Round 6 2x02 – Halloween Party
“O jogo não vai acabar enquanto o mundo não mudar”
Finalmente
chegamos ao momento em que Gi-hun e Jun-ho SE JUNTAM. Sigo, de alguma maneira,
dividido por essa nova temporada de “Round
6”. Como comentei anteriormente, eu não acho que a série precisava de uma segunda temporada, e o
fato de ela ter sido concebida como história fechada faz com que eu me preocupe
com uma sequência, mas eu estou muito feliz de estar de volta, porque gosto da
trama, da crítica, das possibilidades… e é verdade que parte de mim está
ansioso para retornar aos jogos e vê-los sob uma nova perspectiva, agora que o
Jogador 456 está retornando, mas eu
também gosto da novidade de explorarmos novos cenários, novas relações e novas
dinâmicas… de todo modo, ainda não dá para saber bem como será a temporada.
No fim do
episódio passado, Seong Gi-hun teve uma sequência fantástica (e parcialmente
angustiante) com o recrutador, que termina com o momento em que o recrutador
leva o jogo proposto por ele mesmo até o fim e se mata – e, agora, Jun-ho
aparece para prender Gi-hun em flagrante por esse assassinato… e o teria levado
preso, se Gi-hun não tivesse conseguido uma ajuda que faz com que as coisas
mudem. Com Jun-ho amarrado, os dois têm uma conversa interessante tanto sobre
as vezes em que se encontraram antes (uma antes de Gi-hun entrar no jogo, outra
dentro do jogo, quando o policial o
indagou sobre In-ho, seu irmão) quanto sobre o que pretendem fazer de agora em
diante. E, na verdade, os dois têm um objetivo em comum…
Acabar com os jogos. Derrubar todo o
sistema.
Talvez
exista alguma limitação nos planos, e vamos ver como eles se desenrolam nos
próximos episódios, mas também existe algum
cuidado… alguma estrutura sendo preparada. O dinheiro que Gi-hun ganhou no jogo
está sendo utilizado para acabar com eles,
com a contratação de toda uma equipe especializada que pode ajudá-los – ou
deveria. Com um chip implantado em um dente falso colocado no lugar de um
arrancado, Gi-hun está “pronto para enfrentar o sistema”… e, se for necessário,
para voltar para o jogo. Nós percebemos tudo se desenhar conforme as coisas vão
parecendo maiores do que são, e nos perguntamos qual poder Gi-hun e todos ao
seu lado têm de verdade. No fim, ele liga para a filha, sem dizer nada, para
escutar sua voz.
Esperando que não seja a última vez, mas
sabendo que pode ser.
Gi-hun
utiliza o seu “convite” para uma festa de Halloween, que é o lugar perfeito
para os mascarados por trás dos jogos aparecerem e passarem despercebidos:
todos estão fantasiados e usando máscaras na boate a que Gi-hun é encaminhado…
do lado de fora, Jun-ho vê quando duas pessoas usando os macacões rosa do jogo
entram, e não há muito que ele possa fazer de lá: Gi-hun é acompanhado até uma
limousine branca, em uma sequência que eu considero uma mistura inusitada de
ação, drama, terror e suspense – com direito a uma citação a “Matrix” e tudo, da maneira deturpada
como o chefe dos jogos o enxerga… e é justamente com ele que Gi-hun quer
conversar, mas “mandar ele parar com os jogos” não é o que de fato vai fazer
com que ele pare.
Infelizmente,
o pessoal dos jogos está muito mais preparado do que Gi-hun – eles fazem isso
há anos sem serem pegos! É toda uma quadrilha que inutiliza todas as forças que
estavam por perto para ajudar Gi-hun e/ou capturar os responsáveis pelo jogo,
enquanto Gi-hun está tendo uma conversa remota (mas o chefe está mais perto do
que ele imagina) sobre os jogos e sobre o mundo – sobre a farsa da “escolha”
que é supostamente escolhida para justificar todos os crimes cometidos, quando
as pessoas não têm, de fato, uma escolha…
coisas em que Gi-hun acredita, com razão, e com as quais o chefe dos jogos não
concorda. Assim como o antigo 001 também não acreditava, e se recusou a ver a prova
de que o mundo não era como ele dizia, quando morreu naquela cama de hospital
sem olhar pela janela…
No fundo, sabendo que estava errado.
Quando tudo
dá errado, Gi-hun parte ao Plano B: pede
que o coloquem de volta no jogo.
Agora, VAI
COMEÇAR!
Imagino que
vá ser bem interessante acompanhar No-eul, uma personagem promissora e cuja
trama tem uma reviravolta maravilhosa nos minutos finais do episódio. O
episódio nos apresenta a No-eul como uma trabalhadora dentro de uma fantasia de
coelho rosa, em condições insalubres de trabalho, mas encantando as crianças… a sua relação com uma garotinha com
leucemia que se encanta com o coelho rosa é breve e bonita, com direito a um
desenho que lhe é dado de presente e que é a maior demonstração de carinho que
a garotinha podia dar ao “coelho”, e é importante na concepção da personagem,
tendo em vista que No-eul está buscando incessantemente ao seu próprio filho –
uma criança de 1 ano que está provavelmente morta.
É dolorosa a
apresentação de No-eul, e competente. A falta de lugar para dormir, todo o
dinheiro gasto em uma busca que todas as demais pessoas consideram infrutífera,
o trabalho infernal, e o convite para os jogos… antes de partir para os jogos,
No-eul visita o hospital para visitar a garotinha com leucemia que acabou
internada e devolver o gorro vermelho que ela sempre usava e que deixou caído
na rua quando passou mal, e então ela faz uma ligação para se inscrever. A parte mais interessante e que mais me empolga nessa
parte da trama é a reviravolta do fim do episódio, quando percebemos que ela
não está se inscrevendo como uma jogadora – quando os jogos estão prestes a
começar, a vemos colocar o macacão rosa e a máscara.
Ela está indo para trabalhar!
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