The White Lotus 3x03 – The Meaning of Dreams

Tsunami.

Em uma sequência excelente, o episódio começa com um sonho de Victoria Ratliff que ela imagina que tenha sido causado pelos vídeos que Lochlan tem mostrado para eles sobre o tsunami que acontecera ali na Tailândia anos antes – mas que, como Piper imagina, também podem ser uma espécie de “aviso” ou de “sinal”. Gosto de como “The White Lotus” brinca com essas simbologias, e como nos faz entender que estamos, talvez, naquele momento em que o mar está recuando, para depois vir e levar tudo… em algum momento, o caos vai tomar conta dessa temporada, mas, por enquanto, as peças estão sendo posicionadas no tabuleiro e as tensões entre os personagens estão aumentando gradativamente… até o momento do tsunami.

De maneira imediata, talvez imaginemos o “tsunami” da abertura do episódio como tudo o que tem acontecido com Timothy. Ele está acuado (em um resort de luxo em uma paisagem paradisíaca, é verdade), enquanto atividades ilegais que o tornaram rico estão vindo à tona nos Estados Unidos e o seu telefone não para de tocar… inclusive, a última notícia que ele tem é de que dois caras do FBI estão atrás dele, e então ele começa a ficar apavorado. Quando Saxon também começa a receber ligações que podem levá-lo a entender o problema em que o pai e a família estão, Tim resolve aderir à política “sem celulares” do White Lotus da Tailândia, o que deixa a Piper muito feliz… o Saxon, por outro lado, não fica nem um pouco contente com isso.

Por enquanto, ainda vemos um desenvolvimento muito limitado dos três Ratfliff mais jovens, mas acredito que eles ganharão mais destaque em algum momento… vemos Saxon e Piper brigarem por causa da coisa toda do celular, quando Saxon diz que eles viajaram 35 horas para a Tailândia por causa dela e da sua pesquisa, e vemos o Lochlan começar um tratamento para “corrigir a sua postura”, o que pode acabar lhe dando outras informações – ou pode fazer com que ele precise enfrentar o que ele tão desesperadamente tenta esconder… gostei bastante da tensão da cena, e de como ela mostra que é apenas uma introdução/uma prévia de algo grandioso que está para vir para Lochlan. Por fim, temos o Saxon possivelmente se aproximando de Chloe?

Rick, por sua vez, segue com o seu plano – seja ele qual for, mas provavelmente de vingança. Ele se aproxima de Sritala e consegue o seu cartão, e agora ele pretende ir para Bangkok atrás dela e do marido. Antes disso, ele é questionado na sua próxima sessão no White Lotus sobre “pelo que ele está de luto” (o que levanta teorias importantes), e ele vai para a cidade porque ele precisa de maconha, o que nos entrega uma das cenas mais absurdas desse episódio… tudo porque Rick e Chelsea vão até uma exposição e um show de cobras venenosas, o Rick se compadece delas e acaba AS SOLTANDO, o que é um perigo indizível… e Chelsea acaba sendo picada e tendo que ser levada às pressas ao hospital (que felizmente fica a apenas 15 minutos dali).

Os funcionários do White Lotus ganham pouco destaque nesse terceiro episódio… mas Belinda tem dois bons momentos (mesmo que breves e mesmo que eu quisesse ver mais dela): primeiro com o Pornchai, porque agora os dois estão meio que caidinhos um pelo outro, o que eu acho muito interessante; depois, quando ela fala sobre a morte do seu amigo/chefe e da mulher rica que lhe propôs abrir seu próprio spa e depois desapareceu, e então ela encontra o Greg/Gary jantando no restaurante do White Lotus e o reconhece. Toda a sequência da Belinda indo falar com ele é propositalmente desconfortável e o deixa incomodado (com medo?), mas eu ainda não sei bem o que esperar desse “reencontro” de Belinda com o cara que deu um golpe na Tanya.

Vamos aguardar.

Por fim, temos toda a trama das três “amigas” que se odeiam não tão secretamente. Primeiro, as vemos interagir com Valentin e o seu conceito de “terapia energética” e vamos dizer: O VALENTIN É UMA PERDIÇÃO! Extremamente sensual, sedutor, bonito… é de tirar o fôlego! Mas embora tenhamos algumas cenas de Valentin, o destaque mesmo para a trama das três amigas fica para o fim do episódio, quando o clima fica muito estranho durante um jantar porque Jaclyn e Laurie descobrem que Kate é uma apoiadora do Trump… eu simplesmente AMO a genialidade de “The White Lotus” por trazer isso à tona, porque convenhamos que nós mesmos já passamos por isso nesses últimos anos… imagina o desespero de descobrir que alguém “próximo” votou no inelegível?

Pois é…

 

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