SIMONA – Simona fica brava com Romeo

“Eu sou apenas uma empregada; você, o sobrinho do meu patrão”

SIMONA JÁ ESTÁ CAIDINHA POR ROMEO. Não sei se ela está realmente apaixonada e se esse “relacionamento” tem futuro (!), porque talvez seja mais uma forte impressão, e talvez seja a memória vaga de um “amor platônico” de infância, lá de quando ele foi gentil com a ela a abraçando no parque… de qualquer modo, não dá pra negar que os primeiros momentos dos dois na Mansão Guerrico foram intensos – especialmente aquele momento do chuveiro. Escondendo-se de Rosa, que apareceu na Mansão Guerrico para levar uma amiga sua para substituí-la pelos 15 dias que ela tem que estar de repouso, Simona acabou em um banheiro, e ficou ali, sem ter como sair, até o momento em que Romeo aparece para tomar banho, completamente nu, e a encontra lá dentro… a cena é divertida, e Dante é quem os encontra primeiro.

E diz que “aquela é uma casa de família”.

Romeo tenta se explicar para o irmão, tenta dizer que não aconteceu nada do que ele estava pensando, enquanto Dante o manda “pensar com a cabeça de cima” (afinal de contas, ele tem namorada!), e Romeo acaba fazendo um comentário bastante infeliz e maldoso… quando Júnior também aparece e se inteira de tudo, os irmãos provocam Romeo, que diz algo sobre “até parece que ele ia ficar com a empregada”. E Simona está do lado de fora, ouvindo a confusão, e pega o comentário… ela ainda está ali fora, logo em seguida, quando os irmãos saem do quarto e, ao vê-lo, Romeo pergunta se ela estava ali – e percebemos que, imediatamente, ele se arrepende do comentário que fez… mas agora já é tarde demais. O que foi dito já foi dito, e podemos ver que Simona está magoada com aquilo… não que achasse mesmo que “tinha chances” nem nada, mas o comentário é grosseiro.

Estragou tudo, hein, Romeo?

Mais tarde, Simona sai de bicicleta para visitar Rosa em casa, e tenta escapar sem falar com Romeo, mas não consegue – ela está brava com ele, e isso é visível em sua postura, sem tom de voz, em cada parte de seu ser! Ele até se oferece para levá-la até a casa, mas ela diz que “consegue sozinha”. Então, Romeo pergunta “se está tudo bem” e se “eles ainda são amigos”, e, magoada, ela diz que eles nunca foram amigos, e tudo está muito claro: ela é apenas uma empregada, e ele é o sobrinho do seu chefe e, consequentemente, seu chefe também. É engraçado como Simona consegue expressar o quanto está sentida, ao mesmo tempo em que é perfeitamente cômica, e nos faz rir… esses dois ainda vão se olhar, ainda vão se provocar, e vão deixar que coisas não ditas se coloquem entre eles. Afinal de contas, as coisas não podiam ser fáceis.

Quando chega em casa, Simona percebe que não vai poder mentir para Rosa por muito tempo – ela já se deu conta, assim de cara, que Simona não dormiu em casa naquela noite, então ela nem tenta mentir… simplesmente diz a Rosa que estava na casa dos Guerrico, e que está trabalhando lá para substituí-la enquanto ela está de repouso, e a cena das duas é MUITO BONITA. Chorando, Rosa diz que não gosta de saber que ela está trabalhando na casa dos outros, e Simona explica que é só uns dias… Rosa quer um futuro melhor para Simona, quer que ela estude, e Simona, toda fofa e boa filha, diz que entende isso tudo, mas também diz que Rosa não está muito bem e, agora, é a vez de ela e a Chipi cuidarem um pouco dela, depois de tudo o que ela sempre fez por elas, a vida inteira. Rosa diz que sente sua falta e que “a casa não tem luz quando ela não está lá”.

De volta à Mansão Guerrico, Diego conversa com Simona sobre como sabe que ela mentiu para Rosa, e ele não gosta que a senhora não saiba que ela está trabalhando ali, mas agora Simona já pode dizer que contou toda a verdade, e eu ADORO como ela diz isso para o patrão, dizendo que já conversou com a mãe e “está tudo bem”, mas, se ele não acredita, “pode ligar para ela” – e ela quase enfia o celular no ouvido de Diego ao dizer isso… graças ao celular, que é de um modelinho antigo, “mas funciona”, Diego acaba conversando com Simona sobre os sobrinhos, sobre como eles sempre querem “o celular do último modelo” e assim por diante e, sem hesitar, Simona diz que talvez a culpa seja um pouco dele. Ela percebe, eventualmente, que não deveria ter dito aquilo, mas ela sempre fala antes de pensar, e, mesmo quando percebe, já é tarde demais.

Mas isso é que é FASCINANTE em Simona. Ela é espontânea, ela é natural, não há um pingo de fingimento nela. E é isso que vai fazer com que ela conquiste as pessoas por perto… pessoas como o próprio Diego, que cada vez mais vai gostar das conversas que tem com ela. Afinal de contas, ela é verdadeira e diz o que pensa, enquanto a maioria das pessoas, ao conversar com Diego, tentam dizer aquilo que acreditam que ele quer ouvir… a sinceridade deve ser uma das maiores virtudes do ser humano, mesmo que às vezes ela possa ser dolorosa. Simona, percebendo que não pode voltar atrás no seu comentário, e cativando o interesse de Diego para “saber mais” sobre o que ela quer dizer, explica que talvez os sobrinhos sejam “malcriados” porque ele sempre disse muito “sim” para eles… e eu adoro a Simona imitando cada um deles.

Quer dizer, o Júnior e o Dante.

Ela não tem coragem de imitar o Romeo.

Até porque ela ainda está meio chateada/magoada com o comentário que ouviu dele. O que não quer dizer que ela ainda não tenha um crush danado no rapaz, e às vezes até passa dos limites tentando impedi-lo de estar sozinho com Lula, por exemplo. Quando Romeo chega em casa com Lula, ela pergunta “se o tio sabe que uma menina vai ficar ali”, e Lula, debochada e adorando provocar, diz a Simona que “ela é muito ingênua”, e que eles já são grandes. Simona não gosta do comentário, mas não há o que fazer. Ela não pode mandar o Diego até o quarto novamente, e pode lhe doer, mas ela precisa aprender a lidar com os seus sentimentos, e com o fato de que, talvez, Romeo nunca olhe para ela… afinal de contas, como ele disse naquele comentário: ela é “apenas” uma empregada. Ele, por outro lado, é o sobrinho do grande Diego Guerrico.

Eles pertencem a mundos distintos…

 

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