Glee 1x06 – Vitamin D

“Every time I light a fire in my life, you find a way to make sure it burns the forest down”

EU SEMPRE ME DIVIRTO DEMAIS ASSISTINDO A ESSE EPISÓDIO! Exibido originalmente em 07 de outubro de 2009, Vitamin D é o sexto episódio da primeira temporada de “Glee”, e traz mais uma tentativa absurda de Sue Sylvester de acabar com o glee club, o que gera uma série de confusões, situações desconfortáveis e trapaças em uma competição musical que apresenta o conceito de “mashup” na série (foi aqui que eu me apaixonei completamente pelo conceito de mashup e ficava esperando o próximo de “Glee”!). Acho que esse é um daqueles episódios de “Glee” que mostram toda a sua capacidade de apresentar boas histórias e bons dramas (a cena da Rachel conversando com Quinn é memorável!) e explorar o absurdo para gerar uma comédia descabida…

E que funciona!

Sue Sylvester é hilária, não tem jeito. Totalmente equivocada, uma verdadeira caricatura ambulante, ela é uma das personagens mais marcantes de “Glee” e é ela quem coloca em movimento toda a história desse episódio quando ela percebe que tem “alguma coisa” acontecendo entre Will e Emma, e talvez, se ela não pode destruir o grupo, ela precise destruir o homem à frente do grupo… para isso, ela vai pessoalmente conversar com Terri para dizer a ela que Will a está traindo com a conselheira da escola, e que ela “devia ficar de olho”: inclusive, ela fala sobre uma vaga que “coincidentemente” acabou de abrir para o cargo de enfermeira da escola (a Sue derrubando a velhinha da escada, MEU DEUS!), e Terri resolve “observar Will de perto”.

As faíscas entre Will e Emma são, de fato, perceptíveis.

É claro que Terri não tem nenhuma experiência ou qualificação para assumir o cargo de enfermeira da escola, mas ela o assume de qualquer maneira – e uma das primeiras coisas que ela faz é dar alguma “vitamina” para o Finn, que está andando quase como um zumbi pelos corredores da escola, porque está “com muita coisa na cabeça” e “não está conseguindo dormir direito”. E é essa vitamina que dá aos meninos uma energia absurda para uma apresentação que foi proposta por Will Schuester: como o New Directions está bem desleixado depois de descobrirem contra quem eles vão competir nas Classificatórias, Will acaba tendo uma ideia depois de uma conversa com Sue Sylvester (!) e propõe uma competição entre os meninos e as meninas…

Todo o grupo está realmente bastante desinteressado, agindo como se a competição já estivesse ganha, mas a “vitamina” que o Finn toma e, eventualmente, dá a todos os seus colegas de equipe, acaba mudando um pouco as coisas. Cheios de energia (!), os meninos performam “It’s My Life/Confessions Part II”, um mashup maravilhoso entre as músicas de Bon Jovi e Usher, e as meninas ficam desconcertadas… quer dizer, a Rachel até tentou se responsabilizar por tudo e ninguém deu atenção para ela, e quando elas descobrem que os meninos trapacearam tomando algo para se apresentar daquela maneira (o Kurt conta), Rachel fica horrorizada primeiro… mas decide fazer o mesmo. E, assim, ganhamos a perfeita “Halo/Walking on the Sunshine”, de Beyoncé e Katrina and the Waves.

Particularmente, eu prefiro a apresentação das garotas.

MAS as duas foram excelentes!

No meio de todo esse drama musical e competitivo, regado a “vitaminas”, ainda temos toda a questão de a Quinn não estar aparecendo para os ensaios do glee club, em parte porque ela está com vergonha e com medo do que eles vão dizer, agora que todos lá sabem que ela está grávida, e a Rachel tem um momento muito bonito conversando com ela – talvez o primeiro momento verdadeiramente maduro da personagem. Rachel diz coisas muito sensatas sobre como a Quinn é boa cantando e sobre como em breve o uniforme de líder de torcida não vai mais servir e eles vão ser tudo o que ela tem, e ela garante que ninguém vai julgá-la no glee club… e ela consegue convencer Quinn a retornar. Amo a Quinn dizendo que ela “a torturaria”, se fosse o contrário, e Rachel responde que sabe disso.

Já a presença de Terri na escola também traz possíveis consequências para o casamento dela com Will, porque ele está se sentindo sufocado, e eles mal têm sobre o que conversar à noite, quando chegam em casa… eu vou dizer algo possivelmente polêmico aqui: eu não gosto da Terri, como 99% das pessoas, mas eu meio que entendo ela ficar com ciúmes de Will com Emma, porque é evidente que há algo ali, e a Emma dizendo na cara dela, a esposa (supostamente) grávida de Will que “ele merece algo melhor”? É meio descarado, não? De todo modo, Emma e Will não sabem como lidar com o que evidentemente sentem… então, ela aceita um pedido de casamento estranho de Ken, e ela e Will protagonizam uma quase “despedida” com olhar triste e emotivo.

Por fim, toda a questão da suposta “Vitamina D” acaba trazendo consequências a longo prazo para o New Directions… tanto Rachel quanto Finn, como “capitães” das suas equipes, resolvem abrir mão da vitória e reconhecer que ambos trapacearam, mas a escola precisa lidar com o fato de que Terri estava dando drogas para os adolescentes – e Will precisa lidar com o fato de que se decepcionou com Terri, não pela primeira vez, e que não sabe como ela será como mãe, agindo dessa maneira. Mas a grande consequência vem quando o Diretor Figgins culpa, também, o Will, dizendo que ele devia ter “notado” que havia algo de errado com os adolescentes, e que ele não está apto a seguir comandando o glee club sozinho… então, eles ganham uma nova pessoa para co-dirigir os New Directions…

Sue Sylvester.

 

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