I Feel You Linger in the Air – Episode 4
Desenhos.
Com um
visual sempre incrível, uma bela produção de época, e agora um pouco mais da
química do casal principal, Khun Yai e Jom, “I
Feel You Linger in the Air” continua sendo uma obra-prima de encher os
olhos e gerar curiosidade – ainda que eu ame a série, no entanto, eu acho que
os episódios podiam ter uns vinte minutos a menos… 1h12min é bastante coisa!
Depois de ter chegado ao passado (a natureza da “viagem no tempo” de Jom ainda
é incerta, e temos teorias que serão confirmadas ou desmentidas no decorrer da
série), Jom teve que se adaptar à sua nova “realidade”, enfrentar alguns
fantasmas do seu próprio passado, e ele parece pronto para seguir em frente agora, talvez permitindo-se abrir o coração para
um novo sentimento, agora que ele e Yai estão mais próximos.
No fim do
episódio anterior, Yai convidou Jom para se tornar seu “mordomo” – o que
significa que ele teria que viver na casa de Khun Yai e, basicamente, passar o
dia todo à sua disposição… o que é, claramente, apenas uma desculpa que o Yai
encontrou tanto para protegê-lo de quem quer que lhe queira fazer mal quanto
para tê-lo por perto mais tempo; e não há muito em que Jom precise pensar,
porque é uma oportunidade e tanto como o Ming diz… e eles continuarão sendo
amigos, de todo modo. Então, com a nova posição de Jom, somos presenteados com
cenas muito bonitas, como quando Yai
leva uma sobremesa para Jom e Jom pergunta se ele quer provar… na verdade, é
uma cena bastante simples, mas vai construindo uma intimidade entre eles.
Destaque
também para a leitura que Yai pede que Jom faça para ele!
EU RI TANTO
DA REAÇÃO DO JOM ALI!
Temos
algumas outras tramas que estão se desenvolvendo em paralelo, mas que eu confesso
que não são o motivo pelo qual eu estou
assistindo “I Feel You Linger in the Air”, e estou muito mais centrado na
relação de Yai e Jom, especialmente agora que eles compartilham mais cenas e a
dinâmica deles está uma delícia de se acompanhar! Vide a cena em que Jom está
datilografando, por exemplo, e a sua habilidade de digitação impressiona Yai –
ele tem que se habituar a algumas coisas que são diferentes em uma máquina de escrever do que em computador, mas
ainda assim é algo em que ele é muito bom… o que é ótimo, também, porque é uma
“desculpa” para que Khun Yai possa defender a sua decisão de ter escolhido Jom
como seu mordomo.
Afinal de contas, já tem gente questionando.
Khun Lek,
por sua vez, já gosta de Jom… afinal de contas, foi ele quem “resgatou” o seu
porquinho pouco depois de chegar ao passado! E agora, quando Lek quer um
desenho e Yai não parece ser a pessoa
mais indicada para desenhar o que ele quer, Jom se oferece e, com isso,
ganhamos uma das melhores e mais intrigantes cenas do episódio: em algum
momento enquanto desenha o porquinho de Lek, Hope, Jom entra em uma espécie de transe e tem uma experiência
extracorpórea na qual ele primeira está sozinho
naquele cenário e, depois, ele consegue ver outra versão de si mesma parado,
com o material de desenho nas mãos, e a sua versão “consciente” é apenas um
espectador de toda aquela cena até que ele consiga “voltar a si”.
Toda a cena
é profundamente intrigante – e levanta algumas questões a respeito de tudo o
que estamos assistindo em “I Feel You Linger
in the Air”. Já era de se esperar que os desenhos encontrados por Jom no
primeiro episódio tivessem sido feitos por ele mesmo enquanto no passado
(ansioso para vê-lo desenhar Khun Yai adormecido na cama!), mas será que é
apenas isso? Será que estamos mesmo lidando com uma história de viagem no tempo
“normal”? Ou será que há mais que ainda não sabemos?! Eu levantei algumas
teorias rasas em textos passados, e aquele momento misterioso do Jom alheio a toda a cena que acontece à sua frente
parece endossar a teoria de que talvez ele não tenha viajado no tempo… talvez ele esteja em coma depois de quase
morrer afogado.
Mas como
isso se desdobraria?!
De todo
modo, essa é apenas uma provocação do roteiro para o que quer que tenhamos à
frente… voltamos, depois, a explorar a relação cada vez mais próxima de Khun
Yai e Jom, quando Yai é questionado pelo pai, Khun Luang, a respeito de ter
escolhido Jom como seu mordomo: afinal de
contas, ele não confia em uma pessoa que eles mal conhecem e que supostamente
não pode se lembrar de seu próprio passado. A relação com o pai e a maneira
como Khun Yai defende a permanência de Jom no cargo que ele escolheu para ele
mostram duas coisas a respeito de Yai: 1) que ele nunca pôde fazer as suas
próprias escolhas e tomar suas próprias decisões, e ele quer poder fazer isso
pela primeira vez na vida; 2) que ele já está completamente apaixonado por Jom.
A cena final
do episódio é excepcional! Jom ajuda Yai a se preparar para um jantar com um
tio (a tensão presente na maneira como Jom fecha os botões do colete de Yai é
palpável!), e Yai diz que ele não precisa esperá-lo aquela noite, porque ele
pode voltar tarde… Jom, no entanto, ainda está acordado e do lado de fora
quando Yai aparece, realmente tarde da noite, e completamente bêbado. A força daquela cena está tanto na forma
como Jom cuida de Yai de maneira protetora que vai além, talvez, de sua
obrigação como “mordomo”, quanto na forma como o álcool derruba algumas
barreiras de Yai e ele não se importa se Jom perceber que ele está apaixonado… o diálogo dessa sequência final e a química
inegável dos protagonistas tornaram a cena marcante.
O futuro de “I Feel You Linger in the Air” é
promissor.
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