Doctor Who (3ª Temporada, 1966) – Arco 025: The Gunfighters
“In the
Last Chance Saloon…”
VELHO-OESTE,
TIROTEIO E MÚSICA! Escrito por Donald Cotton em sua segunda história para a
série e dirigido por Rex Tucker, “The
Gunfighters” é o oitavo arco da terceira temporada de “Doctor Who”, e foi exibido entre 30 de
abril e 21 de maio de 1966, em quatro episódios. Eu sei que essa história foi
feita mais de 20 anos antes de “De Volta
Para o Futuro III”, mas eu nunca fui um grande espectador de Velho-Oeste, o
que quer dizer que “De Volta Para o
Futuro” é a minha referência no assunto, e eu pensei demais no filme
enquanto assistia aos episódios! Eu gosto da ambientação, gosto das confusões
que o Doctor e seus companions se
metem assim que deixam a TARDIS, independentemente de onde eles estejam, e
gostei muito do toque musical do
arco!
A TARDIS
chega a Tombstone, no Arizona, em 1891, e o Doctor está com uma dor de dente terrível por causa de uma bala que viera lá da
dimensão do Celestial Toymaker, no fim do arco anterior, e ele precisa
urgentemente de um dentista… e o
Velho-Oeste tem um a oferecer, ainda que seja doloroso. Com roupas
extravagantes, mas que estão razoavelmente de acordo com o cenário, Dodo e
Steven são apresentados aos locais pelo Doctor como “Dodo Dupont, maga dos
pianos” e “Steven Regret, tenor”, enquanto o próprio Doctor se apresenta como
“Doctor Calligari”. Destaque para o humor simples e eficaz da série quando
alguém lhe pergunta “Doctor who?” e
ele responde “Yes, quite right”, até
porque o personagem era creditado como “Dr. Who” na época.
Toda a
história de ser apenas “The Doctor” veio mais tarde, curiosamente.
De todo
modo, é na ida ao dentista que começam todas
as confusões do Doctor e dos demais no Velho-Oeste, e eu gosto muito de
como a história brinca com os elementos do gênero, com o estilo de narrativa,
como a música combina com o clima e torna os episódios mais marcantes (a melodia está tocando em minha mente agora,
enquanto escrevo esse texto!). O Dr. Holliday, o dentista visitado pelo Doctor,
é um homem que está sendo procurado pelos Clantons por causa de alguma rixa
típica de Velho-Oeste, e ele encontra no Doctor a maneira perfeita de
“escapar”: afinal de contas, ele mesmo se apresentara como “Doctor”, o
mal-entendido já está começado… o Dr. Holliday só precisa dar uma mãozinha,
“emprestando” para o Doctor uma de suas armas, por exemplo.
Como os
passageiros da TARDIS comumente estão em perigo (apenas uma terça-feira normal
para qualquer um que viaja com o Doctor), a Dodo acaba se tornando uma espécie
de refém do verdadeiro Dr. Holliday, enquanto o Steven é capturado pelos
Clantons, que tentam usá-lo para obrigar o Doctor a ir até eles – enquanto o
Doctor foi colocado na cadeia por Wyatt, onde ele estaria em segurança, e ele
está muito bem lá, muito obrigado… embora ele esteja em segurança, no entanto,
os seus companheiros de viagem não estão, então o Doctor precisa se levantar e
fazer alguma coisa, e quando as coisas começam a se esclarecer e ele “prova”
que não é o Dr. Holliday, tudo parece razoavelmente bem… até que ele e Steven
se deem conta do sumiço de Dodo.
Embora Dodo
seja uma daquelas companions
incríveis que encontram maneiras de se virar sozinha! Amo a Dodo ameaçando o
Dr. Holliday com uma arma para que ele a leve de volta para Tombstone, por
exemplo, como prometera que faria: ela
quer reencontrar os amigos. Então, o Dr. Holliday de fato cumpre a sua
promessa e retorna a Tombstone, e descobre que o temível Johnny Ringo também
está ali, à sua procura… a conclusão do arco traz uma ação típica de obras de
Velho-Oeste, com direito a desafios a duelo e tiroteio, o que quase parece estranho para “Doctor Who”, mas tem tudo a ver com o gênero
homenageado/representado ali, e eu gosto de como a série consegue caminhar por
diferentes gêneros narrativos e diferentes formas de contar história.
Agora,
partimos para “The Savages”.
E é um momento de despedida…
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