O sorriso de Mona Lisa – Mona Lisa Smile



Quanto à “Mona Lisa”, já não faço mais idéia se escreve junto ou não. Mas isso não faz diferença. Assisti ao filme (de 2003), apenas alguns dias atrás. E não foi porque estivesse muito curioso nem nada, mas já estava aqui em casa, achei que seria bom. E eu gostei, mesmo com as críticas dizendo que ele não é assim tão bom, e uma grande cópia de Sociedade dos Poetas Mortos. Bem, o que dizer? Não assisti à Sociedade dos Poetas Mortos. O que pretendo resolver em breve também, acho que vou fazer uma visita à locadora…
Estrelado por Julia Roberts, o filme traz muitas mensagens. Muitos dizem ser mal amarradas, ou mal escritas… talvez seja a dificuldade de entendê-las por você não saber diferenciar uma menina da outra até quase o fim do filme. É, isso eu tenho que admitir… realmente aquelas meninas eram bem parecidas…
Mas tudo bem. O filme nos traz Julia Roberts no papel de Katherine Watson, nova professora de Arte Moderna na Wellesley College, escola para meninas. E numa sociedade de 1950, em que mulheres eram submissas, criadas para casar-se e não pensar, Katherine tenta abrir a mente de suas alunas… ensinando-as a pensar e a ver que o casamento não é o mais importante de uma vida.
O que me chamou bastante a atenção foi uma frase do filme em que diziam que suas mães e avós viajaram pelo país, conseguiram empregos e trabalharam… enquanto elas voltavam para a tradicional tarefa da mulher: cuidar da casa e criar os filhos. Fora a época após a Segunda Guerra Mundial. Durante a guerra, as mulheres conseguiram um pouco mais de espaço, mas tudo voltou ao normal na década de 1950…
E é disso que trata o filme. Situado totalmente num lugar feminino, mostra a luta de uma professora, querendo que suas alunas aprendam a enxergar o mundo com outros olhos. Aprendam a ter sua liberdade, a entender que não são submissas a seus maridos – e que ter marido não é a única coisa que importa! Mostra que a mulher precisa ser independente… inclusive nos falando sobre os métodos anticonceptivos, que estavam apenas começando a ser divulgados na época, representando o começo da liberdade feminina…
E num âmbito não apenas feminino (sim, em sala só havia mulheres, mas faz qualquer um pensar), temos o grande questionamento: pensamos? Ou apenas sabemos aquilo que está escrito em nossos livros-texto? Aquilo que alguém nos disse o que pensar? Nos fala da importância de sabermos pensar e criticar por nossos próprios cérebros, saber a criar pensamentos por conta própria… porque nem sempre alguém nos diz o que pensar… e devemos saber notar quando alguém nos diz o que pensar para termos o senso crítico, e saber diferenciar o que está certo e o que está errado… alguém te disse o que pensar, e você simplesmente pensará isso? Afinal, é o que você pensa também, ou não? E mesmo nos dias de hoje, muita coisa mudou? Ou muita gente continua deixando os outros dizerem-lhe o que pensar?
Exatamente.
Senso crítico. Para mim, o filme nos ensinou um pouco de senso crítico. A pensar sozinho, a lutar por aquilo que acredita, mesmo que tudo a sua volta torne isso mais difícil, mesmo que todos sejam contra você… porque se é certo, tem que ser feito. Como Katherine lutou pela liberdade feminina… como ela lutou para que suas alunas pensassem… e assim, chegamos ao fim do filme com emoção, num final lindo…

Resumindo. Para mim o filme valeu a pena. Talvez muitos não concordem, talvez seja parecido com Sociedade dos Poetas Mortos (ainda verei, ainda verei), mas ainda assim há muitas lições, que desde que saibamos interpretá-las, nos ajuda a crescer… bom filme!

Comentários