The White Lotus 3x02 – Special Treatments

“Nothing comes from nothing, right?”

Sabe uma das coisas que eu mais gosto em “The White Lotus”? A maneira como tem muita coisa acontecendo e às vezes a gente nem se dá conta… há todo um clima de mistério, se pararmos para pensar, e espaço para fazermos teorias de como chegaremos ao que vimos na abertura da temporada, através do ponto de vista do filho da Belinda e, enquanto isso, as coisas estão pegando fogo sob a superfície. Temos um trio de “amigas” que secretamente (ou nem tão secretamente assim) se odeia; temos um casal que não conseguimos bem entender por que está junto; temos uma família problemática em vários sentidos, mas que tenta “manter a pose”; e temos funcionários que têm suas próprias vidas, desejos e, quem sabe, planos?

Infelizmente, ainda não tivemos muito de Belinda nesse episódio – e eu acho que a sua trama deve ganhar destaque a partir do momento em que seu filho chegar. Por enquanto, no entanto, a vemos compartilhar com Pornchai alguns ensinamentos… afinal de contas, ela está ali em um intercâmbio de trabalho. Como ambos têm práticas de bem-estar diferentes um do outro, eles resolvem “testar” o que o outro faz, e isso gera alguns momentos interessantes. Não vou ser hipócrita e fingir que o que mais me interessou nessa trama toda não foi o Pornchai seminu… quer dizer, eu fiquei tão chocado quanto a Belinda, porque não sabia que tínhamos tudo aquilo escondido sob as roupas – e UAU. Também ainda aguardamos mais de Belinda e Gary.

Por enquanto, foi só um olhar desgostoso.

Também não sei bem o que esperar de Gaitok e de Mook. Preciso dizer que eu acho o Gaitok um fofo e eu gosto do personagem meio que de graça. Ele tem um sorriso extremamente carismático que me faz querer torcer por ele, e essa coisa de “ele estar apaixonado pela garota que conhece desde sempre” é fofo… mas possivelmente sem futuro? Quer dizer, quando Gaitok finalmente consegue falar sobre o que sente, Mook não parece levá-lo a sério. De todo modo, eu acho que teremos muitas mais histórias além desse “romance” nessa parte da história, e me pergunto onde entra Valentin nisso tudo. Enquanto escrevi esse texto, minha cabeça até começa a fazer algumas teorias, mas eu acho que não preciso me prolongar aí por enquanto.

A família Ratliff, que foi uma das partes mais interessantes do primeiro episódio, na minha opinião, tem uma história mais “modesta” aqui, mas percebemos algumas coisas acontecendo. Observamos Victoria e a maneira como ela parece estar sempre dopada de remédio, por exemplo, com destaque àquela cena incômoda na qual uma das três amigas tenta se aproximar; vemos Timothy recebendo ligações que indicam que as coisas realmente não andam bem e que ele pode ter que pagar por ações ilegais; e os filhos… bem, qual é a deles, afinal? Saxon é estranhíssimo e sem noção, mas qual a intenção do Lochy quando ele traz à tona em uma conversa com Piper que “o Saxon disse que ela nunca transou”? O que isso significa?!

Kate, Laurie e Jaclyn… eu acho que esse trio representa muito bem a essência de “The White Lotus”. As três vivem de aparências, vivem de relações falsas, vivem de não dizer o que realmente pensam, pelo menos não na frente dos demais, e isso gera uma das dinâmicas mais desconfortáveis e mais interessantes de se assistir. Eu fico um pouco angustiado com como os comentários excessivamente elogiosos são forçados, de como elas parecem querer reafirmar em palavras o tempo todo “como são amigas”, e de como surge algo de mais verdadeiro a partir do momento que, na ausência de uma delas, as outras duas começam a falar mal da terceira… ainda assim, mesmo nesse momento, elas o fazem com um ar de superioridade e com toda a falsidade do mundo.

Curiosamente, é fascinante.

Por fim, temos o casal formado por Chelsea e Rick, e a relação entre eles é o que menos importa, no fim das contas. A relação é bizarra e quase sem sentido, mas a história promete para ambos – de um lado, temos Chelsea se aproximando de Chloe; de outro, temos Rick que aparenta ter uma vingança pessoal ou algo assim contra Sritala ou o marido dela. De todo modo, ambos ganham cenas importantes nesse episódio: Rick na sessão dele com Amrita, por exemplo, na qual ele fala sobre não se lembrar de um momento em sua vida no qual não conhecesse o estresse, e explica o porquê; ela quando ela está comprando joias com Chloe e é assaltada dentro do hotel. Quem está por trás desse assalto, no fim das contas? É parte de algo maior? Está conectado ao gancho do início?

Enfim, muitas perguntas, muitas possibilidades.

 

Para mais postagens de “The White Lotus”, clique aqui.

 

Comentários