Chuck – He’s the Secret, She’s the Agent


Terminei a primeira temporada de Chuck, e estou muito feliz com o resultado. A série me prendeu de uma maneira, que aproveitando as férias, cheguei a assistir cinco episódios em um dia. Foi bem naquela fase do meio da temporada em que um episódio deixava um gancho para o seguinte e eu sempre queria saber o que estava para acontecer.
A série passa a primeira temporada se estabelecendo, e deixa bem definido seu estilo ação/comédia, e eu achei que isso funcionou brilhantemente – muito mais do que eu podia imaginar. Os casos investigados, os flashes de Chuck, a vida de espião é bem tratada, temos ação muito boa – e ao mesmo tempo temos espaço para comédia bem-feita; os personagens em si fazem da série uma comédia muito séria… Zachary Levi é incrível no papel do nerd/Intersetorial Chuck, e você se apega ao personagem ao longo da temporada. Extremamente divertido e muito bom em sua atuação, um ótimo personagem, um ótimo ator. Não tem como chegar ao fim da temporada sem ter certa admiração por ele… é assim que eu me sinto.
A base da série é a resolução de mistérios e crimes no mundo da espionagem, fazendo uso do Intersetorial instalado no cérebro de Chuck, um a cada episódio. Mas o grande trunfo está nos personagens queridos e muito divertidos, no tom da série que mistura seriedade e graça com perfeição – e às grandes histórias, a história dos personagens (bem trabalhadas, os tornando reais e próximos ao público), que acontecem de maneira brilhante ao longo da temporada, nos deixando curiosos pelo o que vai acontecer, e felizes com o que já está acontecendo.
[O TEXTO PODE CONTER SPOILERS]
John Casey tem seu jeito bruto, e consegue fazer comédia sem nunca tirar a carranca do rosto. Seu personagem é ótimo, um ótimo agente, e quase uma boa pessoa – é ótimo nos aproximarmos um pouco mais dele ao fim da temporada, quando temos um pouco sobre seu passado… o penúltimo episódio da temporada mostra um lado mais humano do personagem, e é lega ver sua aproximação de Chuck, no começo de uma quase amizade (sem contar com isso acontecendo depois daquela dramática finalização do episódio anterior).
Sarah é aquela espiã bonita e ótima no que faz, que te encanta desde o começo. Não tem como não gostar de Sarah e não tem como sentir raiva dela em nenhum momento… em todos os episódios ela tem algo marcante, e é uma das minhas personagens preferidas. Todo seu drama é muito bem trabalhado, com seu amor escondido por Chuck e o passado com Bryce…
E é justamente essa história no meio da temporada que nos deixa tão ligados. A parte romântica entre Chuck e Sarah é trabalhada de uma maneira curiosa e que nos deixa ávidos pelo próximo episódio. Aos poucos, com uma relação profissional se transformando em amizade, começamos a ver algo nascendo entre os dois, até que do episódio 7 em diante temos toda a história se desenvolvendo até o ressurgimento de Bryce, que bagunça tudo novamente. Os episódios nos deixaram presos e torcendo pelo personagem de Chuck… cada coisa que acontecia trazia o espectador para mais perto da série, e era como estar vivendo tudo aquilo ao lado do personagem… uma das melhores cenas da temporada foi ver Sarah conversando por telefone com Casey e dizendo que se não tivesse sido treinada poderia ter dito algo que comprometesse a missão (se referindo à pergunta de Chuck sobre o futuro da relação entre eles)… como telespectador, meu coração disparou no momento.
Bryce teve uma pequena participação ao longo da temporada, mas maior do que você pode pensar depois de ver o Pilot. Acabei descobrindo que ele regressaria, e quase torci por isso, mas ele não podia ter aparecido em hora pior, tendo ótimas cenas e ótimos episódios, mas destruindo qualquer possível relação entre Chuck e Sarah… ainda assim, o personagem é bom, e a melhor parte dele fica para o sétimo episódio, em que temos Bryce e Chuck na época em que eram amigos, na faculdade e descobrimos algumas verdades sobre as coisas que aconteceram por lá…
[FIM DOS SPOILERS]
E os demais personagens ajudam a garantir o sucesso do show, com destaque especial para Ellie, irmã de Chuck, sempre muita carismática, querida, uma personagem incrível – e que sabe ser muito engraçada, como quando estava obrigada a falar toda a verdade. E Morgan, o melhor exemplo de melhor amigo mala que a gente adora. Incomoda, ainda não cresceu, mas não dá para viver sem ele – tem ótimas participações na série, um grande personagem. E por fim, também temos que falar sobre o Capitão Incrível (Captain Awesome), que embora não papel menor, tem suas graças de vez em quando…
A série é fantástica, começa com o pé direito. A primeira temporada, curta, com apenas 13 episódios, faz um ótimo trabalho. Tem casos muito bons de se assistir e garante a diversão de uma maneira incomum, muito diferente das séries de comédia normais, as famosas sitcoms. Nada contra sitcoms (eu gosto muito!), mas é bom ver algo um pouco diferente de vez em quando… e a qualidade do humor de Chuck é impecável. Série absolutamente recomendada! Até mais!

Comentários