Chiquititas Brasil (1ª Temporada, 1997) – A fuga de Mili e Júlio

“Acabou a brincadeira. Agora eles vão conhecer a verdadeira Cíntia”

Mili está a um passo de ser transferida do Orfanato Raio de Luz… e enquanto ela não souber quem pode ajudá-la a ficar ali, TALVEZ FUGIR SEJA A MELHOR SOLUÇÃO. Cíntia acredita que a Mili a viu beijando o Armando na diretoria do orfanato e está se fazendo de sonsa sobre isso, então ela está tentando se aproveitar de uma regra que diz que “ao completar 12 anos as crianças daquele orfanato devem ser transferidas para uma instituição de ‘crianças mais velhas’” para se livrar de Mili. Felizmente, antes que isso possa se concretizar, Pata descobre a carta que Cíntia pretendia enviar à secretaria sobre a transferência, então ela e Mili estão um passo à frente agora. E, no fim das contas, uma coisa “boa” veio de toda essa história: a máscara da Cíntia caiu.

Faz algum tempo que a Pata desconfia da “extrema bondade” de Cíntia, mas agora ela sabe, com toda a certeza, que Cíntia não presta. Se não bastasse a carta que fala sobre transferir a Mili, Pata ainda escuta uma conversa entre a Cíntia e o Armando na qual a Cíntia garante que “vai fazer de tudo” para que a Milena vá embora e não volte nunca mais… depois de escutar essa conversa, Pata aconselha Mili a fugir: se ela chegar a ser transferida mesmo, talvez seja difícil demais voltar, por causa de todos os trâmites legais – é só ver o que está acontecendo com a Dani e como está difícil para a Carolina conseguir a guarda dela! Então, Mili concorda que essa é mesmo a melhor ideia, e pretende fugir naquela noite… esperando que em breve possa estar de volta.

Se ao menos o Dr. José Ricardo estivesse na cidade…

A despedida de Mili e Pata na hora da fuga é uma das cenas mais bonitas e mais tristes dessa primeira temporada de “Chiquititas”, ainda que nós saibamos que, eventualmente, tudo vai ficar bem, com a Mili de volta no orfanato e a Cíntia fora da diretoria – ainda assim, os sentimentos são muito intensos naquele momento. Pata é sua cúmplice, e elas se despedem na sala do orfanato, com um abraço apertado, um beijo carinhoso no rosto e um desejo de sorte… e, então, Mili sai. Felizmente, Mili não vai realmente sozinha, porque o Júlio a está esperando do lado de fora: ele pretende ir com ela. Então, os dois saem sozinhos, tendo que encontrar maneiras de se virar, de conseguir comida e, se for preciso, de ir para bem longe antes de eles serem descobertos.

Enquanto isso, Pata lida com as consequências de ter sido a cúmplice de Mili… quando Cíntia percebe que Mili desapareceu no dia seguinte, Pata é imediatamente pressionada para contar onde ela está, já que é sua melhor amiga, mas a Pata é MARAVILHOSAMENTE desafiadora dizendo que a Mili foi embora e “não vai voltar nunca mais”, mas sem contar para onde ela foi – até porque, na verdade, ela não sabe. Deixando sua encenação de boa pessoa de lado, Cíntia ameaça a Pata e a prende no porão, de castigo, onde pretende deixá-la até que ela diga a verdade… ganhamos cenas fortes como a Cíntia descendo pessoalmente para pressionar a Pata, com uma bandeja de comida, e a Pata corajosamente virando a bandeja e dizendo que não vai dizer nada…

Cíntia diz que “a Pata nunca mais vai sair dali”.

Mas, felizmente, o Chico a descobre presa. E A QUEDA DA CÍNTIA COMEÇA!

Enquanto as coisas estão acontecendo no Orfanato Raio de Luz, Mili e Júlio precisam se virar. Inicialmente, eles vão para um apartamento vazio que é da mãe do Júlio, cujas chaves ele convenientemente roubou, mas eles continuam sem ter o que comer, de qualquer maneira, então eles saem para a rua para pedir esmolas, e o Júlio rouba umas bananas da feira… mas eles não vão poder continuar ali por muito tempo, porque sabem que todo mundo já deve estar atrás deles a uma hora dessas, então Mili pensa em fazer o que o Mosca pretendia fazer, lá no começo da novela: pegar um ônibus e ir para longe. Ou, como o Júlio sugere, um caminhão… o problema, é claro, é que eles não sabem para onde está indo o caminhão que eles pegam – e é assim que eles acabam na Argentina.

 

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