O Malefício (2023) – Raúl se junta à organização!

Contrato.

Enrique de Martino quer que ambos os seus filhos façam parte da organização (talvez para tê-los por perto como possíveis candidatos à sucessão?), mas como Raúl é “diferente” dele e de Jorge, ele precisa de um trabalho de convencimento muito maior – e Enrique pede que Jorge se aproxime do irmão e tente levá-lo para a organização. E é o que Jorge faz, incentivando Raúl e dando conselhos para que ele consiga fechar um negócio importante para o aplicativo que ele está desenvolvendo. Tudo acontece “milagrosamente”, no entanto, assim que Jorge consegue descobrir o que é o aplicativo de Raúl e conta para o pai: Enrique de Martino é um homem famoso, rico e extremamente influente… não demora muito para que Raúl esteja assinando um contrato.

Tudo é estranhamente sinistro em todo o processo, mas desempenha exatamente o papel que Enrique esperava, graças à mediação de Jorge. Jorge está há dias falando sobre como ele aprendeu muito na organização, como falar em público, por exemplo, e como fazer parte dela pode ser bom para Raúl, e quando ele consegue fechar esse grande negócio graças aos conselhos do irmão, Raúl dá o braço a torcer: se é isso o que ele vai aprender na organização, então ele vai começar a ir… e Jorge planeja levá-lo na reunião do dia seguinte. É macabro e Raúl é facilmente manipulado: Jorge garante que, a partir de agora, sua vida “vai mudar”… destaque para a risadinha quase irônica de Jorge quando Raúl diz que tampouco acha que seja algo “mágico”.

Para celebrar o contrato assinado naquele dia, Jorge resolve levar Raúl para uma festa em uma boate – algo que combina pouquíssimo com Raúl, e ele fica deslocado o tempo todo. Quando ele sai para ir embora cedo, no entanto, ele acaba “conhecendo” Vicky do lado de fora: ela estava ali, proibida de entrar, embora tenha vindo exclusivamente porque as amigas a avisaram que Jorge de Martino, por quem ela tem uma fascinação tremenda, está na festa. E é impressionante como eu consegui torcer por Raúl e Vicky desde o primeiro momento… afinal de contas, Vicky está, sim, obcecadíssima por Jorge de uma maneira até preocupante, mas o Raúl é tão fofo e tão querido que como Vicky poderia não se apaixonar por ele? A conversa simplesmente flui!

Gosto do fato de Raúl se apresentar apenas como “Raúl”, para que o seu sobrenome não interfira, e como isso permite a Vicky conhecê-lo sem saber que ele é irmão de Jorge e, portanto, sem ela pensar em usá-lo para se aproximar de sua verdadeira fixação… enquanto ela espera a mãe ir buscá-la, Raúl a faz companhia e eles comem um cachorro-quente enquanto conversam a respeito de faculdade e até mesmo da morte dos pais, de uma maneira que Vicky nunca tinha falado com mais ninguém. É muito bom ver as risadas, os sorrisos, os olhares e os flertes, conscientes ou não, especialmente quando ela finalmente se lembra de onde o conhece: do cemitério, do dia em que ela foi visitar o pai e ele a mãe. Depois daquele “primeiro” encontro, Raúl já está perdidamente apaixonado.

Vicky também foi impactada.

O problema dela é que ela ainda está obcecada por Jorge.

Beatriz, por sua vez, está em uma situação complicadíssima: de um lado, ela tem um admirador obcecado e criminoso; de outro, um namorado tóxico e possessivo. Enrique de Martino coloca alguém da organização para seguir todos os passos de Beatriz e saber tudo a seu respeito: os lugares que frequenta, as pessoas com quem fala… e ele também pede que fiquem de olho em seu filho, Juanito. Enquanto isso, Álvaro tem posturas absurdas e crises agressivas de ciúmes a qualquer menção ao nome “de Martino”, que ele simplesmente finge que não aconteceram assim que ele pede desculpas e culpa a própria “insegurança” pela maneira como fala com Beatriz… acho que “O Malefício” vai ser uma daquelas novelas na qual eu torço para a protagonista ficar sozinha.

“O Malefício” também vai, pouco a pouco, explorando mais do cenário e das ações dentro da organização… quando Enrique, em toda sua frustração, resolve “lidar com Guillermo”, o homem que passou informações da seita a um jornalista, ouvimos falar talvez pela primeira vez oficialmente sobre Bael, o demônio do pacto, e sobre como “ele os está observando o tempo todo, sabendo tudo o que fazem e o que pensam”. Enrique diz palavras ininteligíveis ao quadro, de onde sai uma fumaça preta a la “Supernatural”, e então é como se ele “apagasse” Guillermo, mas sem matá-lo: ele está morto por dentro, e ele consegue um laudo de esquizofrenia que vai fazer com que ninguém acredite em nada do que ele diz, se ele abrir a boca… e é nesse lugar sinistro que Raúl está se metendo.

Assim que ele sobe ao púlpito, no entanto, fica claro que isso não é para ele.

Como isso vai se desenvolver?

 

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