Doctor Who (3ª Temporada, 1966) – Arco 023: The Ark
Humanos x
Monoids
Escrito por
Paul Erickson e Lesley Scott e com direção de Michael Imison, “The Ark” é o sexto arco da
terceira temporada de “Doctor Who”, e
foi exibido entre os dias 05 e 26 de março de 1966, em quatro episódios – e
todos eles ainda existem, o que quer dizer: nenhuma
reconstrução. É a primeira aventura de Dodo Chaplet como a mais nova companion do Doctor, ao lado de Steven,
e eu acho que ela entra na categoria de outras personagens como Susan e Vicki
(ainda sinto saudades de Vicki!), mas ela tem um carisma que me faz gostar
dela, embora eu ainda precise de mais episódios para entendê-la melhor… de todo
modo, a nova passageira da TARDIS traz uma novidade a bordo: uma gripe que pode representar a morte dos
últimos humanos.
“The Ark” leva a TARDIS e seus
passageiros para algum lugar do futuro – muito no futuro. O Doctor, Dodo e
Steven tentam entender a lógica
aparentemente inexistente do lugar onde pousam quando animais de diferentes
lugares da Terra parecem conviver, o céu é de metal e o chão treme com
regularidade mecânica, até que o Doctor entenda que eles estão em uma espaçonave… e não é apenas uma espaçonave
qualquer, mas uma ARCA que leva os últimos humanos e animais da Terra rumo a
Refusis, o novo lar da humanidade, tendo em vista que a Terra está prestes a ser consumida pela explosão do sol. São
milhões de anos no futuro, mas aqueles humanos contam o tempo em “segmentos”:
coisas como Troia e os Daleks aconteceram no 1º Segmento do Tempo.
E, agora,
eles estão no 57º.
Gosto da
premissa de uma arca vagando pelo espaço, com guardiões da raça humana sendo
responsáveis por guiá-la, enquanto os demais humanos foram miniaturizados para serem reanimados quando chegarem ao destilo: e,
assim, cada armário conta com 1 milhão de pessoas. A gripe de Dodo, no entanto,
pode colocar todo mundo em perigo, já
que a gripe é uma doença comum que foi curada há muito, muito tempo, e aqueles
humanos não sabem mais como lidar com ela, como se proteger… afinal de contas, eles não têm mais
imunidade contra a gripe, e pode ser fatal. Quando um Monoid, criaturas
escravizadas pelos humanos, morre por causa da febre e o Comandante também
adoece, o Doctor e os demais são todos levados presos por seu crime.
E vão para
julgamento!
O Conselho
decide sentenciá-los a serem, também, miniaturizados, mas o próprio Comandante,
afetado pela febre, decide o contrário e dá a eles acesso a laboratórios e
apoio para suas pesquisas: o Doctor é a
única chance que eles têm de não sucumbirem todos à febre. Assim, o Doctor
precisa pesquisar e curar Steven da gripe que ele pegou de Dodo (!) e, se ele
conseguir, é a prova que aqueles humanos do futuro precisam para entender que
podem confiar neles… as coisas acontecem de maneira razoavelmente rápida:
Steven é curado da gripe, o Doctor deixa os estudos para salvar a humanidade
para trás e, com tudo resolvido e esclarecido, eles se preparam para partir da
nave no meio do arco – mas a TARDIS
volta a pousar naquele mesmo lugar.
Mas não
naquele mesmo tempo.
Aproximadamente
700 anos se passaram na nave quando a TARDIS retorna, e eles sabem disso por
causa de uma estátua que ainda estava em construção quando eles estiveram ali
da última vez, e a estátua traz uma surpresa: o rosto, que deveria ser humano,
é monoid. O que aconteceu nesse tempo
todo? Gosto dessa reviravolta no meio do arco, que garante o tom de
novidade que nos prende durante os quatro episódios (!), e o Doctor precisa
entender o que permitiu a revolução dos Monoids durante esse tempo (quem sabe
toda a história da febre deu uma ajudinha?), bem como encontrar uma maneira de
salvar os humanos que foram escravizados pelos Monoids – curiosamente, os
humanos só são tratados agora como os Monoids eram tratados 700 anos antes.
O arco tem
uma conclusão bacana que apresenta um novo planeta, Refusis, bem como os
refusianos, que são seres imateriais que vivem nesse planeta, e a ação é
garantida por uma bomba que está prestes a ser explodida na nave na qual Steven
ficou preso, junto com os demais humanos que ainda sobrevivem… gosto do
desenvolvimento do arco, gosto do ritmo, e acho que ele tem uma mensagem
bacana, quando as coisas se resolvem e os refusianos, nativos do novo planeta,
dizem que só existirá lugar para eles em Refusis se humanos e monoids
aprenderem a conviver em paz, e eles terão que trabalhar nisso, depois de tudo
o que aconteceu entre eles. De volta à TARDIS, uma nova aventura começa no momento em que o Doctor parece
desaparecer…
E, assim, chegamos
a “The Celestial Toymaker”.
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