Only Friends – Episode 5: The Extra Hour

24 horas.

Antes de mais nada, eu preciso dizer que a minha vontade é de proteger o Sand de todo o mal. Em destaque em “The Extra Hour”, o quinto episódio de “Only Friends”, Sand fez com que nos apaixonássemos um pouco mais por ele, se é que isso é possível. Esse é o meu episódio favorito de “Only Friends” até o momento: eu não entendi as ações de Mew, é verdade, e eu continuo detestando o Boston com todas as minhas forças, mas a maior parte do episódio se concentrou em Sand e na sua relação com Ray, e os dois estavam excelentes o tempo todo… com uma química perfeita, eles souberam explorar um lado mais ousado e quente, em paralelo com uma intimidade impressionante que vai construindo o potencial de uma relação – até o Boston vir e estragar tudo.

É interessante, inclusive, como o roteiro brincou com o personagem do Boston, tentando nos convencer (sem sucesso) de que ele “não é tão ruim quanto se pensa”. A energia daquela cena de Boston com Nick na piscina, por exemplo, parece tentar nos impelir a acreditar que o que Boston sente pelo Nick pode, de alguma maneira, ser real… mas ele gosta da novidade, ele gosta da conquista, e ele gosta de saber que ele “tem o Nick aos seus pés”. É maldosa a maneira como, para Nick, Boston parece sincero ao dizer que “ele não quer mais transar com todo mundo”, que “quer transar com alguém com quem também possa conversar” e que “no momento só tem ele assim”, porque nós sabemos que Boston não vai cumprir as promessas que faz veladamente… mas ele está cavando sua própria cova.

Boston não para de dar munições a Nick de como “derrubá-lo”.

Top e Mew, por sua vez, continuam em seu teatrinho cada vez mais incompreensível. Eu confesso que parte de mim acreditou no encontro dos dois quando eles foram para o laser tag, lá no segundo episódio – mas as coisas mudaram desde então. Todo aquele jantar romântico no escuro completo me pareceu tão forçado como se nenhum dos dois estivesse sendo sincero naquele momento… e, de certa maneira, eu acredito que nenhum dos dois está mesmo. No fim da noite, no entanto, Mew resolve transar com Top, o que nos deixa confusos. Ele passou o dia todo percebendo as atitudes de Top, como quando ele flertou com o garçom, para terminar o dia dizendo que “se convenceu de que ele não tem olhos para mais ninguém”? E por que ele tinha que ligar para o Boston?

Quer dizer, tudo é muito estranho! Mew está mesmo jogando?

E, se está… qual é o seu jogo?!

Sand e Ray, por sua vez, ESTAVAM PEGANDO FOGO… de várias maneiras. Sand acaba “salvando” Ray de um ataque na boate e, depois disso, os dois passam a noite juntos mais uma vez – algo que Sand chama de “sua hora extra”: Ray é a diferença na sua rotina apertada na qual tudo é calculado porque, com a sua vida, precisa ser… a química safada que os dois compartilham foi maravilhosa de se acompanhar, com o Ray tendo uma ideia de como “curar a sua ressaca” (Funciona? Nunca tive uma ressaca para saber), o que rende duas cenas provocantes que, infelizmente, não são levadas a cabo: primeiro na cozinha de casa, onde eles são interrompidos por Nick (!), e depois no provador de uma loja, o que dá uma sensação extra e gostosa de aventura.

Ray decide passar o dia todo com Sand – e eles se concretizam como o melhor “casal” de “Only Friends”… e definitivamente o único em que de fato podemos ver futuro. Todas as cenas que eles compartilham são excelentes! Ray aceitando andar na garupa da moto de Sand; o Sand escolhendo uma roupa diferente para o Ray usar; os dois indo juntos a um show em um estacionamento. A conexão que eles compartilham já é evidente, e, como eu já comentei em outra ocasião, eu adoro ver o Sand sorrir… é algo que me faz feliz. Eles terminam a noite, antes de ir para casa, no clube que é comandado pela mãe de Sand, onde ela preparara uma surpresa de aniversário para ele e onde Sand confessa para a mãe que talvez o Ray não seja apenas um amigo

Eles parecem estar dando passos tão significativos rumo a uma relação bacana que é realmente muito triste que tudo tenha que chegar ao fim daquela maneira. Sand e Ray estão bebendo e usando drogas na varanda de casa, compartilhando algumas coisas muito íntimas que ajudam a fortalecer a conexão entre eles, quando Nick chega em casa com Boston, e Boston convida todos para “festejar” ou qualquer coisa assim. Ali, Boston prova, de uma vez por todas, O QUANTO ELE É UMA PESSOA DESPREZÍVEL. Ele já fez de tudo para ficar com Top e para machucar Mew, e agora ele não suporta a ideia de ver que Sand e Ray podem estar construindo algo bacana e sincero e faz o quê? Joga no ar a informação de que “Ray gosta de Mew”, que eles se beijaram e um monte de coisa…

Um monte de coisa desnecessária. Um monte de coisa que não significa nada.

Foi absurdamente triste de se assistir, de verdade! E eu fiquei com mais raiva do Boston aqui do que eu já fiquei em qualquer outro episódio de “Only Friends”. Ray não tem uma “história” de relacionamento com Mew nem nada, e se ele ainda gosta do Mew ou não, não é algo que cabe ao Boston trazer à tona naquele momento e daquela maneira… ele só quer sabotar o “amigo” mesmo. Isso não gera uma grande briga entre Sand e Ray, nem nenhuma cobrança, até porque eles não estão nessa posição, mas, de alguma maneira, isso é ainda mais doloroso: é triste ver como isso afeta o Sand, como o entristece. Ele virando para o lado oposto de Ray na cama, segurando o choro e falando sobre como percebeu que “ele não é tão especial assim”? Acabou comigo.

 

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