Vale o Piloto? – One Piece 1x01 – Romance Dawn
Era dos Piratas.
UMA ESTREIA
DELICIOSA DO INÍCIO AO FIM! Antes de mais nada, eu acho importante eu avisar
que eu nunca li ao mangá, tampouco assisti a nenhum episódio do anime…
portanto, minhas opiniões em relação a “One
Piece” são exclusivamente a respeito da série live-action, lançada no último dia 31 de agosto pela Netflix, e sou
tanto leigo no assunto quanto incapaz de tecer qualquer crítica em relação à adaptação. Avaliando apenas como o
Piloto de uma série estreante, eu repito o que disse no início do parágrafo: é um episódio delicioso. “Romance Dawn” tem um ritmo incrível e
empolgante, um visual muito bonito e a maior força que uma série pode ter: personagens cativantes. Passei quase o
episódio todo com um sorriso no rosto, e terminei ansioso por mais!
Monkey D.
Luffy é o que eu chamaria de “protagonista perfeito”: empolgado, confiante, um
tanto imprudente e detentor de um carisma imenso! Iñaki Godoy conquista o
público em questão de minutos, e nos surpreende com a maneira como ele tem uma
dinâmica maravilhosa com qualquer
outro personagem com quem ele divide espaço nesse primeiro episódio: Koby, o
garoto que ele “resgata” da tripulação da Pirata Alvida; Nami, uma ladra
habilidosa que está em busca do mesmo mapa que ele; e Roronoa Zoro, um caçador
de piratas e o melhor espadachim do
mundo. O episódio é cheio de momentos, avança com uma agilidade incrível sem
que pareça apressado, e conta com algumas sequências de ação de tirar o fôlego. Sem dúvida, uma
estreia e tanto!
Luffy começa
o episódio se escondendo em um barril para sobreviver ao “naufrágio” de um
barquinho, e acaba sendo “resgatado” pela tripulação da Pirada Alvida. E é no
porão que ele conhece Koby, um garoto que não gosta de estar ali, que nunca
teve a chance de decidir as coisas por si mesmo, e que sonha em se juntar à Marinha. É com Koby que
Luffy escapa do barco de Alvida na primeira grande sequência de ação do episódio,
que conta com tudo o que queríamos dessa série: tem um visual incrível, ótima
coreografia de luta, e uma espécie de descontração que rende um tom divertido
que eu amei! Inclusive, muito bom conhecer o poder que Luffy tem de esticar, algo que ficou bem legal de se
ver (surpreendentemente) e que é bastante útil.
A química de
Luffy e Koby é tão fantástica que eu
fiquei até triste em vê-los seguindo caminhos separados no fim do episódio…
como eu disse, não conheço nada do universo de “One Piece” e, portanto, não sei se ele retorna com importância em
algum momento – se acontecer, será uma grata surpresa, porque eu gostei muito
de Koby, e acho que ele e Luffy renderam alguns dos melhores momentos do
episódio… as conversas dos dois enquanto rumam à base mais próxima da Marinha,
cada um com seu objetivo, são muito boas. Koby vai tentar seguir seu sonho de
se tornar um marinheiro; Luffy vai tentar um mapa que pode ajudá-lo a encontrar
o famigerado “One Piece”, o tesouro do Rei dos Piratas, que meio que deu origem
a essa grande Era dos Piratas.
Roronoa
Zoro, por sua vez, tem duas sequências de
apresentação – de certa maneira. E eu já estou completamente apaixonado
pelo personagem, e não apenas porque Mackenyu é um dos homens mais
bonitos do elenco, mas também porque o seu personagem tem um tom
misterioso e intenso que nos deixa vidrados do início ao fim. Primeiro, temos
aquela sequência na qual tentam recrutá-lo e ele “educadamente recusa o
convite”… quer dizer, mais ou menos. Depois, aquela cena na qual ele defende uma
garotinha de um cara extremamente babaca em um bar, e derruba uma série de
marinheiros sem precisar sacar a espada.
Assisti àquilo com a mesma expressão de Luffy, que estava com um sorriso imenso
no rosto, já querendo Zoro para a sua tripulação.
Afinal de contas, ele precisa de uma
tripulação se quer ser um pirata.
Luffy e Zoro
interagem realmente pela primeira vez
quando Luffy está tentando entrar na base da Marinha atrás do “seu” mapa, e
acaba saindo no pátio em que Zoro está preso (por vontade própria, ninguém
conseguiria capturá-lo se ele não tivesse permitido), e a dinâmica dos dois
flui brilhantemente – e eles meio que são o equilíbrio perfeito um do outro,
porque Zoro é sério e parece muito centrado
em suas ações, enquanto Luffy tem um sorriso fácil, pouco juízo e não é muito
inclinado a planos… essa energia
profundamente caótica do Luffy me conquistou demais! Depois de “entrar no lugar
errado”, dizer ao Zoro que eles deviam trabalhar juntos e soltá-lo, Luffy volta
pelo mesmo caminho que veio, sabendo que precisa encontrar outra maneira de entrar.
E é aí que
ele acaba se juntando a Nami… não que ela tenha realmente decidido trabalhar com ele nem nada assim, mas Luffy tem
certa facilidade para fazer amigos e “se infiltrar”. Sem plano nenhum, ele meio
que “envolve” a Nami no que ele está fazendo, e ela precisa improvisar para que
eles não sejam pegos pelo Capitão Morgan – felizmente, ela é rápida e “boa de
lábia”, como o Luffy diz… gosto de como eles eventualmente trabalham juntos sem
planejar, e de como ficam mutuamente
impressionados com as habilidades um do outro: ele com como Nami pode sair
de situações embaraçosas porque é inteligente o suficiente para tal; ela com
como Luffy pode se esticar para arrancar
um cofre do chão, já que eles estão sendo cercados e não vão ter tempo de
abri-lo.
No fim das
contas, Luffy e Nami conseguem roubar o cofre dentro do qual está o mapa que
ambos querem, e eles recebem uma (talvez) inesperada ajuda de Zoro, com os três
protagonizando a melhor sequência de ação
desse primeiro episódio. Só não vou dizer que foi ali que a série de “One Piece” me conquistou porque eu já
estava completamente envolvido muito
antes disso… MAS QUE CENA MARAVILHOSA! A maneira como os três têm
habilidades distintas e como conseguem trabalhar juntos para derrubar uma série
de marinheiros… a maneira como Luffy e Zoro realmente
parecem uma equipe quando eles derrotam o Capitão Morgan, ou como Luffy
fica encantado quando descobre como Roronoa Zoro usa a sua terceira espada.
QUE CENA!
“Dawn Romance” é a estreia perfeita
para essa série de “One Piece”. Além
de encantar com o seu visual, com o seu ritmo, com o seu tom e suas sequências
de ação, o episódio faz um excelente trabalho apresentando (alguns dos) seus
protagonistas. Estou empolgadíssimo e muito curioso com os caminhos que a série
vai seguir, mas tenho certeza de que vou gostar muito de acompanhar esses personagens
por quem me apaixonei com apenas uma hora de episódio… apesar de não conhecer
nada sobre o mangá e sobre o anime, fico muito feliz em ver, pela internet,
comentários de pessoas que já são fãs de
“One Piece” e que também aprovaram essa estreia: falando como alguém que
não conhece o universo, é uma ótima maneira de entrar nesse mundo pela primeira vez!
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