Perfect Propose – Episode 5

Sobrecarga.

Hiro está há anos sendo explorado no trabalho em que ele está… e agora que ele acabou de assumir a posição de líder da equipe em um projeto, a situação saiu ainda mais de controle. Acho interessante como, além do romance que é uma das coisas mais fofas do mundo, “Perfect Propose” também conseguiu se dedicar a contar uma história dolorosamente real para Hiro, na qual ele é explorado nesse maldito sistema no qual a gente vive! Hiro passa a ficar trabalhando até de madrugada (!) no escritório, chegando em casa quando Kai já está dormindo, saindo cedo no dia seguinte e repetindo o processo, sem dormir direito, sem se alimentar bem, sem ter uma vida que não seja inteiramente sequestrado pelo trabalho porque ele sente que ele “tem” que fazer isso.

É profundamente doloroso!

Assistir ao Hiro no trabalho sempre foi angustiante… ele foi menosprezado, humilhado e explorado constantemente, de uma maneira que o fizesse acreditar que ele não era um bom funcionário, apenas para que a empresa pudesse se aproveitar mais dele e explorar ainda mais. E agora ele está trabalhando tanto que a única parte boa de sua vida, que era a companhia de Kai que ele tem compartilhado há algumas semanas, não está mais tão presente. Acho muito fofa a preocupação constante de Kai com Hiro, a maneira como ele tenta esperar que ele retorne para casa, como ele tenta convencê-lo a não se sobrecarregar demais no trabalho, como ele manda para Hiro, noite após noite de maneira determinada, uma foto do jantar que prepara para eles…

Um dos momentos mais interessantes do episódio, ligando a trama toda da exploração no trabalho com o romance de Hiro e Kai, é quando Kai liga para Hiro para saber se ele pensa em voltar para casa logo, e Hiro sente algo bom quando escuta a voz de Kai, depois de tantas horas sem ouvi-lo… ele até inventa perguntas, apenas para “tentar mantê-lo mais tempo na linha”. E eu acho que ele vai, aos poucos, reconhecendo os sentimentos nos quais ele deveria estar mesmo pensando – porque ele prometeu para o Kai que pensaria a respeito de sua declaração e que lhe daria alguma resposta em algum momento… ele se sente bem com a atenção, com a voz e com a presença de Kai… na verdade, ele queria poder estar em casa com ele naquele exato momento.

Mas não está.

Diferente do seu chefe asqueroso e da empresa que, como um todo, é problemática ao extremo, Hiro tem uma humanidade lindíssima, e ele acaba ficando muito mal quando ele percebe um colega de trabalho subordinado a ele trabalhando exaustivamente, virando a madrugada, e sem nem se levantar quando ele traz alguns lanches… então, ao vê-lo chorar (!), Hiro o manda para casa para descansar, e pede que Sakamoto não pense em mais nada por enquanto. E quando ele é questionado a esse respeito pelo chefe, ele se recusa a ligar para Sakamoto e pedir que ele volte, enfrentando o chefe pela primeira vez – mas, infelizmente, não da maneira necessária ainda, porque ele assumiu todo o trabalho do Sakamoto e, consequentemente, está se sobrecarregando ainda mais.

É impressionante que ele ainda não tenha ficado doente fisicamente!

(Porque mentalmente a empresa já acabou com ele!)

Depois de um episódio quase inteiro dos dois separados, Kai e Hiro se encontram no parque no qual, de certa maneira, tudo começou entre eles, porque é o parque no qual eles se conheceram quando eles ainda eram crianças… Hiro está finalmente voltando para casa depois de pegar o primeiro trem da manhã, e Kai está correndo para se exercitar, depois de descobrir que o dono do restaurante no qual ele trabalhava e morava está prestes a sair do hospital, mas decidiu que “vai fechar a loja”. E, quando eles se encontram, eles se sentam lado a lado no banco, olhando para o parquinho vazio à frente, e eles compartilham uma conversa sincera e bonita na qual Hiro coloca para fora um pouco do que o incomoda… como o trabalho o faz mal, mas como ele sente que não pode se demitir.

A fala de Hiro é dolorosa. Ele fala sobre tudo o que ele abriu mão (comer e dormir bem, estar com a família e com os amigos, ter alguém especial, etc.), se dedicando inteiramente ao trabalho em uma vida que nem mesmo o faz feliz. E quando Kai diz algo que ele acha fofo, ele toca o seu cabelo carinhosamente, e Kai não consegue resistir e o beija – é um beijo simples, mas, ao mesmo tempo, um beijo bastante bonito! E eu dei uma boa risada com o Kai dizendo que não resistiu porque “ele o seduziu”. Ainda não é a resposta oficial de Hiro, ele ainda não se sente pronto para isso, mas ele não recuou ou recusou o beijo, o que é um bom sinal… e com Kai prestes a “ter” que sair da sua casa, está chegando o momento de ele dar uma resposta – ou se despedirem para sempre.

Quero muito vê-los felizes no próximo episódio!

 

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