Avatar: The Last Airbender 1x06 – Masks

“Sometimes the mask is who you really are”

QUE. EPISÓDIO. EXCELENTE! “Masks” é o sexto episódio de “Avatar: The Last Airbender” e é, possivelmente, o meu favorito até o momento! Depois de uma visita ao Mundo Espiritual e de um embate direto com Koh, o Ladrão de Rostos, Aang precisa ir até a Nação do Fogo para conversar com o Avatar Roku e descobrir como vencer de Koh, para poder salvar a vida de Katara e de Sokka… bem como de todos os aldeões que ele se dispôs a salvar. Diferente do que eu imaginava, no entanto, o episódio acaba sendo muito menos sobre os Avatares Aang e Roku, e muito mais sobre o Príncipe Zuko, e foi MARAVILHOSO ter um episódio centrado nele, nos permitindo conhecer mais de sua história, de suas motivações… e, quem sabe, mais de quem ele realmente é.

Toda a parte do Avatar Roku acaba sendo apenas os primeiros minutos do episódio. Entrar na Nação do Fogo e no Santuário de Roku é razoavelmente fácil para Aang – até porque ele tem uma ajuda de alguém que é fiel aos Avatares e não ao Lorde Ozai. Assim como fizera com Kyoshi, Aang consegue conversar com Roku em uma cena interessante, na qual ele encontra uma encarnação passada do Avatar muito mais leve do que ele esperava… apesar de tudo, no entanto, Roku não está muito disposto a ajudá-lo no que diz respeito a Koh, porque não é alguém com quem ele acha que Aang deveria estar se metendo, nem mesmo para salvar seus amigos – assim como Kyoshi, Roku também acredita que os amigos podem ser um problema no seu caminho.

Ainda assim, a visita traz frutos: Aang sabe como negociar com Koh agora.

Quando ele retorna ao mundo real e pega o totem que representa a mãe de Koh, e que lhe foi tirado por Roku há muito tempo, ele acaba sendo capturado e entregue diretamente para Zuko e o Tio Iroh: Zuko finalmente conseguiu colocar as mãos no Avatar, e talvez possa retornar para casa, como sonha em fazer desde o dia em que fora exilado… as coisas, no entanto, não estão exatamente como ele queria que estivessem, porque o Almirante Zhao foi oficialmente colocado no comando de toda a operação de caça ao Avatar, e então Zuko e Iroh caem em uma emboscada e precisam “entregar” Aang para ele, o que coloca em risco tudo o que Zuko vem lutando para conquistar nos últimos três anos… e não é algo que ele vai deixar passar assim tão facilmente.

Essa é, provavelmente, a parte mais interessante do episódio. Aang é levado por Zhao e preso, e Zhao tem uma série de planos sobre como vai entregá-lo ao Lorde Ozai e tudo o que isso significará para ele… e Aang não vê muitas esperanças de conseguir escapar sozinho. Até que uma “misteriosa” figura mascarada e silenciosa aparece para ajudá-lo na fuga, em uma sequência eletrizante na qual eles precisam escapar de muitos dobradores de fogo habilidosos. O grande mistério não é tão misterioso assim porque fica bastante evidente que aquela figura é o próprio Zuko – talvez porque ele não quer que Zhao leve essa vitória e sua única chance de voltar para casa; ou talvez porque, em algum lugar dentro dele, Zuko não é tão ruim quanto parece.

E não é.

Os flashbacks do episódio fazem um trabalho EXCELENTE ao retomar a história do Príncipe Zuko, toda a cobrança que ele viveu do pai, e a sua coragem ao criticar uma tática militar e ao dizer que não concorda com ela, porque estaria enviando alguns membros da Nação do Fogo para um sacrifício, sem necessidade. Por causa de sua “afronta”, Zuko acaba sendo colocado para lutar contra o próprio pai, já que Ozai não gosta de ser contrariado, e isso nos entrega uma das sequências de ação mais incríveis e mais tensas de “Avatar: The Last Airbender”. É realmente impactante! E é notável como tudo é rápido e como Zuko não queria estar lutando, mas ele o faz para se defender… quando ele hesita ao fim da batalha, no entanto, Ozai não tem nenhuma clemência.

Descobrimos, com os flashbacks, toda a transição de Zuko até o personagem que conhecemos, o vemos naquela cena fortíssima na qual ele não precisa dizer nada no quarto, depois da luta, quando o pai vai visitá-lo, mas tudo está colocado em sua expressão e no seu silêncio. A maneira como ele escuta o que o pai tem a dizer, como o pai diz que “a compaixão é um sinal de fraqueza”, como se mostra decepcionado com o filho e o exila friamente da Nação do Fogo, dizendo que ele poderá retornar quando encontrar o Avatar e apenas então. E é essa fala a respeito de “compaixão” que marcou tanto o Zuko que é o ponto de virada em toda a dinâmica até que bastante bonita que ele e o Aang estavam tendo depois de terem escapado junto dos dobradores de fogo…

Gostei muito de ver Aang e Zuko conversando, gostei muito de ver o Zuko lentamente baixando a guarda e respondendo a Aang sobre os seus desenhos, por exemplo, mas ele volta a subir as muralhas ao seu redor quando Aang fala de compaixão. Muito bonita a cena da “despedida” dos dois, quando Aang o ajuda a retornar para “casa”, mas antes fala sobre como é ter nascido 100 anos atrás, e se pergunta se, em outra ocasião, quem sabe eles seriam amigos – AQUELE MOMENTO FOI PERFEITO DEMAIS! O “epílogo” do episódio leva Zuko de volta para a sua missão de caça ao Avatar, enquanto leva Aang de volta ao Mundo Espiritual, onde ele consegue salvar a vida de Katara, Sokka e dos aldeões, mas não tem mais a oportunidade de conversar com Gyatso…

A casa já está vazia.

 

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