[Season Finale] Foundation 2x10 – Creation Myths
“In other
words, we played you”
UM SEASON
FINALE DE TIRAR O FÔLEGO. Eu sinto que “Foundation”
teve alguns altos e baixos durante sua segunda temporada, mas nada que de fato prejudicasse a grande produção que a
série é. Distanciando-se um pouco da maneira de contar história dos livros de
Isaac Asimov, a adaptação não foca apenas em eventos e crises previstos pela
psico-história e na Fundação e queda do Império, mas também em pessoas – o que eu entendo que é uma
escolha criativa que se julga essencial para a mídia audiovisual, que se
beneficia com rostos conhecidos
retornando de uma temporada a outra. Encontrando alternativas para manter
personagens de um era a outra, através de cápsulas criogênicas e o Cofre, por
exemplo, eu esperava que se pudesse salvar
Hober Mallow.
Não sinto
que eu já tenha visto o suficiente dele.
“Creation Myths”, o episódio final
dessa temporada de “Foundation”, é
intenso em todas as histórias que conta – uma qualidade bacana que não foi
notada em todos os episódios… aqui, sim, estávamos verdadeiramente envolvidos com todas as facetas da história. Vemos
Demerzel encontrar o Irmão Dusk e Rue presos em sua antiga cela, por exemplo, e
ganhamos ali uma das cenas mais complexas de “Foundation”: a maneira como Demerzel fala sobre sua programação,
sobre sua prisão e sobre como ama Cleon e sobre como também o detesta por tê-la
eternamente aprisionado daquela maneira… ela nunca saberá se seus sentimentos
são reais ou se eles são apenas fruto daquilo que ela foi programada para fazer
e sentir por Cleon I há tanto tempo.
A maneira
como Demerzel chora, obrigada a
perpetuar a Dinastia Genética que é a sua prisão, da qual ela gostaria de
escapar, é muito paradoxal! Inclusive, descobrimos que o ataque sofrido por Day
no início da temporada foi um plano da própria Demerzel, que sempre pretendeu
acusar a Rainha Sareth para impedir o casamento e o consequente fim da Dinastia
Genética, e agora ela coloca esse plano em andamento, sem esperar que Dawn, o
mais novo dos Cleons, tenha um plano à parte que consiste em fugir de Trantor
com Sareth para que eles possam viver o romance que começaram e criar e amar o
filho que Sareth está esperando… com a fuga de um Cleon e a morte dos outros
dois, a Dinastia Genética segue intacta
quando Demerzel acorda 3 novos Cleons simultaneamente.
Pela primeira vez na história.
Uma das
melhores sequências do episódio vem a bordo da nave de Bel Riose, depois da
destruição de Terminus, especialmente por descobrirmos que Day não é tão
vitorioso quanto ele acreditava… como o Hober Mallow diz: ele é tão previsível que ele caiu direitinho na armadilha deles.
Foi extremamente prazeroso acompanhar essas últimas falas perfeitamente
debochadas de Hober Mallow (!), e ver como Bel Riose se volta contra o Império
como Glawen sempre quis que ele fizesse, inclusive sendo o responsável pela
morte do Irmão Day, em um “golpe” que tem uma influência muito grande do
próprio Hober Mallow! Toda a frota do Império é destruída de uma só vez, o que
quer dizer que a guerra vai ser postergada… essa
crise foi controlada.
É uma pena
ver Hober Mallow e Bel Riose bebendo um vinho ruim esperando pela explosão da
nave – e eu gostaria de tê-los visto sobreviver. Quem sabe um dia não tenhamos
uma surpresa? Constant, por sua vez, é salva em um “bote salva-vidas”, e a
vemos chegar até o Cofre que, depois da destruição de Terminus, está vagando
pelo espaço, com uma surpresa muito grande: além
de Hari Seldon, o Irmão Poly também está lá, bem como todas as pessoas da
Primeira Fundação em Terminus… inclusive Glawen, e mais gente do que Constant é
capaz de contar. A Fundação segue viva, e pelo visto poderemos acompanhar
personagens como Constant, Poly e Glawen em uma terceira temporada de “Foundation”. Sério, custava ter salvado
o Bel Riose e o Hober Mallow?!
Mas
surpresas são parte de “Foundation”.
Depois de termos dado a morte de Hari Seldon como certa, o vimos aparecer de
surpresa e matar Tellem no fim do episódio passado, e o Season Finale nos conta
e nos mostra exatamente como Hari Seldon conseguiu sobreviver, com uma ajuda de
Gaal… e é uma sequência muito boa que preenche lacunas, inclusive, a respeito
da “estranheza” de Gaal em outros episódios, por exemplo, e o bloqueio nos
“poderes” de Salvor. Foi muito legal entender
toda essa trama, mas eles ainda precisam se livrar de Tellem que se escondeu na
mente de Josiah, um garotinho que tenta avisar Gaal, mas não tem tempo… então,
quando Tellem tenta matá-la através dele, Salvor protege a mãe e acaba morrendo
em seu lugar…
Apesar de
triste, a morte de Salvor é ironicamente uma ponta de esperança: o futuro não está definido, como eles
acreditavam, e pode ser mudado… a vitória do Mulo em 150 anos não é certa.
Em algum momento, Gaal terá que enfrentar a
crise mais difícil até o momento, e ela convence Hari Seldon a adequar os
seus planos de construir a Segunda Fundação e treinar os Mentálicos de maneira
que ele também possa entrar em criogenia com ela – ela não quer ter que se
despedir da única família que lhe resta. Nos despedimos dessa segunda temporada
de “Foundation”, então, vendo novos
rumos para a Fundação e um Império que está cada vez mais em crise, e eu mal
posso esperar para descobrir todas as diferenças
que nos serão apresentadas em 152 anos.
Que venha a
terceira temporada!
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