Spare Me Your Mercy – Episódio 5
A caneta!
Eu amo. Por
mais repetitivo que possa parecer, eu preciso dizer que eu estou AMANDO
acompanhar “Spare Me Your Mercy”, e é
gostoso terminar cada episódio curioso
com o que vem a seguir e com como as coisas vão se desenvolver… confesso que,
dessa vez, eu não estou cheio de teorias. Eu gosto de fazer teorias, fiz muitas a cada término de episódio de “4 Minutes”, por exemplo, mas essa nova
série me passa bastante a vibe de “Manner of Death” (que eu amo!), então
eu acabo mais curtindo as reviravoltas
do que, de fato, tentando desvendar enigmas… tivemos uma “conclusão”
interessante para a trama de Boss e Somsak, bem como algum desenvolvimento para o romance de Wasan/Tew e Kan – mas eles
são meio que “um passo pra frente e dois pra trás”.
No fim do
episódio passado, Wasan percebeu que algumas histórias do Dr. Kan não estavam batendo com a realidade (não
tinha como ele ter machucado a cabeça tropeçando e batendo na maçaneta da porta
do banheiro de Somsak, por exemplo), então, por precaução, ele o algema para
fazer algumas perguntas – é isso ou levá-lo oficialmente para a delegacia.
Desculpem-me todos que não gostam de “comparações”, mas eu preciso dizer que
toda essa questão da algema também me
lembrou bastante “Manner of Death”,
embora lá tenha sido uma cena quente (se você não viu, não exatamente quente do tipo que você está pensando,
mas quente), e talvez isso tenha me
ajudado a gostar ainda mais… eu gosto
desse inevitável clima de provocação.
E rola
provocação!
Kan é
atacante… e eu ADORO isso. Eu gosto de como há algo de inegavelmente sedutor na maneira como ele diz para
Wasan que “as algemas são sexy, mas não são muito seu estilo”, e de como por
alguns segundos ele parece desmontar
o Wasan… mas a verdade é que ele não o teria dobrado tão fácil, no fim das
contas. O que acontece é que Wasan recebe uma ligação que traz um tipo
sanguíneo encontrado em uma evidência da cena do crime, e é o suficiente para
que Wasan decida dar a Kan um voto de confiança… um criminoso competente não
teria o seu tipo sanguíneo verdadeiro
na carteira no bolso, é verdade, ainda mais sendo um médico que poderia
falsificar aquilo, mas Wasan aceita o cadastro de doador de sangue de Kan como
uma prova de sua inocência…
Até que se
prove o contrário.
Assim, a
história toda da dúvida de Wasan e as algemas duram uma parte diminuta do
episódio, no fim das contas, porque a história começa a se encaminhar rumo a
outro suspeito… Boss. Depois de liberado, Kan começa a lembrar de coisas que
ele ouviu depois de ser atacado por Somsak na casa dele, e se lembra de ter
ouvido a voz de alguém, que agora ele subitamente reconhece como a voz de Boss – então, Wasan direciona a
investigação da polícia nessa direção, e eles confirmam que o fio de cabelo
encontrado na cena do crime era, de fato, de Boss… e ele é trazido para um
interrogatório, e posso dizer? QUE CENA! A maneira como Boss interpreta, como
ele inventa toda uma história elaborada, como ele parece estar sofrendo…
Ele é
excelente na dissimulação!
São duas
histórias que o episódio entrega… primeiro, a história que Kan conta para a
polícia, e que parece crível o suficiente para arquivar o caso: ele fala sobre
como “ele e Somsak estavam apaixonados um pelo outro”, algo que ele tem como
provar para validar a sua narrativa, e ele reforça a mentira de que Somsak era
o assassino e tirou a própria vida. O que torna tudo tão perversamente
grandioso, a meu ver, é a expressão de Boss, é a lágrima solitária escorrendo,
é a postura com a qual ele deixa a delegacia inocentado… até ele chegar em casa
e, então, sermos conduzidos à maneira como as coisas realmente aconteceram – e
descobrimos que foi mesmo o Boss quem matou o Somsak, para que ele não
denunciasse o Dr. Kan, que ele considera um herói.
Não é uma
grande surpresa… mas não resolve muita coisa.
Quer dizer,
foi Boss quem matou Somsak. Mas ele não é o assassino dos demais!
Ficamos nos
perguntando se a assassina pode ser On, e eu acho que é fácil acreditar nisso…
pode ser a resposta, mas justamente por “ser fácil acreditar nisso”, eu me
pergunto se talvez não estejamos sendo guiados a uma conclusão errônea. De todo
modo, “Spare Me Your Mercy” está
opondo, de alguma maneira, Kan e On. Eles trabalham juntos, mas talvez as suas
crenças e vontades não sejam exatamente as mesmas. Existe alguma divergência em toda aquela história com Urai, a mulher em
estado terminal que quer deixar um testamento e se casar antes de morrer – e a
mulher que é assassinada em uma cena chocante, antes de ela conseguir fazer
tudo o que ela pretendia fazer. Não foi o Dr. Kan… também não sei se foi a On,
mas quem sabe?
O episódio
também traz alguns momentos muito
bonitinhos para Wasan e Kan, e eu gosto de como já não sabemos mais o que é
aproximação por interesse e o que é uma conexão verdadeira, e essa “mistura”
também está sendo sentida pelos personagens, eu acredito. Eles jogaram muito um
com o outro, eu acho que eles se sondam constantemente, mas também há algo de real na maneira como Wasan presenteia
Kan com uma caneta personalizada pelo seu aniversário ou como Kan se desespera
com o sumiço dessa mesma caneta, porque eles iam sair naquela noite e ele
queria estar com ela… o “encontro”, ainda não necessariamente romântico, traz
bons momentos para a dupla e uma conversa sincera que nos deixa querendo mais.
Particularmente,
há algo nessa lentidão que me agrada… nem sempre acontece, mas aqui eu gosto. Há
algo de charmoso na cautela de Wasan, e eu gosto do que ele suscita ao pedir
tempo, mas alimentar esperanças – impressionante como aquele toque nas costas
do Dr. Kan representa tanto! Naturalmente, o pouco que avança ameaça retroceder
quando Urai aparece morta e Kan e Wasan se encontram na cena do crime. E o pior
é que, dessa vez, alguém está tentando incriminar o Dr. Kan pelo assassinato,
porque um objeto em especial é encontrado na cena do crime… um objeto que Kan
mentira para Wasan que tinha deixado em casa para não admitir que tinha
perdido: a caneta que ele ganhara de
presente. Mas não adianta: eu AMO as complicações dessa série!
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Confesso que dessa vez assisti primeiro ao episodio e só depois vim ler o texto. Mas vc descreve tão bem cada situação que é como se eu estivesse revendo tudo. Mantenho minha teoria desde o começo que a enfermeira é a culpada. E pelas cenas pós parece que ela tem culpa no cartório mesmo. Em relação ao desenvolvimento do romance não está me agradando muito. Mas continua sendo uma ótima série. Entra na minha lista das melhores desse ano.
ResponderExcluirVocê já deve ter assistido, mas o texto do Episódio 6 está pronto, vou postar para amanhã :)
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