Amigas e Rivais – Mundos Desiguais
“Siempre
tan amigas, siempre tan rivales…”
ADORO A
PREMISSA DE “AMIGAS E RIVAIS”. Nayeli, Jimena, Ofelia e Laura são quatro
garotas diferentes e não são apenas
laços de “amizade” que as une, mas também de “rivalidade” – mas o mais legal
disso tudo é que esses laços não são
definitivos. Desse modo, temos algo bem realista, em que nenhuma delas é
inegavelmente “boa” ou “ruim”, e as relações entre elas variam. Inicialmente,
tínhamos duplas de amigas, Jimena e Ofelia de um lado, Nayeli e Laura de outro,
mas então Laura acabou virando amiga de Jimena e, quando salvou a sua vida em
Acapulco, Nayeli acabou virando amiga de Ofelia; com o tempo, Jimena passou a detestar Laura novamente porque ela
estava saindo com o seu pai (!), e essa é uma dinâmica interessante para a
novela – mas não dá para negar, também, que alguns dos melhores momentos
acontecem quando as quatro estão juntas.
Uma
“rivalidade” que sempre existiu foi a de Jimena e Nayeli, mais por parte de
Jimena do que da outra garota – não que Nayeli seja totalmente “inocente”,
porque ela meio que adora provocar a Jimena com toda a história de Johnny. Mas
Jimena sempre detestou a garota pobre que trabalhava na sua casa, sempre
detestou que os outros a enchessem de mérito só porque “ela sofreu bastante”, e
tudo se intensifica quando ela se apaixona por Johnny, o rapaz americano que
abandonou a carreira de boxeador nos Estados Unidos para vir ao México atrás de
Nayeli… eventualmente, no entanto, quando Nayeli diz a Johnny que “não sente
nada por ele” (porque ela tem uma quedinha séria por Beto, irmão de Jimena),
Johnny dá uma chance a Jimena, e quando os dois se beijam, Dom Roberto resolve
“brincar de ser pai” e fazer todo um escândalo.
Além disso,
ainda tem Armando na jogada.
O Armando é
um ex-namorado de Jimena com quem as coisas não
ficaram bem finalizadas – assim, quando ele vê Jimena com Johnny, ele diz
que “ela é sua namorada”, e os dois acabam brigando no meio da boate, e não
seria a primeira vez que Johnny faz isso, né? Beto ajuda a separar a briga, e
Nayeli ajuda a acalmar Johnny, antes que a situação saia de controle… mas é para a casa de Armando que Jimena foge
quando as coisas caem em sua própria casa, com toda a questão de seu pai estar
namorando uma de suas amigas e o seu irmão está namorando a mulher que, até
pouco tempo atrás, era sua madrasta… nessa
situação toda, a verdade é que não podemos culpar Jimena por se embebedar,
porque tudo está bastante complicado, de verdade. O pai, preocupado, tenta obrigá-la a ir para uma reabilitação
em Nova York, mas ela se recusa.
“Com ele, não vai nem à esquina”
Jimena não
chega a ser “amiga” de verdade de Nayeli, mas eu gosto da estranha relação
entre elas – junto com Ofelia, Nayeli vai visitar Jimena na casa de Armando, e
ela avisa que “se estão ali para convencê-la a voltar, podem esquecer”, mas
Nayeli diz que não é para isso que estão
ali. Só estão ali para que ela saiba que são suas amigas e que “ela pode
contar com elas”. Jimena não quer acreditar nisso, não quer pensar em Nayeli
como “sua amiga”, mas a verdade é que ela está ali de verdade em momentos como
esse, quando ela precisa – e eu adoro o fato de Nayeli mostrar toda essa
abertura e bondade, mesmo para com pessoas que sempre lhe trataram de forma péssima… afinal de contas, Nayeli pôde
virar amiga de Ofelia, não pôde? E isso é muito SIGNIFICATIVO! Portanto, por
que ela não pode ser amiga de Jimena também, não é?
Uma cena de
que gosto bastante sobre a “amizade” controversa entre as quatro é quando
Andreia, a irmã de Laura, aparece dizendo que está grávida do cara que a estuprou. As quatro “amigas” se unem a
Andreia na beira da piscina e conversam, em uma cena importante em que muitos assuntos e muitas verdades vêm à tona.
Jimena fala com Andreia sobre aborto (e é uma discussão extremamente
PERTINENTE! Não vou entrar em detalhes, mas eu adoro como há gente que se
coloca em contra, dizendo que é um crime, e Jimena rebate dizendo que “um crime
é uma garota de 17 anos ter um filho de um estuprador”!), Nayeli diz que
“entende a sua situação”, e Ofelia lhe pergunta o que ela quis dizer com isso, fazendo Nayeli contar sobre as duas
tentativas de estupro que sofreu, bem como o fim de uma delas, em morte… e se abrir desse modo com essas pessoas
exige um nível de confiança interessante.
E eu gosto
de vê-las se conectar.
Amigas e rivais.
Por fim, só
gostaria de comentar brevemente o romance de Ofelia e Ulises, o Feio, e dizer
que eles são tão bonitinhos juntos.
As cenas são ternas, e ao mesmo tempo
profundamente sérias, pois Ofelia sofre com a doença que carrega – Ulises a
leva para jantar e lhe oferece uma bebida (sem álcool, no abacaxi), onde tem um anel de compromisso a esperando…
a relação é sincera e bonita, mas Ofelia joga limpo e diz que “não quer que
eles se casem”, pois teme que vá morrer a qualquer momento, e então ele vai
ficar viúvo absurdamente jovem – o mais bonito é que O FEIO NÃO SE IMPORTA, e não se importa de verdade… porque ele a
ama. Mesmo assim, é comum que uma pessoa na condição de Ofelia se retraia e
tente afastar pessoas como Ulises. Então, quando ele diz que “ela ainda vai
viver muitos anos”, ela fica intensa e diz que vai morrer logo e ele tem que se acostumar com isso.
Mas ela não
estava “brava” de verdade.
Ela estava sofrendo…
E ele sabe
disso L
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