Franjinha e Milena: Em Busca da Ciência (2024)

“Isso não é nada trivial!”

QUE COISINHA MAIS FOFA! Com “Turma da Mônica: Laços”, lançado em 2019, e a boa recepção da adaptação live-action dos personagens do Maurício de Sousa (em grande parte devido ao roteiro maravilhoso, adaptado de uma HQ da coleção Graphic MSP, que é a minha publicação favorita da “Turma da Mônica” atualmente), várias outras adaptações live-action têm chegado… tivemos “Lições”, de 2021, que é uma sequência direta de “Laços”, e “A Série”, de 2022, que encerra a jornada daquele primeiro elenco com os personagens. Agora, em 2024, vimos a primeira adaptação live-action da “Turma da Mônica Jovem” e em breve ganharemos, também, “Chico Bento e a Goiabeira Maraviósa”, bem como “Origens”, mostrando como os protagonistas se conheceram…

“Franjinha e Milena: Em Busca da Ciência” é uma série lançada pela Max e pela Discovery Kids em 27 de fevereiro de 2024, e tem uma proposta muito fofa: voltada para um público mais infantil, a série conta com 8 episódios entre 10 e 15 minutos cada, e traz pequenas aventuras e descobertas de Franjinha e Milena, dois dos personagens mais inteligentes do Maurício de Sousa, em histórias que acontecem no laboratório do Franjinha e no quintal da sua casa. Simples e profundamente carismática, a série me conquistou com sua linguagem acessível e a fofura inegável de seus protagonistas, que vão “descobrindo a ciência” – a série conta com a supervisão de pesquisadores do Instituto Serrapilheira, dando à série um tom educativo que lembra produções da TV Cultura.

E é uma delícia!

Com direção de Mauro D’Addio, a série também conta com supervisão artística de Daniel Rezende, que fora o responsável pela direção de “Laços”, “Lições” e “A Série”. Em boas mãos, “Franjinha e Milena: Em Busca da Ciência” é colorida, alegre, divertida, inteligente e uma ótima maneira de conhecer um pouquinho mais desses dois personagens queridos da turminha – e, é claro, o nosso querido Bidu! Fabrício Gabriel fica responsável por interpretar o Franjinha, o cientista e inventor da turma, enquanto Bia Lisboa interpreta a Milena, apaixonada por ciências biológicas, e Fábio Lucindo faz a voz do Bidu. São esse trio que carrega a série, e é muito BOM passar esses minutos na companhia deles. Termino a série feliz, sorrindo e querendo ver um pouco mais!

Embora os episódios tenham, de certa maneira, “histórias independentes”, nas quais diferentes descobertas são feitas e várias informações são passadas de maneira didática, também existe uma “trama maior” que guia a temporada toda: a chegada do Franjinha do futuro. Afinal de contas, rolou um desafio de que o Franjinha viajaria no tempo e todo mundo está esperando o Franjinha do Futuro chegar em 30 dias! Embora ele tenha, oficialmente, o resto da sua vida para encontrar a maneira de fazer isso e retornar para aquele dia em específico, o Franjinha não quer perder tempo, e se coloca a trabalhar! E Milena é a companheira curiosa e inteligente ideal para estar com ele nesse tempo todo, e é muito bonito ver a amizade deles e como eles meio que se complementam.

No primeiro episódio, “De Volta Para o Escuro” (eu adorei o título, que consegue evocar a viagem no tempo através da referência a um dos filmes mais famosos sobre o assunto de todos os tempos, e também traz o tema do episódio, que é o “escuro”), Franjinha e Milena ficam sem luz e precisam encontrar uma maneira de gerar energia pedalando uma bicicleta; no segundo episódio, “O Fim da Picada”, Milena se responsabiliza para tirar do laboratório do Franjinha as abelhas que invadiram o lugar; no terceiro, “Uma Odisseia no Quintal”, eles descobrem um cometa que pode colidir com a Terra, se Júpiter não servir de escudo antes (provavelmente o meu episódio favorito); no quarto, “A Candemia”, uma epidemia de pulgas assola o Bairro do Limoeiro.

E tudo começou com o Bidu e sua curiosidade.

No quinto episódio, “Bolo de Robô”, o Franjinha e a Milena tentam usar um robô do Franjinha para fazer bolos que querem distribuir no bairro para todos que ajudaram na candemia; no sexto episódio, “Doidos por Dados”, o Franjinha lida com uma IA que ele criou para responder as muitas mensagens que vem recebendo da turminha na página, e às quais ele não tem tempo para se dedicar pessoalmente; no sétimo episódio, “Os Segredos das Pedras”, a dupla descobre um fóssil de dinossauro escondido sob uma pedra no quintal da casa do Franjinha, mostrando que coisas incríveis podem, sim, acontecer; e, por fim, no oitavo e último episódio da temporada, “A Viagem”, um Franjinha sem descanso recebe a visita do Franjinha do Futuro… ou só sonha que recebe.

Os episódios são muito bem conduzidos, todos muito gostosos de se assistir, e eu gosto muito de como cada um tem a sua carinha (por isso funcionam de maneira serializada), mesmo com a história geral sobre a vinda do Franjinha do Futuro – que não é exatamente como o Franjinha esperava, mas que ele entende que talvez seja melhor assim mesmo… talvez ele nunca tenha descoberto como viajar no tempo, ou talvez ele tenha descoberto que é perigoso demais fazer isso e ele poderia causar um paradoxo. Vai saber? De todo modo, todas as aventuras de “Franjinha e Milena: Em Busca da Ciência” trouxeram uma série de aprendizados para os personagens e, também, para o seu público-alvo, e talvez não tenha realmente chegado ao fim… será?

Como é uma série propositalmente pequena e simples, não vemos mais personagens da turminha, mas referências a eles são feitas constantemente, tanto através dos comentários que Franjinha e Milena recebem na página que eles estão tentando fazer bombar na internet, ou naquela sequência fofíssima na qual eles ligam para diferentes integrantes da turminha para pedir ajuda (e a Magali envia um saco cheio de sementes que são apenas das melancias que ela comeu naquela semana, por exemplo), e ainda ganhamos o Franjinha todo bobo quando ele liga para a Marina! Isso sem contar, é claro, aquela aparição rápida do Dudu na última cena da série, que é uma espécie de provocação para uma possível segunda temporada… o que acabou de chegar ali?

“Franjinha e Milena: Em Busca da Ciência” é UMA DELÍCIA. É uma proposta completamente diferente do que vimos anteriormente tanto no cinema, com “Laços” e “Lições”, quanto em série feita diretamente para o streaming, com “Turma da Mônica: A Série”, e eu gosto de como os personagens do Maurício de Sousa podem ser explorados em diferentes mídias e de diferentes formas, para diferentes públicos. Voltada a um público mais novo, com episódios mais curtos e educativos, a série cumpre perfeitamente aquilo a que se propôs, e pode agradar, também, a um outro público que só quer se divertir e se encantar por esse universo e por esses personagens… te digo uma coisa: não tem como não amar o Franjinha e a Milena, eles SÃO MUITO FOFOS!

Gostei muito!

 

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