Glee 2x18 – Born This Way
“You were
born this way, baby!”
UM DOS
EPISÓDIOS MAIS AMADOS DA HISTÓRIA DE “GLEE”.
Exibido originalmente em 26 de abril de 2011, “Born This Way” é o décimo oitavo episódio da segunda
temporada da série, e é um episódio com duração especial: são 58 minutos de uma
história potente e números musicais marcantes. Como o título sugere, a trama do
episódio parte do conceito de “Born This
Way”, uma das melhores músicas da Lady Gaga, e que a cantora autorizou que “Glee” utilizasse antes mesmo do lançamento da música, o que quer dizer que entre o
lançamento oficial da canção e a exibição desse episódio em “Glee”, se passaram apenas
aproximadamente 2 meses. “Born This Way”
é um HINO de Lady Gaga que tem tudo a ver com o New Directions e o conceito
todo de “Glee”.
A trama
começa por causa de Rachel… quando os desajeitados passos de dança de Finn
causam um ferimento em Rachel e ela precisa ir ao hospital para cuidar do nariz
quebrado, o médico faz de tudo para convencê-la a “aproveitar e fazer uma
rinoplastia”. E como uma garota insegura que sempre sentiu que sua beleza era inferior à de Quinn Fabray, Rachel
parece inclinada a aceitar a proposta… mesmo com todo o glee club preocupado e tentando convencê-la do contrário. É através
dessa trama que o Mr. Schuester pensa na tarefa da semana: ele anuncia que eles
vão cantar “Born This Way” e os
incentiva a escolher algo que sempre tentaram esconder ou de que não gostem em
si mesmos para converter em uma estampa de camiseta e usar orgulhosamente no
peito…
Inicialmente,
a proposta do Mr. Schue não sai exatamente como o esperado… nem mesmo Emma, que
é levada como um “exemplo” do que eles precisam fazer, tem coragem de abraçar a
proposta como deve ser feito. Rachel está determinada a “ter o nariz de Quinn
Fabray”, e essa trama entrega um dueto interessante que é um mashup entre “I Feel Pretty” e “Unpretty”,
e eu acho essa cena TÃO PODEROSA! Gosto da mensagem que está sendo passada
aqui, de como todos tentam convencer Rachel de que ela não precisa fazer uma
plástica no nariz, porque ela é linda como é… vários tentam conversar com ela,
mas é o Kurt quem lidera uma intervenção (ou melhor, uma “Barbravenção”) com um
flash mob no shopping, ao som de “Barbra Streisand” – e eu gosto
bastante dessa cena!
Enquanto
isso, Quinn continua com a sua obsessão de se tornar A RAINHA DO BAILE, e ela
encontra uma concorrente inesperada: Lauren
Zizes. Eu gosto muito de algumas coisas nessa trama… gosto demais da Lauren falando de toda a sua
investigação até “descobrir a verdade sobre Quinn”, por exemplo, e embora eu
não seja lá um grande fã de toda essa trama de a Quinn ter sido Lucy e ter “se
transformado”, a mensagem é forte aqui: Quinn era uma garota que se sentia feia
e excluída e ela mudou tudo a seu respeito para “conseguir andar pelos
corredores da escola como se ela fosse a dona do lugar”; Lauren, em
contrapartida, já faz isso confiante de quem ela é, sem precisar mudar nada a
seu respeito. E eu acho que essa é uma das melhores histórias da Lauren em “Glee”.
Sabe quem
mais está de olho no título de Rainha do Baile? Santana. E Santana sabe que não
vai ser fácil as pessoas votarem nela… a não ser que ela faça algo grandioso,
grandioso como trazer o Kurt de volta
para o McKingley High. Gosto de ver a maneira como as engrenagens funcionam
na mente de Santana, e ela saca que Dave Karofsky é gay quando ele olha para a bunda de Sam enquanto o Sam
está tomando água, então ela percebe que essa é a sua grande chance: sempre
me divirto com a maneira equivocada
(no mínimo) como Santana diz e faz as coisas, mas como, no fim, ela faz coisas
boas… e a conversa de Santana com Karofsky traz vários momentos maravilhosos (“Only straight I am is straight up bitch”)
e a proposta de eles serem “um casal de fachada”.
A cena em
que Dave Karofsky se apresenta em frente ao New Directions para dizer que
“mudou” é fantástica como só “Glee”
poderia nos entregar, porque tem a profundidade, o drama e o peso de todo o
sofrimento que Karofsky causara ao Kurt, fazendo com que ele tivesse que mudar de escola e tudo, com
o glee club revoltado com a sua
simples presença, mas também traz o inusitado humor das expressões assombradas
de todos quando Karofsky fala sobre como “Santana o fez perceber seus erros” (“Wait… Santana?”) e/ou as expressões de
desgosto quando eles seguram a mão um do outro. Mas, juntos, Santana e Karofsky
fundam um grupo anti-bullying no McKingley High, e independente do motivo por
trás disso, acho que é uma iniciativa boa…
Não?
De todo
modo, é o suficiente para que Kurt Hummel retorne. O retorno de Kurt é bem
trabalhado pelo episódio, e aquela conversa dele com Karofsky é EXCELENTE,
porque Kurt coloca todas as cartas na mesa quando está sozinho com ele na
diretoria, mas ele quer voltar porque
sente saudade de casa, então ele
retorna – com direito a uma despedida emocionante com os Warblers e um
reencontro com o New Directions, que o recebem de braços abertos. “Somewhere Only We Know”, a despedida
dos Warblers, é lindíssima, e o Darren Criss está, talvez, mais lindo do que
nunca. “As If We Never Said Goodbye”,
por sua vez, é um belíssimo solo do Kurt, mostrando o seu talento e o seu amor
por aquele lugar e aquelas pessoas que ele chama de lar…
Que retorno
poderoso!
Bem-vindo de
volta, Kurt.
O episódio
também lida muito bem com a personagem de Emma, e traz grandes cenas para ela.
Quando faz a sua camisa branca com uma palavra/frase escrita, Emma coloca
“RUIVA”, mas Will esperava vê-la usando uma camiseta que dissesse “TOC”, e ele
a incentiva, de maneira imperativa, a buscar
ajuda… e ela finalmente o faz. Aquela fala da terapeuta em aproximadamente
2 minutos de consulta, que é o que resta a Emma depois de ela passar os
primeiros 48 minutos desinfetando a cadeira para sentar, é um dos momentos mais
realistas e mais responsáveis de “Glee”,
na minha opinião. Tem muita verdade ali, e eu fico orgulhoso do passo
importante que Emma está dando reconhecendo
que ela precisa de ajuda, e aceitando que sua
doença não é quem ela é.
A Emma
chorando no consultório, ela tomando o remédio depois…
Ela chegando com a camiseta branca escrita
“TOC”. QUE HISTÓRIA BEM CONTADA!
A grande
conclusão do episódio é, como tinha que ser, ao som de “Born This Way”, e eu amo absolutamente tudo a respeito dessa cena.
Como eu já disse e sempre direi, “Born
This Way” é uma música lindíssima da Lady Gaga! Eu adoro a mensagem de que
não há nada de errado em ser que eu sou, que eu sou perfeito assim, que eu
“nasci assim”. E todo o episódio é construído para culminar nesse momento em que o New Directions sobe ao palco não só
para dar um show musicalmente, mas para abraçar os aspectos que lhe fazem
diferentes, as coisas que nem sempre aceitaram sobre si mesmos, mas que não os
torna menos perfeitos, porque eles nasceram
desse jeito… não tem como não AMAR a força e a beleza dessa performance,
dessa mensagem e desse episódio!
Termino
profundamente emocionado. E chorando, mais uma vez.
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