Star Wars, Episode VI – Return of the Jedi

Esse filme tem aquele tom de tristeza característico de último filme de uma grande saga… é como assistir o fim de Back to the Future, Part III, que sempre faz lágrimas se acumularem nos meus olhos… mas como eu sempre acabo assistindo primeiro a trilogia original, depois a nova trilogia, esse acaba não sendo bem o último para mim… mas em história, sabemos que ali está o fim. E só fãs entendem qual o sentimento de assistir essas coisas, é sempre igual…

Esse filme continua mais ou menos de onde o anterior parou, mas com algumas mudanças. Acabamos tendo todos empenhados no salvamento de Han Solo, e isso toma uma boa parte do começo do filme, até a morte Jabba e a fuga de todos. As melhores cenas nessa parte ficam para Luke Skywalker. Vê-lo chegando, realmente parecendo um Cavaleiro Jedi, tanto em roupa, quanto em atitude, quanto em poder, é simplesmente priceless. Não tem como não se emocionar, e não tem como não admirá-lo naquele momento, é o grande momento do personagem. E gosto de ver toda a evolução e o amadurecimento dele ao longo dos três filmes; ele não é mais o menino inocente que conhecemos em Tatooine em A New Hope…

Toda a batalha contra o Império continua, agora com a construção de outra Estrela da Morte, e a emboscada preparada para levar os rebeldes até Endor, onde conhecemos os Ewoks, que são responsáveis por algumas das cenas mais cômicas e gostosas do filme. Eles são personagens carismáticos, e logo de cara conseguimos gostar deles; como se não bastasse, a relação de C-3PO com eles é extremamente divertida. Tudo se desenvolve até que alguns rebeldes ajudados pelos nativos conseguem destruir a estação emissora do escudo defletor para que os demais rebeldes, liderados por Landon, possam destruir a Estrela da Morte… a destruição da Estrela da Morte dessa vez foi muito mais bem feita do que no primeiro filme… não que lá não tenha sido boa, mas agora os efeitos foram ótimos e a cena foi mais grandiosa… ótimo para o final de uma trilogia…

Mas as melhores partes ficam todas para Luke e seu relacionamento com o pai, depois de ter descoberto ser filho de Darth Vader no filme anterior e ter a confirmação de Yoda pouco antes de sua morte… além de tudo isso, ainda temos a revelação de um segundo Skywalker, e a rápida percepção de que essa pessoa era Leia… é bom ver os dois como irmãos, ver o carinho entre eles, e ver a ótima cena da conversa entre a dupla (“a Força é grande na minha família”); sem contar que os ciúmes de Han Solo ao perceber que Leia ama Luke é ótimo.

Luke está passando pela fase mais importante de sua vida, enquanto percorre o caminho final para se tornar um Cavaleiro Jedi (o qual o último desafio é enfrentar Darth Vader mais uma vez) e enquanto é tentado por Vader e pelo Imperador para sucumbir ao ódio, e portanto ao Lado Negro da Força. Não tem como não admirar o personagem em sua força contra essa tentação, contra a raiva, dizendo repetidas vezes que não se juntará ao Imperador. E a luta final entre Luke Skywalker e Darth Vader é bastante emocionante… a melhor luta de toda a trilogia, mais bem coreografada, carregada de teor emocional, e o crescimento final do personagem; no momento em que Leia é citada, vemos um lado de Luke que jamais tínhamos visto nos filmes, em que ele ataca sem piedade, mostrando uma Força maior do que nunca.

A redenção de Vader, provando que o tempo todo Luke esteve certo em ver que ainda havia bondade dentro dele, acontece quando o Imperador quase mata Luke (uma das melhores cenas… por mais que gostemos de Luke, seu sofrimento foi muito bem-feito, foi uma cena forte e muita boa) e seu pai o defende. Podemos ter uma visão de Darth Vader sem sua máscara, um Anakin Skywalker corrompido pelo Lado Negro, mas muito menos imponente do que o Darth Vader, muito mais frágil, é outra visão do personagem, é algo totalmente novo, é um momento glorioso para a saga. E então, em uma das cenas mais emocionantes, Anakin morre nos braços do filho…

E essa destruição da mais nova Estrela da Morte e do Império em si, acompanhado pela derrota do Imperador, finaliza a saga, que termina em clima de festa, enquanto todos comemoram o sucesso da missão; mesmo com toda aquela alegria, ver os espíritos de Yoda, Obi-Wan e Anakin, juntos, foi bastante emocionante para mim… foi uma das partes mais tocantes, justamente pela simplicidade… é o fim da saga, é uma festa, e os três estão ali, juntos novamente. É o tipo de cena que não precisa de muito para nos emocionar… e a saga se finaliza perfeitamente! Dezesseis anos depois, o universo de Star Wars voltou ao cinema, para contar a história de como tudo começou, os três primeiros episódios… e em breve trarei os comentários ao blog! Aproveitem para ir ao cinema ver A Ameaça Fantasma e reassistir a todos os filmes! Até mais!