, talvez… especialmente porque Nina
acabou de ser dispensada pela sua namorada extremamente tóxica, e nem ela nem
Maggie parecem ter caído tanto assim no feitiço que estava deixando todo mundo
meio “diferente” no baile do Aziraphale – embora elas subitamente saibam a
coreografia cujos passos nunca aprenderam, o que quer dizer que ele tem algum controle sobre elas, sim. Enquanto
isso, demônios se juntam do lado de fora prontos para atacar, e Crowley entra
na livraria no meio do baile para tentar alertar Aziraphale de que eles
precisam fazer algo…
Destaque
para Crowley e Aziraphale DANÇANDO. Devo dizer que eu AMO os dois, e que sempre
ficou muito aparente que eles funcionam
como um casal – mas talvez nunca tão claramente quanto nesse episódio, e eu
estou MUITO FELIZ porque o roteiro está deixando isso cada vez mais evidente.
Amo a Nina conversando com Crowley sobre o relacionamento dele com Aziraphale,
o que o deixa bastante pensativo, e
eu amo detalhes das cenas na reta final do episódio, quando Aziraphale o convida
para dançar, visivelmente animado (os dois dançando é a coisinha mais fofa do
mundo, sério), ou quando as coisas dão errado e Nina pergunta porque Aziraphale
não faz seus próprios planos para se salvar ou algo assim e ele diz que faz,
“mas salvá-lo deixa o Crowley feliz”, por isso ele deixa que ele o salve.
PODE SER
MAIS CLARO QUE ISSO?!
Eventualmente,
o evento na livraria, é claro, se transforma em um caos… com 1/75 de uma legião
de demônios péssimos em soletração do lado de fora, querendo o Arcanjo Gabriel,
Crowley, Aziraphale e os humanos lá dentro estão
correndo perigo – e mesmo quando “Jim” resolve se entregar, o milagre que
Crowley e Aziraphale fizeram para escondê-lo lá no primeiro episódio continua
funcionando e, portanto, Shax não vê que “Jim” é exatamente quem ela está
procurando… então, a batalha é eminente.
Felizmente, Crowley tem algumas ideias.
Ele engana tanto o Inferno quanto o Céu, primeiro conseguindo enganar Shax para
que ela permita que ele tire os humanos da livraria em segurança (Maggie e Nina
ficam para trás), depois engana Muriel para que ela o leve ao Céu.
O que nos
aguarda no Finale?
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