Doctor Who (5ª Temporada, 1968) – Arco 043: The Wheel in Space, Parte 1
Cybermen em uma estação espacial!
Escrito por
David Whitaker, baseado em uma história de Kit Pedler, e dirigido por Tristan
DeVere Cole, “The Wheel in Space”
é o sétimo e último arco da quinta temporada de “Doctor Who”, e foi exibido originalmente entre 27 de abril e 01 de
junho de 1968, em seis partes – dessas, apenas duas sobreviveram e, diferente
de vários arcos e episódios perdidos do Segundo Doctor até ali, esse não
recebeu uma animação pela BBC, mesmo que seja um ponto importante da história
da série. Afinal de contas, “The
Wheel in Space” é a conclusão de uma temporada, bem como a estreia de
Wendy Padbury como Zoe Heriot, a nova companion
que entra na série no lugar de Victoria Waterfield, e é uma história com os
Cybermen, que estavam em alta nesse período da série!
Victoria
Waterfield decidiu ficar para trás, na Inglaterra, mesmo em um período que não
era seu, porque estava cansada de “estar com medo o tempo todo”, e agora o
Doctor e Jamie partem sozinhos na TARDIS para mais um lugar desconhecido… é
interessante esse momento pouco depois da partida de uma companion, especialmente quando tem outro que continua viajando com
o Doctor, porque podemos ver as reações, e eu gosto de ver o Jamie falando sobre a Victoria – muito embora
eu não gostasse tanto assim da Victoria, e eu acho que a dinâmica entre ele e a
Zoe é bastante promissora, a julgar
pelas primeiras cenas dos dois juntos… algo a ser explorado com mais calma nos
44 episódios que fazem parte da sexta temporada de “Doctor Who”.
Quando a
TARDIS se materializa em algum lugar e o Segundo Doctor e Jamie olham pelo
scanner, eles se deparam com uma série de imagens que rapidamente entendem não
ser o lugar onde eles pousaram… são “tentações”, como se fossem lugares melhores que a TARDIS está mostrando
para eles, os convidando a ir embora dali – e se a TARDIS os está avisando de
que alguma coisa está errada, então o perigo deve começar logo! Mas o Doctor
não pode “escapar”, nem que ele queira, por causa de um vazamento e um problema
na TARDIS que transforma o seu interior literalmente
em uma cabine de polícia, o que quer dizer que ele e Jamie precisam sair e
“explorar”, em busca de mercúrio… e eles se encontram em um foguete
assustadoramente vazio.
A premissa é
interessante, e eu gosto quando “Doctor
Who” consegue explorar o suspense. O Doctor e Jamie são uma dupla TÃO BOA
que eu talvez pudesse assistir à história inteira apenas com os dois naquele
foguete aparentemente abandonado sem explicações, mas eventualmente eles acabam
sendo levados para dentro de uma estação espacial, o que já nos aproxima do estilo de histórias ao qual estamos
habituados nessa fase da série… talvez o mais interessante da chegada do Doctor
e Jamie à Wheel é a maneira como Jamie fica responsável por prover informações
a respeito dos dois enquanto o Doctor está desacordado – e como o nome “The
Doctor” não é aceito para identificação, Jamie olha para um equipamento e dá
aquele nome falso para o Doctor…
John Smith.
SÉRIO, COMO
NÃO AMAR O JAMIE?!
Inclusive,
maravilhosa a cena do Doctor sendo chamado de “John Smith” e olhando para ver
com quem estão falando, até o Jamie conseguir fazê-lo entender que ele “é” o
John Smith. Também amo demais a cena do Jamie sabotador. Afinal de contas, o pessoal da estação espacial está
prestes a explodir o Silver Carrier,
que é o foguete do qual ele e o Doctor acabaram de vir, e ele não pode deixar
que isso aconteça… quer dizer, A TARDIS CONTINUA LÁ DENTRO! É muito bom ver o
Jamie sabotando o equipamento e impedindo a explosão do foguete, e dando como
explicação para sua atitude o fato de que “o Doctor dissera que não era para
destruir o foguete” ou qualquer coisa assim… amo a reação do Doctor, também,
porque o Jamie joga a responsabilidade para ele.
Sério, que
dupla fantástica esses dois!
E é também
nessa estação espacial, a W3, que encontramos Zoe Heriot pela primeira vez, e
eu não quero tirar muitas conclusões precipitadas, mas minha primeira impressão
a seu respeito é boa – e eu sinto que vou gostar muito mais dela do que gostava
de Victoria! Diferente de Victoria, Zoe é do futuro, extremamente inteligente
(ela trabalha como “bibliotecária” na estação, e tem um vasto conhecimento
sobre tecnologia, física e termos complicados!) e um pouco apegada demais à
lógica, o que vai ser algo que vai precisar ser desconstruído enquanto ela
viaja com o Doctor e com Jamie, eu acredito… e certamente há um quê delicioso de provocação entre Jamie e
Zoe (!), porque eles são de épocas e mundos completamente diferentes.
E ISSO PODE
SER TÃO BOM!
Por
enquanto, gostei de todas as cenas de Zoe Heriot, preciso confessar… a dinâmica
com Jamie funciona à perfeição desde o primeiro momento, até porque o Jamie
fica incomodado com como ela se acha inteligente, e adora o fato de ela não pensar em algo que o Doctor pensa,
porque é a chance de ele provar para ela que ela “não sabe tudo”, como
inicialmente parece acreditar… além disso, o Doctor também tem primeiras
interações interessantíssimas com Zoe – acredito que eles formarão um bom trio
na TARDIS. E enquanto eles vão formando
uma equipe, vamos descobrindo que tipo de ameaça eles estão prestes a
enfrentar no espaço: CYBERMEN. Antes mesmo dos Cybermen reaparecerem, um
Cybermat aparece, causando algumas pequenas dores de cabeça…
Me parece um
bom arco!
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