Doctor Who (5ª Temporada, 1968) – Arco 041: The Web of Fear, Parte 1

Homens das Neves no metrô de Londres!

Os Yeti estão de volta, dessa vez nas abandonadas estações de metrô sob uma Londres misteriosamente deserta… mas e se eu disser que me parece um pouco rápido demais para esse retorno? Escrito por Mervyn Haisman e Henry Lincoln, também responsáveis por “The Abominable Snowmen” apenas três arcos antes (!), e dirigido por Douglas Camfield, “The Web of Fear” é o quinto arco dessa quinta temporada de “Doctor Who”, e foi exibido originalmente entre 03 de fevereiro e 09 de março de 1968, em seis partes – durante muitos anos, acreditava-se que apenas o primeiro episódio desse arco tinha sobrevivido, mas mais quatro episódios foram encontrados e, hoje em dia, apenas um dos episódios está reconstruído em forma de animação.

Acabamos de sair de “The Enemy of the World”, que foi o melhor arco do Segundo Doctor até o momento, e “The Web of Fear” parece inevitavelmente lento em comparação… ainda assim, eu acho que ele é mais interessante que “The Abominable Snowmen”, justamente pelas possibilidades que ele traz ao ser o retorno a algo que o Doctor, Jamie e Victoria já viram antes. Mais de 40 anos se passaram desde que a TARDIS se materializara no Tibete, quando o trio encontrou os Yeti e a Grande Inteligência pela primeira vez, e eles não sabem por que foram atraídos até aquele lugar… eles têm a companhia do Professor Travers, muitos anos mais velho do que ele estava no Tibete, e conhecemos um novo personagem que virá a ser icônico em “Doctor Who”

O então Coronel Lethbridge-Stewart.

“The Web of Fear” começa exatamente de onde “The Enemy of the World” nos deixou: no momento em que Salamander é sugado porta afora da TARDIS por ter dado “partida” nela antes de fechar as portas, e é o Jamie quem “salva” os demais, conseguindo fazer com que as portas se fechem… e, então, eles partem para uma nova aventura desconhecida – e eu adoro o fato de o Jamie dar uma leve provocada no Doctor, dizendo que ele não sabe controlar a TARDIS e que ela vai levá-los para onde ela quiser. Ele já aprendeu que é assim que funciona quando se viaja com o Doctor. Na verdade, as melhores cenas desse início de arco, para mim, acontecem ainda dentro da TARDIS, talvez porque eu goste muito da interação do Segundo Doctor com Jamie e com Victoria.

Enquanto o Doctor aguarda a sensação de materialização/pouso da TARDIS, ele percebe que o painel está indicando que isso já aconteceu – por causa de uma luz piscando que ele inicialmente acredita que é uma pegadinha do Jamie e da Victoria… mas eles realmente “pousaram”; ou quase isso. Eles estão “suspensos no espaço”, de alguma maneira, presos em uma teia misteriosa, e é só depois de conseguir “escapar” disso que a TARDIS se materializa de verdade em um lugar próximo, que se revela uma estação de metrô abandonada em Londres. E quando vemos os Yeti pela primeira vez, já sabemos que o Doctor e os demais foram atraídos àquele lugar pela Grande Inteligência… o porquê, no entanto, ainda é um mistério para aqueles viajantes.

Acho interessante como a história vai se desenvolvendo com Jamie e Victoria encontrando o Professor Travers – no início, ele quer saber o que aqueles jovens forasteiros estão fazendo ali, até que ele seja reconhecido e, consequentemente, reconheça também os jovens: Jamie e Victoria, os mesmos que ele conhecera no Tibete, mais de 40 anos antes! Mas ele sabia que eles tinham uma “máquina do tempo”, não? Agora, ele só tem a confirmação de que isso era mesmo verdade. O Professor Travers deixa Victoria responsável por atualizar sua filha sobre como eles se conhecem, enquanto ele e Jamie saem em busca do Doctor, que precisa ser salvo de uma explosão nos túneis subterrâneos. Felizmente, a explosão é contida/sabotada antes que possa fazer mal ao Doctor.

Eram necessários seis episódios para “The Web of Fear”? Temo que provavelmente não. Ainda assim, os fatos estão sendo colocados na mesa para serem explorados e desenvolvidos depois. Jamie acaba separado do grupo, o que é desesperador, levando-se em conta que ele é meu companion favorito em muito tempo, enquanto o Doctor e Victoria conhecem o Coronel Lethbridge-Stewart, um nome conhecidíssimo dos fãs de “Doctor Who”, e que ainda veremos bastante nos anos seguintes… especialmente com a UNIT e o Terceiro Doctor. O Doctor sabe que existe um traidor dentro da base, alguém que está trabalhando com a Grande Inteligência… mas quem? E, mais importante ainda: o que a Grande Inteligência quer dessa vez, com as teias e os fungos?

Qual é o grande plano?

 

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