Young Sherlock Holmes – O Enigma da Pirâmide

Sim, eu sei o que vocês estão pensando, e infelizmente tenho que concordar. Que tipo de admirador de Sherlock Holmes eu era sem ter visto esse filme? Me desculpem por tamanho pecado. Mas sim, sempre fui muito admirador de Sherlock Holmes. Lembro-me de ler O Signo dos Quatro quando ainda era um pirralhinho e nem ter capacidade intelectual o suficiente para entender. Mas eu sabia que era algo grandioso… e com a idade passei a admirar Sherlock Holmes e a grande inteligência de Sir Arthur Conan Doyle.

Por falar em Sir Arthur Conan Doyle (já falei que admiro sua inteligência?), gostei da maneira como o filme deixou bem claro que a história é original e não foi baseada em nenhum livro do autor. Gostei de ver que os autores (e foi escrito por Chris Columbus! Chris Columbus gente!) parecem respeitar a série original e querem que isso fique evidente – inclusive, ao fim do longa, eles dizem que Doyle não escreveu sobre a juventude de Sherlock, e que a história foi criada “com todo o respeito”.

Enfim, depois de expressar toda a minha admiração por Sherlock Holmes (o melhor detetive do mundo!), esqueci-me de comentar que não gostei muito do título em português… era a favor do nome do personagem presente, mas tudo bem. Vamos aos fatos. Vi esse filme numa andança pelo shopping, alguns dias atrás. E quando bati o olho na capa, pensei: “Nossa, tem muito o estilo de Sherlock Holmes” – juro que foi desse jeito que pensei, as primeiras palavras que me vieram à mente. Então vi o título original: Young Sherlock Holmes. Enfim, não tinha mais dúvidas de que eu sairia do shopping com aquele filme naquele dia… e depois ficaria em casa assistindo-o… quase comprei o filme de 2010 também (que por sinal é ótimo!) só para ficar com a coleção completa… mas fica para a próxima…

O filme (lançado em 1985) tentou dar aquele ar de “estou num mundo de Holmes” – temos Watson tomando conta de toda a narrativa, temos alguns elementos clássicos das histórias de Doyle (algumas das quais são citadas em forma de referência engraçada – como o cachimbo e o próprio chapeuzinho característico de Holmes). E Nicholas Rowe fez um trabalho incrível como Holmes – conseguiu trasmitir, mesmo em toda sua juventude, aquele ar de superioridade, seriedade e inteligência, não tem como não admirar o personagem.

Logo que Watson conhece Sherlock Holmes, temos uma das melhores cenas do filme – e talvez o momento em que mais identificamos o personagem com aquele que conhecemos dos livros (e de quem tanto gostamos, afinal). É maravilhoso ver todas aquelas descobertas de Holmes de quem Watson seja e porque ele chegou àquelas conclusões… e depois, aos poucos, temos a história central do filme sendo desenvolvida.

O filme traz uma história envolvendo a Rame Tep, um culto egípcio antigo de adoradores de Osíris, e todo o plano de vingança de Rathe (desculpem-me se eu contei o final) – e é ótimo entender Eh-Tar (créditos ao Watson!). A história é boa, e bem desenvolvida. Especialmente para fãs de Sherlock ou fãs de organizações e cultos secretos… é o filme ideal. Eu fico a favor das duas grandes qualidades. Então para mim foi um prato cheio. No fim, você realmente está feliz por ter assistido algo legitimamente sherlockiano. Sem contar que a natural atmosfera inglesa me fascina… sempre me fascinou.

E ao fim, temos ótimas cenas em que Watson finalmente resolve o enigma do urso (!), Sherlock parte (com suas roupas mais clássicas) e a narrativa diz que Sherlock ainda voltará… felizmente. E depois de todos os créditos temos uma nova cena, em que vemos Rathe ainda vivo (sim, contei!), e o melhor de tudo é ver sua assinatura… “Moriarty”! Para quem não conhece, uma rápida busca sobre o tema resolve todo o enigma… naquele episódio em que Sherlock morre (sim, os fãs fizeram com que Doyle o trouxesse de volta, já ouviram a história?), é com Moriarty que a ação ocorre…

Bem, é isso. Amo Sherlock Holmes, e admiro demais as histórias do personagem. Digo que o filme é muito bom, mesmo sem se basear em nenhum conto nem história de Doyle – afinal se baseia nos personagens! Recomendo a leitura e os filmes a todos… peguem um livro de Doyle e sentem para ler assim que tiverem tempo… e (o que pode ser mais fácil) assistam aos filmes! E logo teremos o novo filme… com o casamento de Watson! Bem, até mais gente! Fica a dica!