Glee 2x07 – The Substitute

“I thought you’d never ask”

Um contraponto interessante e bem-vindo a Will Schuester, performances icônicas e muita diversão (eu dei ótimas gargalhadas durante esse episódio!). Exibido originalmente em 16 de novembro de 2010, The Substitute é o sétimo episódio da segunda temporada de “Glee” e nos apresenta a Holly Holliday, a professora substituta que assume tanto as aulas de espanhol quanto o glee club na ausência de Will Schuester – ao mesmo tempo em que Sue Sylvester assume a direção no lugar do Figgins, porque deu um jeito de passar uma gripe para ele… e a presença de uma nova professora à frente do New Directions parece evidenciar todos os problemas que existem dentro do glee club por causa de uma direção até boa, mas que não escuta a voz dos alunos.

Sem o Mr. Schue, Rachel se apressa para assumir a liderança, o que nos rende um dos momentos mais HILÁRIOS do episódio, quando ela escreve no quadro branco o tema da lição (“Me!”) e pede que todos listem solos que gostariam de ouvi-la cantar nas Seletivas (a reação da Santana é impagável!), e então é o Kurt quem salva a todos… afinal de contas, Holly Holliday já fez um número musical espetacular ao som de “Conjunction Junction” quando foi substituta na aula de inglês, e Kurt sabe que isso a qualifica para o trabalho com o glee club… e ela chega ARRASANDO dando ouvidos a um pedido de Puck, que fala sobre a nova música do Cee Lo – e é assim que Holly performa “Forget You” e conquista quase todo o New Directions… com exceção, talvez, da Rachel.

Mas é bom ter alguém no lugar do Mr. Schue, na verdade. Mais de uma vez os adolescentes já reclamaram sobre como eles não são ouvidos, e o Will está mesmo acostumado a tomar todas as decisões sem consultar os alunos, mesmo que sejam eles que vão se apresentar e, por isso, eles deveriam ter mais voz em relação ao que querem cantar. Talvez, no fim das contas, o Will seja rigoroso e irredutível demais, e precise aprender a ouvir mais o que os jovens têm a dizer; mas talvez a Holly também seja liberal demais e precisa aprender um pouco a respeito de limites… de todo modo, eu sinto que a sua presença no New Directions acaba sendo boa para todo mundo: para os jovens; para ela confiar mais em si mesma; e para o Will perceber alguns de seus erros.

Com o Will doente e preso em casa, ele recebe a inesperada visita e ajuda de Terri, sua ex-esposa, que está pensando em aproveitar a situação para se aproximar dele e, quem sabe, reatar o casamento (!), e eu só não vou dizer que eu fico inteiramente bravo com ela porque ela pediu para ele tirar a camisa em uma cena – eu não vou caçar encrenca com quem faz o Will tirar a camisa. E, depois de 16 anos de casamento, Terri sabe qual é o filme que faz com que ele se sinta melhor quando está doente: “Cantando na Chuva”. É por essa paixão ao clássico filme que o episódio nos entrega “Make ‘Em Laugh”, que é um número de “Cantando na Chuva” brilhantemente recriado por Will e Mike… e como eu já disse várias vezes: é sempre bom ver o Mike dançando.

O Kurt, por sua vez, está distraidíssimo com o Blaine… o Blaine é exatamente o homem com quem ele sempre sonhou e, enquanto nada acontece entre eles, ele está feliz em ter um amigo gay que o entende como ele sente que ninguém nunca o entendeu antes – e essa proximidade toda com o Blaine faz com que a Mercedes se sinta deixada de lado, já que ela era a melhor amiga de Kurt, e ela meio que está descontando isso em bolinhos, que a agora Diretora Sue proibiu na escola… o fato de o Blaine estar fazendo o Kurt se sentir muito bem, no entanto, não muda o fato de que a sua vida na escola segue sendo um inferno por causa do Karofsky, e agora mais do que nunca, porque o Karofsky o beijou e está com medo de que ele conte sobre isso a alguém.

Kurt é, inclusive, ameaçado de morte. E é desesperador.

Rachel também tem uma lição a aprender com Holly Holliday, e posso dizer? EU AMO A SINCERIDADE DA HOLLY! Talvez não seja a coisa mais profissional que um professor poderia dizer, mas a verdade é que todo mundo que já trabalhou com adolescentes já teve vontade de dizer algo assim: “Rachel, você é chata”. A determinação da Rachel é, na verdade, uma boa qualidade sua, mas ela precisa se soltar um pouco também, fazer o que gosta, se sentir bem e feliz… e é assim que Holly lhe pergunta sobre algo que ela queira fazer no glee club e nunca pôde, e as duas nos entregam a MARAVILHOSA performance de “Nowadays/Hot Honey Rag”, e eu já disse mil vezes aqui no Parada Temporal: EU AMO “CHICAGO”. E amo a performance toda completa!

Lindas, lindas, lindas!

No fim das contas, gosto de acreditar que todo mundo se beneficiou da substituição… gosto de ver a Holly percebendo algumas coisas, mas se tornando mais confiante; e gosto de ver o Will entendendo que impor suas vontades e suas escolhas musicais aos jovens sem escutar o que eles têm a dizer não é a maneira ideal de conduzir o glee club. Assim, querendo que eles conheçam e cantem “Singin’ in the Rain”, porque ele ama o musical, Will pede a ajuda de Holly Holliday para tornar a música mais moderna, e é Holly quem a transforma em um mashup com “Umbrella”, e esse é, atualmente, um dos meus mashups FAVORITOS de “Glee”. “Singin’ in the Rain/Umbrella” é uma união perfeita tanto em melodia quanto em letra, e a performance é LINDA.

Amo muito!

 

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