Primeiro Capítulo de “SIMONA” (22 de Janeiro de 2018)

“Cuando lloro me abrazas, ¿no?”

O COMEÇO DE UMA GRANDE HISTÓRIA. Quanta energia, quanta vida e quanto carisma nesse primeiro capítulo! Eu já estou começando a me apaixonar pelos personagens… pelo jeito meio destrambelhado e, às vezes, estourado de Simona, mas também divertida e de bem com a vida, em paralelo aos meninos, sobrinhos do grande empresário Diego Guerrico, que parecem ter liberdade um pouco excessiva, o que resulta em personalidades ocasionalmente problemáticas, onde percebe-se que ainda há muito a amadurecer. O primeiro capítulo de “Simona” tem energia e faz uma bela apresentação dos personagens, dos temas, e nos instiga a retornar para ver o que teremos pela frente – como será essa reaproximação de Marilina, por exemplo, com sua filha, depois de ter se afastado dela por causa de um acidente traumatizante no passado…

A primeira cena já é MUITO BOA e começa a ditar o ritmo e o estilo da novela. Aqui, vemos Simona de cabelo rosa, pronta para cantar com sua banda em um Festival numa espécie de boate, mas os seguranças não querem deixá-los passar, porque aparentemente eles não estão autorizados – e mesmo que Simona tente explicar que eles são a banda que tocará a seguir, nada permite sua passagem. O que não quer dizer que ela não passe de qualquer maneira. Enquanto isso, também conhecemos os outros personagens jovens do elenco. Romeo está gravando uma live e apresentando a banda (formada também por Dante e Júnior), e eu gostei muito de como isso pareceu moderno e tudo o mais… enquanto eles se preparam para subir ao palco e também se apresentar, eles conhecem Simona e a sua banda, no meio de uma confusão.

Acontece que uma das integrantes da banda, a nojenta namorada de Romeo, armou para que eles se apresentassem no lugar da banda de Simona – E POR ISSO A BANDA DA SIMONA ESTÁ SENDO BARRADA. Romeo julga a atitude da “namorada”, mas isso não o impede de subir ao palco e cantar, e por enquanto toda essa “revolta” ainda não me convence… ele não é assim tão melhor, não. Simona está furiosa, e grita que o lugar é deles, mas ela acaba sendo tirada pelos seguranças… Simona retorna para casa, com Chipi, explodindo de raiva, porque não conseguiram mesmo cantar, e eu gostei tanto de ver a Simona brava, porque a Ángela Torres atua lindamente (já deu para notar), e ela tem todo um magnetismo que nos convida a gostar da personagem já de cara; ela é divertida, ela é forte e determinada, e quando ela está brava desse jeito…

DELÍCIA ELA FALANDO RÁPIDO E SEM PARAR!

Mas a banda de Simona tem uma nova chance de cantar no Festival na noite seguinte, porque um dos membros da banda liga se passando por advogado e ameaçando processá-los – SENSACIONAL. Enquanto isso, na Casa Guerrico, acompanhamos os meninos festejando a apresentação comendo tudo o que foi cuidadosamente preparado pelos empregados para uma festa na casa no dia seguinte. Diego, o tio dos garotos, que é como um pai para eles, é um dos sócios de uma clínica que está sendo inaugurada na cidade, e a festa de inauguração acontecerá no dia seguinte na sua casa, e a chefe das empregadas está furiosa porque eles passaram o dia inteiro preparando tudo e os meninos chegam e devoram tudo em cinco minutos. Eu gostei dos meninos, mas eles precisam de certos corretivos. São debochados, levam uma vida boa, livres demais

Um contraponto a Simona.

Digo isso porque Simona é um amor. Ela é atrapalhada, sim, e toda molecona e cheia de brincadeiras e piadas, mas ela também é responsável, trabalhadora, e ama Rosa, a senhora que a criou junto com Chipi, com todo seu coração. Quando Rosa, que trabalha na casa dos Guerrico, liga para ela pedindo ajuda na festa daquele dia, ela acaba dizendo que vai… Rosa ficara incumbida de encontrar reforços para servir os convidados de Diego Guerrico durante a festa, mas eles cancelaram de última hora e ela não pode deixar os patrões na mão – assim, mesmo que Simona diga que não sabe servir, ela aceita ir… se Rosa está precisando dela, por que não? Mas ela leva Chipi consigo, e eu ADORO as duas naquele clima gostoso, divertindo-se, embora trabalhando, e dizendo para Rosa que “as duas juntas não dá uma”. Mas Simona pede para sair às onze.

Afinal de contas, ela vai poder cantar com a banda no Festival!

O capítulo também nos apresenta Marilina, a mãe de Simona, que não vê a filha desde que ela era um bebê, quando um acidente fez com que ela matasse o pai da garota com um tiro. Vemos a cena brevemente em um flashback, e ainda não entendemos exatamente como o acidente aconteceu, mas deve ser algo explorado ao longo da novela… e, para que os caminhos se cruzem, ela consegue emprego justamente na clínica que está sendo inaugurada. Feliz por ter conseguido um trabalho, ela aceita o convite de Diego para ir à festa de inauguração na sua casa naquela noite, logo depois de termos visto Rosa ligar desesperada para Simona pedindo a sua ajuda… o reencontro entre mãe e filha está fadado a acontecer naquela festa. Simona e Chipi, então, chegam atrasadas, um pouco depois das seis, e Simona está desgrenhada e suja depois de quase ter sido atropelada por Romeo, que sai descuidado em sua moto e nem a vê vindo de bicicleta…

Até caindo a Simona é cômica e leve. Mas brava.

Adoro <3

Simona levanta sem paciência e gritando com Romeo, mandando ele embora, e nem chega a reconhecê-lo da noite anterior, quando eles roubaram o seu lugar no Festival, e quem reconhece é a Chipi… a cena é ÓTIMA, mas elas vão logo ao trabalho, chegando atordoadas, conhecendo Dante (“Cada quadra, um músico”), e colocando seus uniformes para trabalhar… e é angustiante (divertidamente angustiante) ver Simona carregando uma bandeja totalmente sem jeito – ela avisou que não sabia ser garçonete! Mas nem precisava ter temido por qualquer coisa que Simona pudesse fazer, porque os próprios sobrinhos de Diego (trio atentado, minha nossa!) pregam uma peça nele, trocando o toque do seu celular para algo bizarro, e então fazendo-o tocar bem no meio do discurso dele. E, descaradamente, eles riem na frente de todo mundo.

Quando retorna para a cozinha, milagrosamente ainda sem ter derrubado nada, Simona conta para Chipi que “os meninos da banda são os sobrinhos do dono da casa”, Chipi fica toda animada e pergunta a Rosa o nome dos meninos – interessada, mas mostrando-se indiferente, Simona pergunta se “Romeo tem namorada”. E ele tem, mas não que eu ache que vai durar muito tempo… cansado dessa festa de gente rica e séria, e cansado da namorada chatinha, Romeo pega sua jaqueta e seu capacete, e sai sozinho da festa… enquanto isso, Rosa vê a mãe de Simona na casa, e já começa a ficar desesperada… ela não quer que as duas se reencontrem, mas não por maldade: apenas porque acha que Marilina fez muito mal a Simona, e não quer que a garota volte a sofrer… por isso, ela vai até a cozinha e inventa algo para que Simona não saia mais de lá.

Mas o que tem que acontecer acontece, de um modo ou de outro. Eventualmente, Marilina vê Rosa e vai falar com ela. Durante a conversa, ela diz que não pode se esconder para sempre, e que sabe que cometeu erros e machucou a menina, mas não foi por querer, e ela quer ver sua filha… Marilina pergunta a Rosa como Simona está (“Rosa, apesar de tudo, Simona é minha filha. É minha filha!”), mas Rosa diz que ela não tem que pensar só nela mesma, mas sim no bem de Simona. Mesmo assim, o destino se encarrega de colocar Simona e Marilina no mesmo recinto… Simona está na cozinha com Chipi, se divertindo enquanto canta de qualquer jeito e dança, e Marilina chega porque a chata (e ciumenta) da Sienna derrubou champanhe na sua roupa… quando Simona ressurge de debaixo da mesa (onde estava pegando alguma coisa), Marilina imediatamente a reconhece.

A cena é intensa e interessante, e Simona fica confusa enquanto a mulher a encara – ela até pergunta se tem algo no seu rosto, sem entender, mas Marilina desconversa, diz que “ela a faz lembrar-se de alguém”, e então sai da cozinha, encontrando Diego enquanto sai e dizendo que errou, e não pode aceitar o emprego. Rosa, por sua vez, diz a Simona que ela precisa ir embora – afinal de contas, já não está na hora de se apresentar com a banda? Com Simona e Chipi saindo pelos fundos para ir ao Festival, e Marilina saindo pela porta da frente, atordoada, a mãe chega a ver a filha uma última vez, e aquilo é bastante forte. Enquanto Marilina sofre, atordoada com tudo, Simona está completamente alheia ao que acabou de acontecer, e volta à sua peruca rosa, para cantar no Festival, para onde o Romeo também foi, talvez inconscientemente esperando reencontrar a garota de cabelo rosa do dia anterior… afinal de contas, ele foi informado de que eles cantariam naquela noite.

Então ele sabia onde estava indo…

Romeo assiste com certo fascínio, e a apresentação é mesmo fascinante. A música não é particularmente marcante, a princípio, mas é bonito ver a performance de Simona, que se libera e se realiza quando está no palco – ela merecia cantar, ela estava tão feliz. Quando Simona e Romeo se encontram depois da apresentação, ROLA UM CLIMA DANADO E INTENSO ENTRE ELES, MINHA NOSSA! Porque, de um modo ou de outro, existe uma história entre eles… há 10 anos, ou mais, quando ainda eram crianças, ele a encontrou uma vez no parque; ela estava chorando (porque Rosa não a deixava ir ao cinema), e ele a abraçou. E os dois lembram-se disso muito claramente, mesmo que não tenham se reconhecido no primeiro instante em que se viram novamente agora, depois de tanto tempo. O clima, no entanto, é interrompido por uma má notícia:

Rosa passou mal e está no hospital.

Simona sai correndo, desesperada, não pensa em mais nada, e vai para o hospital, saber como está a mulher que a criou, e Diego também está lá, tendo acompanhado Rosa depois que ela passou mal – e Romeo a segue. Chorando e preocupada com a “avó” (não é a avó, mas eu me sinto tão confortável a chamando assim!), Simona sai de dentro do hospital e se senta sozinha nas escadas da frente do prédio, na chuva, e é um cenário lindo onde Romeo a encontra… fofo e preocupado, ele se senta ao lado dela, provavelmente como fez há muito tempo, no parque. “Você está tremendo” “Sim. Mas não tenho frio. Tenho muito medo”. Ele diz que tudo vai ficar bem, e sabe disso porque ela é uma boa pessoa e a boas pessoas acontecem coisas boas. Quando ele faz um movimento para secar suas lágrimas, ela não permite, diz que precisa delas, e ele pergunta por quê. E ela responde: “Para que me abrace. Quando choro, você me abraça, não?” AI QUE MOMENTO MAIS LINDO ENTRE ELES! *-* E ADORO SIMONA POR DIZER ISSO! [Eu suspirei, mas eu sou mesmo um romântico incurável, e eu achei tudo aquilo absolutamente adorável!]

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Com a trilha sonora linda e a câmera se afastando, Romeo abraça Simona.

Romeo e Simona abraçados, nas escadas do hospital, na chuva…

QUE CENA FINAL MAIS PERFEITA! <3 “Simona” começou e começou com tudo!

 

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