Until We Meet Again – Episode 4

Cicatrizes de outra vida.

A química de Pharm e Dean é inegável – e, dentre tantas outras qualidades, essa é uma das forças de “Until We Meet Again”. Nesse quarto episódio, retornamos brevemente à sequência final do episódio passado, que novamente me deixou sem fôlego no momento em que Dean se aproximou de Pharm para “ajudá-lo a arrumar a gravata” (a tensão era palpável naquele momento!), e novamente me deixou arrasado quando Pharm começou a chorar porque os dois buscando o omelete ao mesmo tempo o fez “lembrar” da vida passada… mais do que memórias dos eventos propriamente ditos, eu acredito que esses flashes são sentimentos e emoções que permanecem dentro de ambos e que vêm à tona, “escoando” sem querer para a nova vida dos personagens.

Depois de Dean acolher Pharm, entendendo ou não o que ele está passando, os dois compartilham um café-da-manhã bonito, e o ciclo se fecha mais tarde, quando Pharm está se preparando para ir para casa sozinho, tarde da noite, e Dean está esperando por ele do lado de fora da faculdade, para poder levá-lo já que o seu carro está no conserto… a verdade é que Pharm já está completamente apaixonado por Dean, mas esses pequenos detalhes fazem toda a diferença. A fofura da cena ainda é intensificada pelo fato de Pharm ficar se perguntando por que Dean estava sorrindo na foto que foi postada mais cedo, e Dean confirmar que estava realmente falando com alguém – quando ele entrega o celular para Pharm, no entanto, ele conta que o sorriso era por sua causa.

Pode ser mais fofo?!

Está muito gostoso de se acompanhar esse sentimento nascendo entre Dean e Pharm nessa vida, ainda que o quarto episódio não traga tantas cenas dos dois sendo fofos quanto o terceiro… dessa vez, o episódio centra-se na apresentação de outros personagens e outras tramas que devem ganhar destaque nos próximos episódios de “Until We Meet Again”, tendo em vista o tamanho da série: conhecemos Alex, por exemplo, o presidente do Clube de Drama, que está “interessado” em Pharm, mas claramente é um grande babaca; e conhecemos Del, a irmã de Dean, e ela me parece uma personagem um tanto quanto misteriosa… eu realmente não consegui decifrar o que ela está pensando quando parece perceber a proximidade de Pharm e Dean.

Na cena mais icônica do episódio, Pharm aparece no Clube de Natação com sobremesas que ele, Manaow e Del prepararam em uma aula de culinária para um curta-metragem que será gravado na faculdade, e as faíscas entre Pharm e Dean estão mais evidentes do que nunca… por “estar com a mão suja”, Team pede que Pharm coloque a comida na sua boca, o que parece deixar o Dean profundamente incomodado, embora ele não diga nada, e, depois, Win pede o mesmo, e inicialmente eu fiquei bastante em dúvida sobre o porquê de ele estar fazendo aquilo, mas acho que eu entendo no fim das contas… tem a ver com ele querer provocar o Team, talvez, embora eu não saiba se o Team é capaz de perceber isso, e, principalmente, tem a ver com fazer com que Pharm também dê comida a Dean.

Team, Manaow e Win sendo os shippers número 1 de Pharm e Dean.

A cena do Pharm dando comida na boca de Dean me deixou inesperadamente eufórico… acho que, naquele momento, “Until We Meet Again” levou a relação deles um pouco mais além, embora não seja a primeira vez que eles se divertem com momentos de duplo sentido. Aqui, no entanto, há algo de muito sexual na cena toda, e eu meio que fiquei sem fôlego… tudo é exacerbado pelo nervosismo e pela expectativa de ambos, e tem algo de extremamente sensual na maneira como Dean segura a mão de Pharm, que estava tremendo, como não tira os olhos dele nem por um segundo e como sua boca pega a sobremesa. Sério, é impossível não notar, e o Pharm ficou todo envergonhado, mas também satisfeito, o seu sorriso não nega… é, para mim, o tipo de cena que vai ficar marcada na história dos BLs.

E, novamente, “Until We Meet Again” consegue brincar com diferentes estilos de cena dentro de um mesmo episódio. Tivemos fofura, tivemos sensualidade, e encerramos o episódio com drama… enquanto Pharm e Dean compartilham uma refeição novamente (!), e conversam, Pharm percebe o que parece ser uma cicatriz na têmpora de Dean, e Dean explica que essa é uma marca de nascença; então, Pharm diz que também tem uma, e a mostra para Dean, e começa a fazer comentários a respeito de como já ouviu dizer que esse tipo de marca de nascença pode ser “cicatrizes da vida passada”, e inocentemente se pergunta o que ele poderia ter feito em outra vida para ganhar uma marca como aquela naquele lugar… mas, no fundo, ele sabe a resposta.

Fui pego totalmente desprevenido por essa sequência, essa é a verdade. A força e a tristeza de relembrar o suicídio de In e Korn, e a maneira como isso vem à tona durante a fala de Pharm… as memórias da outra vida que “surgem” para Pharm em sonho ou em momentos específicos são muito menos conscientes do que pensamos, e isso é algo que o afeta profundamente. As marcas de nascença que Pharm e Dean compartilham em suas têmporas são, naturalmente, o lugar onde In e Korn atiraram neles mesmos na outra vida, e mais uma vez isso parece “escapar” de onde está guardado e invadir a mente e o ser de Pharm. Ver o Pharm tão abalado é doloroso… novamente, no entanto, fico feliz por ele não estar sozinho, e o Dean estar ali para abraçá-lo. Nessa vida, as coisas serão diferentes…

Eu acredito na felicidade deles.

 

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