[Season Finale] Heartstopper 3x08 – Apart

A viagem e o show.

O último episódio da terceira temporada de “Heartstopper”, “Apart”, adapta perfeitamente toda a reta final do Volume 5 dos quadrinhos, com toda a beleza e a magia que acompanham esse momento da história de Nick e Charlie: um momento em que eles estão se conhecendo melhor juntos e, ao mesmo tempo, descobrindo quem são separados – e uma coisa que muitas vezes as pessoas não entendem em um relacionamento é que é importantíssimo saber quem você é além do seu relacionamento… é importante que eles sejam o Nick e o Charlie, além de serem o Nick-e-Charlie. O episódio é sincero, bonito, emocionante, divertido, um pouquinho de tudo que sempre amamos em “Heartstopper”, e dá aquela sensação de aperto no peito quando nos despedimos.

No episódio anterior, Nick Nelson e Charlie Spring estavam prontos para dar o próximo passo em seu relacionamento… agora, depois de sua primeira experiência sexual juntos, eles se perguntam se “conta como sexo”, já que eles apenas se tocaram, e mais do que isso: se perguntam por que eles não fizeram isso antes. Gosto dessa fase do casal, dessa vontade de estar junto e de fazer sexo o tempo todo, e “Heartstopper” brinca bem com isso. A mãe de Charlie permite que ele durma na casa do Nick depois que as provas acabarem, e enquanto isso eles vão “treinando”, e aproveitando cada momento que tem para fazer mais do que fizeram naquele dia – e ambos sabem que ainda há muita coisa que eles ainda podem “experimentar” juntos.

Parte do episódio se dedica ao tempo que Nick e Charlie passam “separados”, como anuncia dramaticamente o título do episódio, mas não é por causa de uma briga nem nada disso – mas porque o Nick vai em uma viagem breve com Elle, Tara e Imogen para visitar faculdades… e sinto que coisas importantes acontecem nessa viagem! Temos o piquenique com direito a revelações, temos a Imogen dizendo que talvez nunca tenha gostado de verdade de um garoto, temos a Elle e as outras levando o Nick para comprar camisinha e lubrificante (a expressão do Nick!), e temos o Nick se apaixonando por Leeds, uma faculdade que fica a 4h27min de casa… mas que é um lugar que, de alguma maneira, faz com que “ele se sinta em casa”. No fundo, ele sabe que é onde ele quer estar.

Gosto de como a série explora, agora, a maneira como tudo o que aconteceu nos últimos meses também afetou o Nick… Tara tem tido cenas importantes com Nick há alguns episódios, e tudo culmina aqui, nesse momento – o momento em que o Nick confessa às garotas no carro que ele sente medo e que ele não sabe quem ele é sem o Charlie. Então, elas lhe dizem que “talvez seja hora de ele descobrir”. É perigosa a maneira como Nick se “apagou”, como ele tentou dar todo o apoio de que Charlie precisava dele, mas esqueceu-se de pensar nele nesse tempo todo… agora, ele se sente perdido, e Elle tem razão quando diz que esse é um momento importante e Nick precisa pensar nele mesmo. Ainda não é fácil, mas é um processo de aprender a se colocar em primeiro lugar às vezes.

E eu comentei bastante sobre isso quando comentei o Volume 5 dos quadrinhos de “Heartstopper”, mas eu acho que essa viagem do Nick também é extremamente importante para o Charlie, porque ele passa dias sem o Nick, sentindo a sua falta, mas também percebendo que não é o fim do mundo… que ele sobrevive. Gosto do fato de o Charlie ter preenchido a ficha para a candidatura sugerida pelo Sr. Ajayi, gosto das suas cenas com os amigos e gosto muitíssimo da cena da terapia, na qual ele diz ao Geoff que, embora ele ame o Nick e eles estejam talvez mais fortes do que nunca, ele percebeu que ele também precisa de outras pessoas… da sua irmã, dos seus amigos, dos seus pais. Esse é um amadurecimento e tanto, e eu fico orgulhosíssimo do Charlie.

E ele ter coragem de usar a camiseta que “temia” é uma prova de sua força, sua coragem!

Eu amo o Charlie. E eu amo a Tori toda orgulhosa do irmão.

Talvez Tori tenha feito a mesma coisa que o Nick fizera… ela esteve tão preocupada em cuidar do Charlie ou em estar ali por ele que ela não se permitiu sentir inteiramente as sensações de tudo o que ela também está vivendo. Em uma das minhas cenas favoritas do episódio, os papéis entre Charlie e Tori parecem se inverter. O Michael tem uma cena incrível se sentando na mesa com Charlie e os amigos e despejando sobre ele tudo o que está acontecendo (sério, o Michael teve pouquíssimas cenas, mas EU O AMO INFINITAMENTE!), e então Charlie vai conversar com Tori… é uma conversa mais breve e com menos informações que nos quadrinhos, mas a adaptação traz momentos sentimentais e significativos, como se o Charlie estivesse “liberando” Tori para viver sua própria vida.

O abraço dos dois é lindíssimo.

Nick se atrasa para a apresentação de Charlie com a banda de Zahar, que começa às 16h, por causa do trânsito… mas sabe o que é mais legal? O Charlie queria que o Nick estivesse ali, mas o fato de ele não estar não o impede de subir ao palco e se apresentar, e essa é a materialização do que ele dissera na terapia! Ter o Nick ali, alguns minutos atrasado, é só algo a mais… e importante. Amo o Nick e as meninas correndo desesperados para o show, amo a carinha dos dois quando eles se veem, amo que o tchauzinho que o Charlie dá é exatamente o mesmo dos quadrinhos, e amo o quanto eles expressam nos sorrisos. Assistir aos diferentes personagens de “Heartstopper” se divertindo enquanto a banda toca, cada um à sua maneira, me fez lembrar o quanto eu os amo.

E eu acho que essa é a força de “Heartstopper”.

Depois do show de Charlie e do orgulho imenso que Nick sente do namorado, eles se divertem com os amigos em uma sequência de cenas leves, bonitas e bem-vindas, até que anoiteça e, então, Nick pegue o Charlie pela mão para levá-lo para a sua casa – eles vão dormir juntos naquela noite. A cena é feito com todo o cuidado, beleza e sensualidade que cabe a Nick e Charlie, quando eles se beijam avidamente e, depois de Nick já estar sem camisa, Charlie pede que ele tire a sua também… pela primeira vez se sentindo à vontade para deixar que o Nick tire a sua roupa. E, então, eles começam a explorar um pouco mais de “todas as outras coisas que eles ainda podem experimentar”, e o amor e o respeito que eles têm um pelo o outro os guiam ali.

Muito bonita essa conclusão. Mais uma ótima temporada!

 

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