Um Terror de Parentes (The Parenting, 2025)
“I'm beat,
so I'm gonna scram. Phew!
Checkout's at 11”
Com direção
de Craig Johnson e protagonizado por Nik Dodani e Brandon Flynn, “Um Terror de Parentes” é um filme de
comédia e terror daqueles bem absurdos em que você nem sabe direito o que
esperar a seguir… eu me diverti. O filme começa com Rohan organizando um fim de
semana com o seu namorado Josh e suas respectivas famílias: ele quer que as
famílias enfim se conheçam, e ele quer que tudo seja marcante para que ele faça um pedido de casamento. Já é o cenário
ideal para um tradicional caos de filme de comédia! Mas Rohan e Josh alugaram
uma casa muito grande, em um lugar muito bonito, por um preço muito baixo – e, bem, é assim que começa
um monte de filme de terror, não é? Algum problema a casa tem que ter!
Nesse caso,
a casa é habitada por um demônio. Ou algo assim.
O gostoso do
filme é a ascensão do caos! Rohan e Josh são um casal adorável! Eu me apaixonei
por eles nos primeiros minutos de filme, e torci muito para que as coisas
dessem certo – sabendo, naturalmente, que tudo o que poderia dar errado nesse
fim de semana ia dar. Antes mesmo das primeiras aparições sobrenaturais, as
coisas já não estão indo muito como planejado… os pais de Rohan não gostam
tanto assim de Josh, ao que tudo indica; os pais de Josh são mais tranquilos,
mas não necessariamente mais racionais; e a melhor amiga de Rohan também
aparece, e os pais dele não gostam muito dela. A casa, cada vez mais habitada,
estava prestes a entrar em combustão… isso antes mesmo de “a senha do Wi-Fi”
liberar um demônio e tudo o mais.
Tem um quê
de terror que pode não ser do agrado daquelas pessoas que não curtem filme com
possessões demoníacas, mas o grande destaque do filme é mesmo a comédia… que eu
também imagino que não seja para todo mundo – a partir do momento em que você
aceita o absurdo e embarca na energia do filme, EU ACHO QUE FUNCIONA! Rohan
insiste em tentar criar o fim de semana perfeito mesmo quando todo mundo já
percebeu que o trem já descarrilhou, porque eles estão lidando com aparições
estranhas quando as luzes estão apagadas, um cachorro demoníaco e um sogro
possuído que começa tacando a faca (duas vezes!) no braço do futuro genro, mas
essa é só uma parcela muito pequena de todo o caos instalado.
Destaco,
ainda, a participação de Parker Posey como Brenda, a mulher que está alugando a
casa para Josh, Rohan e as famílias deles. Acho que toda a explicação sobre o
demônio que ela e a garota que moravam ali invocaram na década de 1980 é um
tanto fraca, mas ainda acho que é propositalmente assim porque é justamente
para parecer absurdo e sem noção – como quando o Josh, ouvindo a história,
pergunta se essa “foi a sua primeira ideia”. Ainda assim, Brenda entrega
algumas boas cenas de comédia durante o filme, desde a sua primeira aparição
esquisita quando os dois chegam à casa até aquele momento depois do clímax, em
que ela continua ali por mais tempo do
que é bem-vinda, como se ela não tivesse tido participação alguma na
confusão toda.
O filme
sugere uma conclusão com um quê de drama, mas acaba tendo o final mais feliz
possível… quer dizer, a não ser por um cachorrinho que foi esmagado por um
armário (!), ninguém mais morreu. Nem mesmo o pai de Rohan, que passa a maior
parte do filme possuído e dizendo atrocidades preconceituosas e/ou flutuando
pelo corredor para pegar as pessoas, sofre uma consequência muito grande.
Quando Brenda está tentando completar o ritual para libertar o demônio invocado
no mundo, Rohan está disposto a se sacrificar para salvar o pai; logo depois,
Josh está disposto a se sacrificar para salvar o Rohan e todos se oferecem como
receptáculos, o que deixa o demônio confuso e, eventualmente, preso em um novo
círculo que eles “desenham”.
E, então,
ele é derrotado.
É um grande
filme imperdível? É claro que não. Mas é uma diversão despretensiosa para um
sábado à noite! E fico muito feliz por termos um casal gay protagonista,
interpretado por dois atores que são realmente da comunidade LGBTQIA+, e que
ganham um final feliz mesmo em um filme que poderia ter terminado com todo
mundo morto ou algo assim. Rohan e Josh se amam, compartilham bons momentos
durante o filme, e mesmo quando as coisas não saem perfeitas como planejadas,
permitem que eles se encontrem apesar das diferenças… o ato de sacrifício final
mostra para eles e para as famílias completas que eles foram feitos um para o
outro. E é muito fofa a inversão de
termos o JOSH pedindo o ROHAN em casamento no fim das contas.
Que casal
bonitinho! Feliz por eles!
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